O governo Lula teme que a sobretaxa de 50% aplicada por Donald Trump sobre todos os produtos brasileiros vendidos aos EUA leve a um novo salto da inflação no Brasil.
Os índices de preços, ainda que fora da meta, vinham caindo há quatro meses, influenciados também pela queda consistente do dólar no mesmo período.
De março a abril, a moeda norte-americana caiu de R$ 5,68 para cerca de R$ 5,40.
Na quinta (10), dia seguinte ao anúncio de Trump, todos esses ganhos foram perdidos diante do receio de uma escalada e de uma disputa prolongada entre os dois países: o dólar deu um salto, e chegou a ultrapassar o valor de R$ 5,62.
O temor do governo é o de que a crise com Trump dure muitos meses, o que pressionaria ainda mais a moeda norte-americana.
A queda prolongada do real desestimularia investidores de curto prazo, alterando o fluxo de dinheiro para o Brasil. Com menos dólares, o preço pode subir ainda mais. O Investimento Direto Estrangeiro também pode cair.
O aumento de preços ainda é uma das maiores preocupações de Lula, com impactos diretos em sua popularidade.
A lista inclui legumes, hortaliças e verduras, frutas, carnes, aves, ovos, panificados, bebidas, energia elétrica residencial, roupas, produtos farmacêuticos, serviços médicos e dentários, planos de saúde e produtos de higiene pessoal.
Já o impacto do tarifaço de Trump na balança comercial brasileira é considerado um risco, mas limitado: as exportações do Brasil para os EUA correspondem a 12% de tudo o que o país vende para o exterior.
A Câmara dos Deputados se debruça sobre um Projeto de Lei que promete mudar a forma como o Brasil enfrenta um dos crimes mais devastadores e normalizados da atualidade: o furto, roubo e a receptação de celulares e outros dispositivos móveis. Apresentado pelo deputado federal Coronel Meira (PL), o PL 3325/2025 propõe que esses crimes sejam enquadrados como hediondos e recebam punições severas e proporcionais aos danos reais que causam.
Para Meira, é inaceitável que o crime organizado continue explorando a legislação ultrapassada, que ainda trata o furto de um celular como um simples crime contra o patrimônio. “Não é como o roubo de um aparelho na vitrine de uma loja. O furto ou roubo de um aparelho usado por alguém não deve ser tratado como a subtração de um bem físico. É a invasão da intimidade, da dignidade e da segurança de cada brasileiro. Cada celular roubado abre caminho para fraudes, extorsões e até operações internacionais de crime cibernético”, alerta o parlamentar.
Somente em 2023, o Brasil registrou 937.294 casos de furto e roubo de celulares, quase dois por minuto, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Porém, o problema não é apenas o número. Hoje, celulares não são meros bens materiais. São cofres digitais, que guardam a vida inteira de seus donos: dados bancários, documentos, informações biométricas, memórias pessoais, relações familiares e profissionais, registros íntimos e até o acesso a serviços essenciais.
O PL proposto pelo deputado propõe pena de até 12 anos para receptação de celulares, tipificação como crime hediondo para roubo e furto de dispositivos móveis, aumento de pena em casos de restrição remota ou extorsão via aplicativos de celular. Além de endurecer as penas, o texto quer provocar um debate urgente sobre o papel do Estado na proteção da privacidade e da segurança digital dos cidadãos.
O deputado ainda alerta: “O crime organizado já entendeu que o celular é uma mina de ouro. Chegou a hora de o Estado agir com a mesma gravidade. Não há mais espaço para leniência”. O PL já desperta atenção nos bastidores do Congresso e deverá ser um dos temas mais debatidos no campo da segurança pública nos próximos meses.
O jovem empresário Rayce Teles, que vinha se autoproclamando um renovador da comunicação radiofônica em Pernambuco, acaba de perder o controle da Liberdade FM de Caruaru (94.7). A emissora retorna agora ao comando do tradicional Grupo Lacerda, proprietário da frequência.
Nos bastidores da Capital do Forró, comenta-se que Rayce não teria honrado compromissos financeiros assumidos com os Lacerda, com o mercado publicitário, fornecedores e até com funcionários, o que teria motivado a retomada da gestão.
