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Transnordestina recebeu menos da metade do recurso público previsto para 2025

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Foto: divulgação

Diário do Nordeste

A concessionária Transnordestina Logística S.A. (TLSA) recebeu somente R$ 400 milhões do R$ 1,81 bilhão previsto para este ano nas obras da ferrovia de mesmo nome, totalizando apenas 22% do valor estimado. A empresa, contudo, afirma não haver falta de recursos até o momento.

Os dados foram repassados por Tufi Daher Filho, presidente da TLSA, em entrevista ao Diário do Nordeste. Atualmente, a construção da malha ferroviária segue avançando na execução da infraestrutura em cinco lotes (4, 5, 6, 7 e 11), localizados no interior do Ceará.

A concessionária aguarda novos repasses, que devem ser realizados “nos próximos dias”, para iniciar novos trechos da obra.

Quanto ainda falta 

Do total previsto, R$ 600 milhões são de mais uma parcela do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), do Banco do Nordeste (BNB), a serem liberados pela Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).

Além disso, há valores a serem recebidos do antigo Fundo de Investimentos do Nordeste (Finor). De acordo com Tufi, são R$ 816 milhões. A questão é de que, até o momento, só chegaram R$ 400 milhões para a TLSA referentes ao FDNE.

“O BNB já encaminhou e estamos aguardando, até pela responsabilidade que tem nos contratos, que a Sudene possa liberar quanto antes. A gente tem uma liberação de R$ 600 milhões para ser feita, daquela primeira parte do R$ 1 bilhão. Esses R$ 600 milhões vão ser de fundamental importância para darmos continuidade não só aos lotes que a gente tem, como também para começar a contratar os outros. Tem mais outra parcela de R$ 816 milhões que deve sair nos próximos dias”, detalha.

O presidente da empresa reforça que, hoje, “o desafio da construção é financeiro”, embora admita que, até o momento, “não faltou recurso” governamental para a construção da Transnordestina. Segundo ele, 99% de toda a área destinada à construção já foi desapropriada. Em relação ao 1% restante, as negociações estão sendo conduzidas com os proprietários.

“A gente não pode deixar que faltem os recursos na hora certa. Uma empresa mobilizada desse tamanho, do jeito que está, com inúmeros fornecedores de toda monta, não pode faltar recurso. O que o presidente Lula prometeu foi cumprido até aqui. Precisamos estar sempre atentos para não poder faltar”.
Tufi Daher Filho

Presidente da TLSA

As obras da Transnordestina se arrastam no interior do Nordeste brasileiro há quase 20 anos. Atualmente, o projeto tem 1.206 quilômetros (km) de extensão, atravessando 53 municípios em três estados (Piauí, Ceará e Pernambuco), ligando Eliseu Martins (PI) ao Porto do Pecém (CE).

A fase 1 do empreendimento já ultrapassou 70% de execução. São 608 km somente em território cearense, com previsão de entrega em setembro de 2027, prazo que está sendo seguido à risca, como pondera o presidente da TLSA.

“Tudo aquilo que programamos de fazer viemos cumprindo rigorosamente. Temos obra nos lotes 4, 5, 6, 7 e 11. Acabamos de contratar o lote 8, que em mais 30 dias a gente inicia a obra. Seis lotes são praticamente 280 km de obras. Agora no segundo semestre, vamos contratar os lotes 9 e 10 para podermos concluir a fase de contratação da chamada fase 1. Já estamos com mais de 3,5 mil funcionários diretos na obra, e esperamos que no pico tenhamos entre 7 mil e 8 mil empregos diretos”, elenca Tufi.

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