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Presidente do PSB diz que Lula cometerá ‘erro gravíssimo’ se não repetir chapa com Alckmin no ano que vem

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Foto: reprodução

“Lula deveria fortalecer quem estará com ele em 2026 e não será o Centrão”, disse

O Globo

Presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira diz que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deveria ter feito uma mexida mais ampla no governo no início deste ano e critica o esforço do petista para agradar partidos do Centrão. Em entrevista ao GLOBO, o dirigente avalia que o presidente deveria estar preocupado “o núcleo que o garante”, composto por PSB, PDT e PCdoB. A sigla de Siqueira tem a vice-presidência da República e dois ministérios na gestão do petista.

— Não sei porque Lula insiste em dar tanto cargo ao Centrão. Ele não pode ter ilusão. O Centrão é de qualquer governo e vai ficar esperando o sopro do vento. Se Tarcísio (de Freitas, governador de São Paulo) se apresentar como candidato, eles o apoiarão — afirmou ele.

Siqueira deixará em junho o comando do PSB, que presidiu por mais de uma década, e fará seu sucessor, com a eleição do prefeito de Recife, João Campos. Ele entender não haver espaço para o PSB estar longe de Lula em 2026 e diz que há tempo para o petista recuperar a popularidade, mas avalia ser preciso “mais iniciativa” para “criar nova perspectiva para o país”.

Temos pouco mais de um ano para a eleição. O senhor acredita que Lula conseguirá recuperar a popularidade até lá?
Tem tempo, mas é preciso mais iniciativa. É preciso criar nova perspectiva para o país. O governo até agora não tratou de maneira adequada, por exemplo, o tema da segurança, que é uma questão central e que afeta diretamente grande parte da população brasileira.

A PEC da Segurança Pública pode ser um caminho?
Não se resolve segurança com PEC. Você resolve segurança com ação e com uma visão que passa pela repressão rigorosa ao crime organizado, o que pode ser feito pelo governo federal. Por onde entram as armas? Quem é que não sabe, no Brasil, quem são as cabeças do crime organizado?

Lula optou por mudanças pontuais em seu ministério. Como o senhor vê essas mexidas?
Poderia ter feito mais. Não propriamente com o PSB, porque não reivindicamos cargo. Mas o problema do governo é político e não administrativo. Há uma mudança no perfil do eleitorado brasileiro, que decorre de fatores que são quase insuperáveis, relacionados a valores e ao protestantismo neopentecostal. Se comparar com o de Jair Bolsonaro, estamos melhores. Só que o país continua dividido. Você tem que oferecer um programa que una mais setores.

Os debates sobre a reforma ministerial incluíram mudanças nos ministérios do PSB. Houve desconforto no partido?
Não deixa de ser. Principalmente quando se falava do Alckmin. Achava desastroso se o movessem de lugar. Também não acreditava que Lula tivesse coragem de fazer. Não justificaria colocar o (Rodrigo) Pacheco (ex-presidente do Senado), que nem sequer assume que pode ser candidato (ao governo de Minas Gerais). Isso nos incomodou. Seria um erro político grave, mas felizmente não vai acontecer.

A reforma ministerial seria para aproximar os partidos, mas eles parecem não querer se comprometer com 2026 agora.
O deputado do União Brasil recusou o ministério. O Lula não pode ter ilusão. O Centrão é de qualquer governo. Ele vai ficar enquanto for conveniente, vai ficar esperando o sopro do vento.

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