No Recife, o empresário também perdeu a Biz FM (93.9) e a 102 FM, acumulando baixas em sua breve e turbulenta passagem pelo setor, segundo fontes, pelos mesmos motivos que levaram à perda da emissora de Caruaru.
“Não se trata apenas de um papel, esse documento representa um direito que sempre foi nosso. Foram 41 anos esperando por esse momento, e hoje sentimos que fomos vistos”. Com essas palavras, a professora Alzineide Pimentel, de Garanhuns, Agreste Meridional, agradeceu ao receber das mãos da governadora Raquel Lyra, nesta quinta-feira (10), o título de propriedade da sua casa por meio do Programa Morar Bem Pernambuco – Regularização Fundiária. Durante a solenidade, que contou com a presença da vice-governadora Priscila Krause, foram contempladas 575 famílias dos bairros Heliópolis (Cohab I) e Santa Rosa (Cohab II) do município.
“Estamos aqui para afirmar que o Estado de Pernambuco reconhece e respeita o direito de cada família ter sua casa de forma digna, com escritura em mãos. Esse título representa o suor, o trabalho e o sonho de quem construiu sua história com esforço e muito sacrifício. Já são mais de 10 mil títulos entregues em todo o Estado, porque entendemos que moradia é um direito, e política pública séria precisa garantir isso. É com trabalho e compromisso que estamos mudando a vida dos pernambucanos”, ressaltou Raquel Lyra.
O Morar Bem Pernambuco – Regularização Fundiária teve início em setembro de 2023 e envolveu vistorias técnicas, levantamento socioeconômico e análise documental. Em Heliópolis, foram 298 cadastros realizados, com 191 famílias aptas à entrega. Em Santa Rosa, foram 557 cadastros, dos quais 384 estão sendo beneficiados nesta etapa.
“Esse dia representa o trabalho e o compromisso das equipes do Governo do Estado, da Secretaria de Desenvolvimento Urbano, que buscaram essas famílias para realizar esse sonho antigo de ter sua propriedade regularizada. Garanhuns hoje está grata por mais essa importante entrega que é feita hoje”, destacou a vice-governadora Priscila Krause.
A Perpart, empresa do Governo do Estado, é responsável pela execução do programa, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh). O processo é gratuito para os beneficiários, viabilizado por um convênio com o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), que permite registrar os imóveis em cartório sem custos para famílias de baixa renda.
Presente no evento, o deputado federal Fernando Rodolfo falou da importância da iniciativa. “Este é mais um sonho que o Governo realiza para os pernambucanos. Vemos essas pessoas que esperaram por mais de 40 anos por essa segurança fundiária. Mas hoje acabou esse medo e foi entregue o título de propriedade para quem tanto precisa”. O estadual Isaías Regis corroborou. “Eu vejo de perto a necessidade da população da Cohab I e II por regularizar essas propriedades, uma luta antiga dessa população e que foi entregue pelo Estado”, disse.
O trabalho envolveu etapas de vistoria, cadastro socioeconômico e conferência documental, promovendo cidadania e valorização do território, como explica a secretária de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Simone Nunes. “Essas são as 575 moradias que iniciamos em setembro de 2024 e estamos entregando agora, mas o trabalho continua na Perpart. Nossa meta é chegar em 2026 com 50 mil títulos de propriedade entregues. Esse é o nosso compromisso com a habitação, no eixo da regularização fundiária, garantindo o documento de propriedade para quem já vive nessas casas, mas ainda não tinha a titularidade”, disse.
O presidente do Consórcio Público para o Desenvolvimento da Região Agreste Meridional de Pernambuco (Codean) e prefeito de Saloá, Júnior de Rivaldo, destacou os benefícios que a iniciativa garante à população. “Essa política pública chega para concretizar um sonho de mais de 500 famílias. O gesto representa mais dignidade para a população. Hoje represento a Codeam e fico muito feliz de ver iniciativas como essa saindo do papel e beneficiando nossa população”, pontuou.
