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Desmatamento sem freio no Sertão Pernambucano

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Caminhões carregam madeira com destino às olarias situadas no agreste do estado.

Por Cláudio Soares Jornalista e bacharel em Direito

A Caatinga no Sertão do Pajeú perde dezenas de quilômetros todos os dias e ninguém faz nada.  A extensão desmatada deixa um clima de desertificação assustador. Em relação à área, o desmate ocorre entre as cidades de Afogados da Ingazeira, Tabira, Solidão, Ingazeira, Iguaracy, Tuparetama, São José do Egito, Serra Talhada, Sertânia, e outras.  

Quem anda naquela região consegue ver os caminhões nas estradas carregados com madeira com destino às olarias situadas no agreste do estado – precisamente para Limoeiro onde fica uma grande quantidade de cerâmicas. Para despistar a fiscalização os motoristas mudaram o percurso – eles fazem a linha entre as cidades de Ouro Velho-PB, Prata-PB, Monteiro e Sumé-PB passando por Jataúba com destino final no Agreste pernambucano.

O desmatamento mais recente do bioma está ligado à exploração ilegal de madeira para produção de carvão. Além da ameaça do desmatamento, a Caatinga é um dos mais vulneráveis às mudanças climáticas, com áreas sob grave risco de desertificação.

Foi no domingo, dia 22 de fevereiro de 2015, às 15h, que encontramos seis caminhões com cargas de madeiras percorrendo o trecho entre a cidade de Sumé-PB com destino a Jataúba, todos vindos de Tuparetama com madeira extraídas das cidades supra citadas – é neste percurso que não existem nenhum posto da polícia rodoviária federal e muito menos agentes do Ibama. 

É bom lembrar que antes o percurso acontecia na rodovia por Sertânia, Cruzeiro do Nordeste, Arcoverde, Pesqueira até chegar ao destino final. Talvez, por motivos que nessa linha não exista sequer um posto rodoviário federal, os traficantes de madeira resolveram caminhar por esta estrada.

 

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