Início Notícias Cerca de 1,3 mil pacientes compõem lista de espera para transplante de...

Cerca de 1,3 mil pacientes compõem lista de espera para transplante de órgão em PE

526
Foto: Ministério da Saúde

Agência Rádio Mais / Foto: divulgação

O número de transplantes de órgãos registrou um recuo de 5% em Pernambuco. O dado é da Secretaria Estadual de Saúde e se refere à comparação das quantidades de procedimentos realizados nos primeiros semestres de 2019 e 2018. Nos seis primeiros meses deste ano, 1.082 pessoas receberam novos órgãos e tecidos. No mesmo período do ano passado, o total desse tipo de cirurgia foi de 1.139.

Segundo o Ministério da Saúde, 1.295 pacientes compõem a lista de espera no estado. A maior demanda com 1.031 pessoas na lista, é por rim. Em seguida, aparecem 94 pacientes que precisam de um fígado, 148 de córneas e 12 que esperam por pâncreas rim.

O transplante pode ser a única esperança de um recomeço para aqueles que precisam. Este foi o caso do pequeno Mathews Rodrigues, de três anos. Quando a criança tinha apenas um aninho, foi diagnosticada com atresia biliar, condição de saúde que demandava um transplante de fígado. O doador foi o pai, o técnico em enfermagem Moisés Rodrigues de Souza, de 42 anos, morador do Recife.

“Esperamos um ano para conseguir fazer o transplante. Neste tempo, tive que me preparar, perder peso, parar de fumar, estar com os exames cardíacos ‘ok’. E, depois do transplante, a sensação foi de alívio: a pressão que existia sobre eu ser doador, estar com saúde, sobre o meu filho ter saúde após o transplante… Então, a sensação foi maravilhosa e, hoje, colhemos a saúde dele”, conta.

O Moisés foi um doador ‘vivo’. Esse tipo de doador pode doar, em vida, um dos rins, parte do fígado ou do pulmão e a medula óssea, desde que não prejudique a própria saúde. Por lei, apenas parentes como avós, pais, irmãos, tios, sobrinhos, primos, netos e cônjuges podem ser doadores.

Já o doador falecido pode ser qualquer paciente internado em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), diagnosticado com morte encefálica, geralmente ocorrida após traumatismo craniano (TCE) ou Acidente Vascular Cerebral (AVC). Neste caso, é fundamental que o desejo em doar órgãos seja compartilhado com parentes e pessoas próximas. Isso porque, no Brasil, 40% das famílias dos possíveis doadores não autorizam o procedimento. Parte delas por desconhecerem a vontade do parente.

A coordenadora da Central de Transplantes de Pernambuco, Noemy Gomes, ressalta a importância da doação de órgãos.

“A doação de órgãos é um ato que salva vidas. É capaz de transformar certidões de óbito em certidões de nascimento, porque permite que pessoas condenadas à morte recebam a oportunidade de continuar vivendo. Qualquer um de nós pode passar por isso, porque as doenças que levam a necessidade de um transplante estão no nosso dia a dia. E se isso acontecer com a gente? Qual seria a nossa resposta? ‘Sim’ ou ‘não’ à doação?”, questiona.

Em Pernambuco, a retirada dos órgãos doados é realizada no Hospital onde se encontra o doador. Os transplantes de órgãos sólidos são feitos pelo SUS, em hospitais credenciados pelo Ministério da Saúde. Os principais são: Real Hospital Português, Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP), Hospital Osvaldo Cruz e Jayme da Fonte.

Para tirar dúvidas sobre a doação de órgãos e outras informações, o telefone do plantão 24 horas é o (81) 3412.0205. Repetindo: (81) 3412.0205. A vida continua. Doe órgãos. Converse com sua família. Para mais informações, acesse: http://saude.gov.br/doacaodeorgaos.

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here