SAÚDE – Ainda pela manhã, a governadora Raquel Lyra visitou o Instituto Brasil de Saúde Policlínica, Oftalmo PE, também em Garanhuns. O espaço oferta serviços especializados em oftalmologia pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A unidade é contratualizada pelo Governo de Pernambuco para ampliação da assistência oftalmológica ambulatorial especializada e realização de transplante de córnea no interior do Estado. Entre maio de 2024 e abril de 2025, foram realizados 29.145 procedimentos, entre diagnósticos, ultrassonografias e tratamentos de doenças do aparelho da visão.
Estiveram presentes os deputados estaduais Dannilo Godoy e Débora Almeida, os secretários estaduais André Teixeira (Mobilidade e Infraestrutura), Carlos Braga (Assistência Social, Combate à Fome e Política sobre Drogas), Cícero Moraes (Desenvolvimento Agrário, Agricultura, Pecuária e Pesca), Hercílio Mamede (Casa Militar) e Zilda Cavalcanti (Saúde). Os presidentes da Adagro, Moshe Dayan Fernandes, e da Cehab, Paulo Lira, e os prefeitos Zé Elias (Calçado), Wilson Lima (São João), Henrique Gois (Paranatama) e Rivanda (Jupi) também acompanharam a agenda.
Um estudo recente publicado na revista Educação & Sociedade, baseado em entrevistas com 357 universitários de uma instituição brasileira, revelou que 39,8% dos alunos se dizem relutantes ou muito relutantes em expressar opiniões políticas em sala de aula.
O avanço da militância política em universidades no país tem imposto obstáculos concretos para alunos que não obedecem a cartilhas ideológicas. Em vez de liberdade para aprender, muitos enfrentam censura, hostilidade e até risco físico ao defender ideias fora do consenso dominante.
Em maio de 2025, por exemplo, um grupo de estudantes em São Paulo sofreu agressão física enquanto coletava assinaturas para um projeto de lei que visava combater o uso de drogas nas universidades. Em 2023, no Rio de Janeiro, alunos que organizavam um debate sobre economia de mercado foram impedidos de falar após protestos de outros estudantes.
O ambiente acadêmico, que deveria estimular o pensamento crítico, acaba se tornando inóspito para quem deseja apenas se aprofundar nos estudos. Diante disso, alunos tendem a sucumbir à espiral do silêncio pelo medo de serem rotulados como ofensivos ou sofrerem retaliações dos colegas.
O presidente da Federação das Indústrias de Pernambuco (FIEPE), Bruno Veloso, cumpriu agenda nos dias 9 e 10 de julho na região do Araripe, onde a FIEPE possui unidade regional, o IEL, além de escolas do SESI e SENAI. Ele participou de reuniões, entrevistas e visitou indústrias em Trindade e Araripina.
Na quarta-feira (9), Veloso esteve na reunião do Conselho Regional da FIEPE, com empresários da indústria local, ouvindo demandas como infraestrutura para escoamento da produção, qualificação profissional, dificuldades em retenção de colaboradores e a alta carga tributária. A reunião foi conduzida pelos diretores regionais Fábio Monteiro e Renata Araújo.
Em seguida, a comitiva visitou a indústria SM Gesso, em Trindade, pioneira na utilização de gás natural como matriz energética. Ao lado do diretor administrativo Sebastião Pontes e do superintendente do IEL/FIEPE, Israel Erlich, Bruno destacou a importância de acelerar a distribuição do gás para outras indústrias, substituindo o uso da lenha. “Já comprovamos a viabilidade técnica e econômica. Agora, precisamos ampliar o acesso e facilitar o financiamento para a conversão”, afirmou.
Na quinta-feira (10), Veloso concedeu entrevistas às rádios Arari FM e Grande Serra FM, em Araripina, e visitou a fábrica de sorvetes QBombom, referência no mercado nordestino. “É gratificante ver a força da QBombom, que agora vai expandir com uma nova planta industrial, gerando mais empregos e desenvolvimento”, ressaltou.
A agenda se encerra com o VI Seminário de Gestão do Araripe, às 18h, na Faculdade de Medicina de Araripina, com palestras de Cíntia Chagas e Aléssia Saluara. O evento é realizado pelo IEL/PE e SEBRAE-PE, com apoio de diversas instituições e empresas locais. Assista entrevista na Arari FM, na íntegra.
