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A gestão de Paulo Câmara na pandemia

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Foto: reprodução

Por Magno Martins

O governador Paulo Câmara usou o termo quarentena para as medidas restritivas anunciadas, ontem, na tentativa de frear o avanço da moléstia da Covid-19 no Estado. E a Imprensa entrou na onda, mas na verdade o Estado passa a viver, a partir da próxima quinta-feira, o arroxo de um lockdown, não tão radical quanto o primeiro, nem tampouco tão duradouro, mas com medidas duras, afetando a economia.

Alguns segmentos da produção foram preservados, como bancos, lotéricas, indústrias, atacado e a construção civil, além de lojas de materiais de construção, equipamentos agrícolas, oficinas, assistência técnica e lojas de veículos. No primeiro, em abril de 2020, tudo isso esteve fechado, o Estado virou um verdadeiro cemitério.

Também foram preservadas as feiras livres, que aglomeram do mesmo jeito, dependendo da cidade. A de Caruaru, por exemplo, é a maior do Nordeste, assim como a Feira de Gado de Tabira, que neste segmento é disparada uma das maiores do Estado. Tudo isso foi contido, principalmente a construção civil, em resposta à reação do empresariado.

Diante de tamanha amplitude da nova variante da Covid-19, deixando um rastro de mortes e internações, tudo que for feito será pouco para evitar o pior. Só não se viu, entretanto, uma medida sequer do governador para ampliar a frota de ônibus e disciplinar o metrô, por onde se prolifera o vírus em grandes aglomerações, das cinco da matina até pelo menos às 20 horas.

Os Estados – e Pernambuco não foge à regra – fazem a gestão da pandemia com liberdade, porque o Supremo Tribunal Federal, em decisão inusitada, enxergou que o Brasil não é uma Federação, que os Estados têm autonomia. Loucura! Programa de combate a uma pandemia tão grave como esta deveria ser conduzida pela União em perfeita sintonia com os federados, no caso os Estados.

De mãos atadas, só restou a Bolsonaro irrigar os cofres dos governadores para não ser acusado de omisso e genocida, o que não adiantou. O resultado disso tudo foi catastrófico. O dinheiro irrigou os cofres estaduais e municipais, mas o que se assistiu foi muito roubo, resultando em impeachment de governadores, de prefeitos de capitais.

A má gestão foi de tamanha irresponsabilidade que o ex-prefeito do Recife, Geraldo Júlio, por exemplo, se deu ao luxo de comprar respiradores de porcos, ato criminoso repetido igualmente pelos governadores do Nordeste em seu Consórcio. Pouca vergonha! Se esse dinheiro tivesse sido bem gerido e aplicado, com certeza os hospitais de campanha teriam funcionado, mais UTIS abertas e não haveria superfaturamento na compra de máscaras, álcool gel e outros equipamentos, sem licitação.

O que fecha – Bares e restaurantes; shoppings e galerias comerciais; óticas; salas de cinema e teatros; academias; salão de beleza e similares; comércio varejista de vestuário, calçados, eletroeletrônicos e linha branca, cama, mesa e banho e produtos de armarinho; escolas e universidades (públicas e privadas); clubes sociais, esportivos e agremiações; práticas e competições esportivas; praias, parques e praças; ciclofaixas de lazer, eventos culturais e de lazer, além dos sociais.

O que abre – Supermercados; padarias; farmácias; postos de combustíveis; petshop; clínicas, ambulatórios e similares; bancos e lotéricas; transporte público; indústrias, atacado e termoelétricas; construção civil; material de construção; materiais e equipamentos de informática; lojas de materiais e equipamentos agrícolas; oficinas e assistências técnicas e lojas de veículos. Igrejas e demais templos religiosos poderão abrir para atividades administrativas e para preparação e realização de celebrações via internet.

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