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PF convoca Cid para prestar novo depoimento após prisão de ex-ministro de Bolsonaro

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Foto: reprodução

Gazeta do Povo

O tenente-coronel Mauro Cid foi convocado para prestar um novo depoimento à Polícia Federal nesta sexta (13) após o ex-ministro Gilson Machado, da pasta do Turismo do governo de Jair Bolsonaro (PL), ser preso mais cedo. Há a suspeita de que houve tentativa de obstrução de Justiça após surgir a informação de que Machado tentou intermediar para ele um passaporte português.

Cid também chegou a ser alvo de um mandado de prisão junto do ex-ministro, mas a ordem foi revogada durante a ação da Polícia Federal em Brasília, onde o tenente-coronel mora e responde ao processo em liberdade por ter firmado um acordo de delação premiada.

A Gazeta do Povo tenta contato com a defesa de Mauro Cid e com assessores de Gilson Machado e aguarda retorno.

O advogado Cézar Bittencourt, que defende Cid, afirmou à GloboNews que tanto a ordem de prisão como a revogação do mandado foram dadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele teria entendido que o tenente-coronel está colaborando com a Justiça e, por isso, não haveria motivos para a detenção.

Cid também não teria tentado tomar medidas para fugir do país, disse o advogado. Bittencourt afirmou, ainda, que o militar já tem cidadania portuguesa junto de toda a família, mas não possui passaporte da nação europeia, e que isso já foi explicado a Moraes.

“A Polícia Federal informa que cumpriu, nesta sexta-feira (13/6), dois mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva expedidos pelo Supremo Tribunal Federal.  As ordens judicias foram cumpridas em Recife/PE e Brasília/DF”, disse a PF em nota.

Segundo informou a Procuradoria-Geral da República (PGR) na última quarta (11), a Polícia Federal apontou a atuação de Machado junto ao Consulado de Portugal na cidade de Recife, no mês passado, para “obter a expedição de um passaporte português em favor de Mauro César Barbosa Cid, para viabilizar sua saída do território nacional”, mas que “não obteve êxito na emissão do documento”.

“Sendo possível, porém, que ele busque alternativas junto a outras embaixadas e consulados com o mesmo objetivo, conforme os dados encaminhados”, seguiu o procurador-geral da República, Paulo Gonet, no pedido enviado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Há a suspeita de que Cid poderia utilizar o documento no futuro para deixar o país, assim como fez a deputada federal afastada Carla Zambelli (PL-SP) mais recentemente, após ser condenada a 10 anos e 8 meses de prisão por uma suposta invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2022.

“Possivelmente para viabilizar a evasão do país do réu MAURO CESAR BARBOSA CID, com o objetivo de se furtar à aplicação da lei penal, tendo em vista a proximidade do encerramento da instrução processual”, completou Gonet.

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