As casas de apostas esportivas nunca foram tão populares no Brasil como são hoje. Agora que há uma regulamentação vigente no país, boa parte dos brasileiros perdeu o medo de depositar e apostar.
Essa demanda cria um ambiente bastante competitivo entre as empresas do ramo. Cada site de apostas tenta lançar recursos melhores que conquistem os apostadores brasileiros e tornem o processo de apostas mais rápido. A seguir, são destacados alguns desses recursos.
Depois de ativar a aposta com um clique, basta definir o valor fixo da aposta e navegar pelas opções do site. Cada seleção será registrada automaticamente, sem necessidade de novas confirmações. Isso economiza tempo e evita perder boas cotações em mercados que mudam rapidamente.
É uma ferramenta prática para quem já tem familiaridade com o site e busca agilidade, especialmente em momentos com alta variação de odds. Mas atenção: ao finalizar, lembre-se de desativar a função para não acabar apostando sem querer.
Apostas aumentadas (Combos)
As apostas aumentadas são combinações de várias apostas (mercados) em uma única aposta. As diferentes apostas que fazem parte deste combo são selecionadas pela própria plataforma. Dessa forma, em vez de selecionar manualmente várias apostas, o usuário só precisa selecionar um combo e estará apostando em vários mercados de uma vez só.
A grande vantagem disso é que as odds são bem maiores do que as dos mercados simples. Por isso o nome “aumentadas”: as odds são maiores do que o normal.
Destaques
Para quem busca fazer apostas rápidas, contar com uma plataforma prática e intuitiva faz toda a diferença. Nesse sentido, a página inicial tem um papel fundamental. Ela é o primeiro contato do jogador com o site e, quando bem organizada, já exibe highlights úteis, que agilizam bastante a navegação.
A primeira coisa que aparece na maioria dos sites de apostas esportivas é uma seleção com as principais partidas de futebol disponíveis. Isso não é por acaso. O Brasil é o país do futebol. Não há outro esporte mais acompanhado por brasileiros do que o futebol.
A presença desses destaques pode parecer um pequeno detalhe, mas a verdade é que isso facilita muito a vida dos apostadores. Não é necessário gastar tempo procurando pelos principais eventos de futebol.
As partidas e odds ficam disponíveis para o apostador assim que ele abre o website. É claro, isso reduz bastante o tempo para a realização de uma aposta.
Saque automático
O saque automático permite definir um valor de lucro ou perda, e a aposta é encerrada automaticamente quando esse valor for atingido. É ideal para quem não consegue acompanhar o jogo ao vivo ou quer garantir ganhos em mercados voláteis. Dá pra ativar no boletim de apostas e ajustar ou cancelar a qualquer momento. Algumas casas também oferecem saque automático parcial, encerrando só parte da aposta.
Pagamento antecipado
Este é um recurso bastante interessante e, de certa forma, também pode ser considerado uma promoção. Funciona assim: a sua aposta é retirada automaticamente antes do evento esportivo ser concluído.
Essa função é bem parecida com o saque automático, mas opera de maneira um pouco diferente. Aqui, a aposta é considerada vencedora e paga integralmente antes do término do jogo, se certos acontecimentos ocorrerem — independentemente do resultado final.
Por exemplo, em uma partida de futebol, a sua aposta é considerada vencedora se a equipe na qual você apostar abrir uma vantagem de 2 gols.
Note que os cenários que tornam uma aposta elegível para a retirada automática podem variar bastante de uma plataforma para outra.
Algum desses recursos não está disponível na sua plataforma?
Os recursos que apresentamos aqui não estão disponíveis em todas as plataformas de apostas. As funções, como apostas aumentadas em formato de combinações prontas ou os destaques bem organizados na página inicial, são exemplos de ferramentas que costumam ser encontradas com mais facilidade.
Por outro lado, o saque automático é mais raro. É comum encontrar plataformas que não oferecem esse recurso. Por isso, é importante analisar bem as plataformas antes de se comprometer com depósitos grandes. Confira quais são os recursos disponíveis e avalie se são suficientes para atender às suas necessidades.
