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Veja como chegam os 4 gigantes brasileiros que disputarão o Super Mundial de Clube

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Foto: divulgação

O horizonte do futebol de clubes mundial se redesenha com a iminente estreia do expandido Mundial de Clubes da FIFA, agendado para junho de 2025 nos Estados Unidos. Com 32 equipes, o torneio promete um espetáculo de diversidade tática e técnica, e o Brasil emerge como protagonista, ostentando o maior número de representantes: Palmeiras, Flamengo, Fluminense e Botafogo.

Esta quadra de gigantes, fruto de recentes conquistas continentais na Copa Libertadores, não apenas sublinha a força do futebol nacional, mas também reacende o debate sobre o posicionamento sul-americano frente aos tradicionais colossos europeus. A responsabilidade de “representar bem” o continente desde fase de grupos do Mundial de Clubes 2025 adiciona uma camada de pressão que transcende as rivalidades locais, transformando cada partida em um termômetro da vitalidade do nosso futebol.

Palmeiras

Campeão da Libertadores em 2021, o Palmeiras colhe os frutos de um planejamento antecipado e, crucialmente, da rara continuidade proporcionada pelo trabalho longevo de Abel Ferreira. Essa estabilidade tem sido a espinha dorsal de uma temporada 2025 marcada por uma solidez impressionante.

Até o final de maio, o Verdão não só liderava em aproveitamento de pontos na Série A do Campeonato Brasileiro (75,27%), como também desfilava uma campanha perfeita na fase de grupos da Libertadores, com 100% de aproveitamento em cinco jogos, carimbando a classificação para as oitavas com autoridade e avançando com igual competência na Copa do Brasil.

Resultados expressivos, incluindo vitórias cruciais como visitante na competição continental, atestam a força de um conjunto coeso. Para manter esse alto nível, o clube realizou investimentos significativos, com as chegadas de impacto de Paulinho e do jovem atacante Vitor Roque (que após um início turbulento, começou a marcar os gols esperados), enquanto se despedia de figuras históricas como Dudu e Rony, num processo de renovação calculada.

Felizmente para Abel, o departamento médico apresentava-se praticamente vazio — com grande destaque para a recuperação do já mencionado Paulinho — com apenas Bruno Rodrigues em transição física, permitindo ao técnico utilizar sua força máxima e refinar uma equipe onde o brilho coletivo suplanta individualidades.

Flamengo

Já o Flamengo, que ergueu o troféu da Libertadores em 2022, também se valeu da classificação antecipada para seguir sua arrojada política de investimento em um elenco já recheado de estrelas. A temporada 2025 iniciou promissora com a conquista do Campeonato Carioca sobre o rival Fluminense. Contudo, nas competições subsequentes, a equipe demonstrou certa irregularidade. Enquanto assegurava sua progressão na Copa do Brasil, o Rubro-Negro viu sua trajetória na Libertadores tornar-se mais sinuosa, chegando à última rodada da fase de grupos ainda buscando a consolidação da vaga nas oitavas, após tropeços como uma derrota em casa para o Central Córdoba.

O mercado flamenguista foi, como de costume, movimentado nesse meio-tempo, com a última janela trazendo nomes badalados como do zagueiro/lateral Danilo. Mas o segredo para impulsionar as chances flamenguistas, no momento, vem da grande fase que nomes de destaque estão atravessando nas últimas temporadas: Leo Ortiz e Wesley seguem como nomes do radar da Seleção Brasileira, assim como o já mais consolidado Gerson. O destaque, entretanto, vai para o meia Arrascaeta, que vive temporada artilheira e já soma 10 gols antes mesmo do começo de junho.

Os problemas para o técnico Filipe Luís seguem sendo as lesões de De La Cruz e, claro, todo o extra-campo que envolve a investigação em torno de Bruno Henrique quanto a um suposto esquema de apostas. No mais, mesmo com algumas oscilações na primeira parte de 2025, o Flamengo está entre os times brasileiros com potencial de fazer a diferença no Super Mundial.

Fluminense

Vencedor da Libertadores de 2023, o Fluminense teoricamente se beneficiaria de um intervalo menor entre a conquista continental e o Mundial. No entanto, o Tricolor atravessou uma mudança significativa no comando técnico, com Renato Gaúcho assumindo a vaga de Fernando Diniz, o que naturalmente impõe um período de adaptação a uma nova filosofia de jogo.

Em 2025, a equipe foi vice-campeã carioca e, até o final de maio, buscava se firmar na parte superior da tabela do Brasileirão, ao mesmo tempo em que garantia sua classificação para as oitavas da Copa do Brasil – um avanço marcado pelo simbólico primeiro gol no ano de Paulo Henrique Ganso, após sua recuperação de uma miocardite.

A ausência de informações detalhadas sobre a campanha do time na Libertadores 2025 representa uma lacuna na análise de seu momento continental. O principal desafio para Renato Gaúcho tem sido o departamento médico, sobrecarregado com uma extensa lista de jogadores importantes lesionados, com destaque para o artilheiro Germán Cano.

Diante desse cenário adverso, a diretoria já se preparava para buscar reforços “decisivos” na janela de transferências de junho, ciente de que o tempo para integração será exíguo. A qualidade de Jhon Arias, um dos líderes em assistências na temporada, e a plena recuperação de Ganso e dos demais atletas lesionados serão cruciais para as pretensões tricolores.

Botafogo

Por fim, o Botafogo, campeão da Libertadores de 2024, é o classificado mais recente, mas, paradoxalmente, o que empreendeu a transformação mais radical em seu plantel. Com um investimento que se aproxima da casa dos €100 milhões, o clube sob a gestão de John Textor apostou numa profunda reformulação para 2025. Nomes de peso como Thiago Almada e Santiago Rodríguez desembarcaram em General Severiano, enquanto peças fundamentais da conquista continental, como Luiz Henrique, seguiram novos rumos. Em campo, o time principal demonstrou força no Campeonato Brasileiro e avançou com tranquilidade na Copa do Brasil.

Na Libertadores, contudo, o Alvinegro chegou à última rodada da fase de grupos ainda necessitando de um resultado positivo para garantir sua vaga, indicando que o entrosamento do caro e renovado elenco ainda é um processo em andamento.

Além dos desafios inerentes à montagem de uma nova equipe, o Botafogo convive com um cenário extra-campo particularmente quente, com questões envolvendo a saúde financeira da holding proprietária e outras polêmicas. Superar essa turbulência externa e consolidar rapidamente um time competitivo e coeso é a grande empreitada alvinegra rumo ao Mundial, onde um desempenho expressivo seria a validação de um projeto ambicioso e controverso.

A caminhada dos quatro representantes brasileiros é distinta. O Palmeiras aposta na consistência, o Flamengo na força de suas estrelas e investimento, o Fluminense na superação e adaptação, e o Botafogo na integração de um projeto audacioso. Todos, no entanto, compartilham o desafio do extenuante calendário nacional, que aumenta o risco de desgaste físico e mental. O Mundial de Clubes de 2025 se avizinha como o palco definitivo para essas potências demonstrarem sua capacidade de superar adversidades e buscar a glória máxima, levando consigo as esperanças de milhões de torcedores.

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