O Ministério das Relações Exteriores, o Itamaraty, levou gerações para construir uma reputação de neutralidade baseada nos princípios da resolução pacífica de conflitos, da não intervenção em assuntos internos de outros países e no multilateralismo. Mas isso mudou durante os governos do PT com a criação de facções na pasta e polêmicos alinhamentos ideológicos internacionais, que vieram à tona durante o atual mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo analistas, os danos à imagem internacional do Brasil serão difíceis de reparar.
O Brasil era em geral classificado por analistas internacionais como um “país pêndulo”. Ou seja, não tinha alinhamento diplomático automático com nenhuma nação e aderia a políticas e acordos que fossem mais favoráveis no momento.
“Historicamente, o Brasil buscava manter uma postura de neutralidade pragmática e de equilíbrio entre as grandes potências, evitando tomar lados em disputas geopolíticas que envolvessem interesses diretos de blocos como Estados Unidos, China ou Rússia. Essa abordagem era fundamental para garantir ao país uma posição de interlocutor respeitado e confiável em fóruns multilaterais e em negociações internacionais”, afirma o doutor em Direito Internacional pela Universidade de São Paulo (USP) Luiz Augusto Módolo.
Apesar de não possuir capacidades militares nem uma economia grande o suficiente para influir na geopolítica, o país sempre se destacou pelo chamado soft power: a habilidade de exercer influência internacional sem coerção, por meio de cultura e de uma política externa de neutralidade.
No século XX, o Brasil participou da mediação da guerra do Chaco, entre Paraguai e Bolívia, da questão Letícia, entre Peru e Colômbia, e do conflito de terras entre Peru e Equador. Nesses casos, o país usou sua importância na América do Sul para enviar diplomatas mediadores.
Em 2004, já sob o governo do Partido dos Trabalhadores, o Brasil foi escolhido para liderar militarmente a missão de paz da ONU no Haiti por ser visto como confiável e neutro para conduzir uma operação militar próximo da fronteira americana. Em 2013, o país foi o escolhido para liderar a missão de pacificação da República Democrática do Congo por sua neutralidade ter sido reconhecida por nações africanas que estavam em conflito.
A missão de paz da ONU no Haiti foi o primeiro passo de uma política externa de Lula que passou a ser orientada para tornar o Brasil mais relevante no cenário internacional. Um dos objetivos era conseguir uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU. Além de Lula, um grande protagonista desse esforço era seu então chanceler Celso Amorim, um diplomata de carreira que abraçou a ideologia lulista.
Relatórios secretos redigidos por diplomatas americanos vazados em 2010 pelo Wikileaks constataram que Amorim “estava farto do comércio internacional”, objetivo que norteou a diplomacia em governos anteriores, e decidiu apoiar pautas políticas internacionais.
Segundo diplomatas que pediram para não ter os nomes revelados, duas facções se formaram entre os diplomatas do Itamaraty: uma formada pelos servidores que haviam ocupado embaixadas no governo de Fernando Henrique Cardoso e outra de nomes que se fortaleceram na administração petista.
Amorim e seus aliados passaram a adotar uma política de antagonismo a Israel e apoio ao aiatolá Ali Khamenei, do Irã. Segundo documentos diplomáticos vazados pelo Wikileaks, o Brasil passou a dificultar iniciativas americanas no Oriente Médio.
Entre essas manobras estavam ações diplomáticas na ONU para impedir a inclusão do nome do Irã em resoluções do Conselho de Segurança contra a proliferação nuclear e pressão para impedir a emissão de mandados de busca internacionais contra iranianos suspeitos de envolvimento no atentado terrorista contra a Associação Mutual Israelita de Buenos Aires, que causou dezenas de mortes, em 1994, na Argentina.
Essa ação culminou com uma tentativa de Lula de mediar, em parceria com a Turquia, um acordo nuclear com o Irã em 2010. O governo do presidente americano Barack Obama entendeu que tal negociação não impediria o Irã de continuar a desenvolver a tecnologia da bomba nuclear e usou sua força geopolítica para impedir a conclusão das negociações, mas depois firmou um acordo não muito diferente com Teerã – que acabou sendo cancelado pelo presidente Donald Trump em seu primeiro mandato.
Brasil ganhou de Israel apelido de “anão diplomático” no governo Dilma
Sob o pretexto de apoiar a solução de dois Estados para o conflito histórico entre palestinos e israelenses, o governo do PT foi aos poucos aumentando as críticas a Israel e evitando mencionar a violência cometida por terroristas na Faixa de Gaza. Em 2014, no governo Dilma Rousseff, o Brasil convocou para consultas seu embaixador em Tel Aviv como forma de protesto contra uma operação israelense na Faixa de Gaza após um ataque a seus soldados.
Foi nesse episódio que o Brasil ganhou o apelido depreciativo de “anão diplomático”, que sempre é relembrado quando o Itamaraty ou Lula cometem erros na política externa. O termo foi cunhado pelo porta-voz da chancelaria israelense Yigal Palmor, que afirmou na ocasião: “Essa [convocação] é uma demonstração lamentável de porque o Brasil, um gigante econômico e cultural, continua a ser um anão diplomático”.
Na época, em parte por apoio do Partido Democrata no governo dos EUA e a uma conjuntura econômica muito favorável de aumento das exportações para a China, o Brasil era visto como um país em ascensão.
Na América do Sul, o PT intensificava sua participação no Foro de São Paulo, desde a criação do grupo na década de 1990 por Lula, pelo ditador cubano Fidel Castro (1926-2016) e outros líderes de esquerda. O Foro de São Paulo é uma reunião de partidos de esquerda que se auxiliam mutuamente e foi importante para o apoio à consolidação da ditadura de Hugo Chávez na Venezuela. Lula apoiava abertamente as eleições que o líder autoritário promovia, sempre vencia e cuja transparência era contestada internacionalmente.
Lula radicaliza em ideologia na política externa em terceiro mandato
O apoio à Venezuela marcou a consolidação do abandono da neutralidade da política externa brasileira no terceiro mandato de Lula. Uma de suas primeiras ações em 2023 foi receber no Brasil Nicolás Maduro e afirmar que a ditadura na Venezuela era apenas uma “narrativa”.
O governo brasileiro tentou se colocar como mediador no final de 2023 frente à ameaça de Maduro de invadir a vizinha Guiana para anexar a região de Essequibo, rica em petróleo. Mesmo tentando evitar críticas diretas ao ditador, Lula falhou no papel de conciliação e acabou sofrendo ataques diplomáticos de Maduro.
O presidente brasileiro também vinha se posicionando a favor do ditador Vladimir Putin e relativizando a invasão militar russa na Ucrânia em 2022. Ele chegou a visitar Moscou para participar do Dia da Vitória na Segunda Guerra, em 9 de maio, ao lado de ditadores e líderes autocráticos e ignorou as comemorações das democracias ocidentais, celebradas em 8 de maio.
Segundo o cientista político e analista de risco político Rócio Barreto, a decisão de Lula de criticar a Otan (aliança militar ocidental) e alegar que a Ucrânia foi corresponsável pelo conflito ao ter sido invadida “contrariou a maioria das democracias ocidentais”.
Desde os ataques terroristas do Hamas a Israel em 2023, Lula também adotou um tom contundente em relação a Israel e ameno ao falar de grupos terroristas palestinos e libaneses. O mesmo padrão foi adotado nos bombardeios entre Irã e Israel neste ano.
De acordo com Barreto, a diplomacia de Lula foi mais conciliatória nos dois primeiros mandatos. Mas o presidente “partiu para o confronto” diplomático em seu terceiro mandato.
O episódio mais recente, que ajudou a deflagrar a taxação de 50% nas exportações estabelecida nesta quarta-feira (9) por Donald Trump, foi a presidência brasileira da cúpula dos Brics (bloco diplomático originalmente formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
O Brasil vinha liderando os esforços do grupo para criar um sistema de pagamentos entre os países-membros, com o objetivo de substituir o dólar americano como moeda de comércio internacional. Esse sistema interessa à Rússia, como forma de evadir sanções internacionais, e à China, que deseja enfraquecer o dólar para abrir espaço para sua moeda, o yuan.
Na Declaração do Rio de Janeiro, o documento final da cúpula, a intenção de criar alternativas de pagamento em paralelo ao dólar foi formalizada, assim como críticas indiretas à política de Donald Trump de aumentar tarifas comerciais unilateralmente. O americano usa as tarifas como forma de pressionar países rivais e aliados para melhorar as relações de comércio com os Estados Unidos. No dia da divulgação do documento, Trump iniciou a atual onda de críticas públicas a Lula.
Para o cientista político Elton Gomes, da Universidade Federal do Piauí (UFPI), o atual governo promove um “alinhamento deliberado com o bloco sino-russo” e repete no plano internacional a mesma lógica de polarização usada na política doméstica.
“Existem algumas linhas diretivas que são basilares na diplomacia brasileira: neutralidade, multilateralismo, relações com múltiplos parceiros e, principalmente, a centralidade do comércio exterior. Porém, nos últimos anos, especialmente no governo atual, houve um distanciamento profundo dessas tradições”, afirma.
Segundo Módolo, o Brasil tem assumindo posições que são percebidas como hostis por potências tradicionais, como tem feito agora os Estados Unidos. O país passou a ser visto, segundo ele, como um “aliado de regimes que desafiam a hegemonia do dólar”, governado por um presidente “inimigo de Israel”, em um país que pratica “desaforos contra empresas americanas, especialmente de tecnologia”, além de atacar valores caros aos EUA, como a liberdade de expressão.
“O preço dessa nova postura recairá sobre o cidadão comum, que sentirá os impactos econômicos de possíveis sanções ou barreiras comerciais sem compreender as razões diplomáticas por trás disso”, diz.
A decisão do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% sobre os negócios com o Brasil representa uma séria ameaça para os produtores do Vale do São Francisco, uma das principais regiões exportadoras da fruta no país. Segundo Jailson Lira, presidente do Sindicato dos Produtores Rurais do Vale do São Francisco, a medida pode inviabilizar o crescente volume de exportações para o mercado norte-americano, que atualmente absorve 30% da produção de frutas da região.
A preocupação é ainda maior porque o período de pico das exportações de uva para os EUA se inicia em asetembro, com embarques diretos a partir de outubro. “Se essa tarifa de 50% não for reduzida até setembro, podemos perder um mercado crucial”, alerta Lira. Ele estima que a região pode deixar de exportar 22 milhões e meio de toneladas de uva, um golpe significativo para a economia local.
O mercado americano já representa metade do volume exportado para a Europa. Enquanto cerca de 3 mil contêineres de uva são enviados para o continente europeu, mil e quinhentos se destinam aos Estados Unidos. A competitividade brasileira é ainda mais desafiadora com a entrada de outros players no mercado, como o Peru, que, de acordo com Lira, “está produzindo e vai entrar melhor, não temos como competir” com o custo-benefício de sua produção diante da nova tarifa.
A indefinição sobre a manutenção ou revisão das tarifas imposta pelo governo Trump, continua a gerar apreensão entre os produtores brasileiros, que buscam alternativas para minimizar os impactos e manter a expansão do mercado de uva do Vale do São Francisco. No caso da manga esse volume pode ser duas vezes maior. Estão em risco, as empresas, a economia e os empregos.
A Prefeitura de Santa Cruz, no Sertão do Araripe, através da Secretaria de Desenvolvimento Social, está com as inscrições para a 12ª Conferência Municipal de Assistência Social.
O evento acontece nesta sexta-feira (11) e a programação está prevista para começar a partir das 8 horas seguindo até as aproximadamente 17 horas na Casa do Romeiro.
Com o tema “20 anos do SUAS: Construção, Proteção e Resistência”, a conferência tem como objetivo debater os avanços, desafios e perspectivas do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), fortalecendo a participação social na construção e fiscalização das políticas públicas da área.
Parlamentares da oposição e do centro atribuíram à estratégia ideológica e à política externa “desastrosa” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de estabelecer uma tarifa de 50% para produtos importados do Brasil para os Estados Unidos. Segundo parlamentares ouvidos pela reportagem, Lula deve agora classificar Trump como um inimigo externo para tentar recuperar sua popularidade e tirar o foco de problemas econômicos do Brasil.
“Um governo que desafia forças organizadas sem preparo, estratégia ou legitimidade não trava uma batalha, cava a própria instabilidade”, afirmou o federal Luiz Philippe (PL-SP).
O presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, deputado Filipe Barros (PL-PR), afirmou que a taxação imposta por Trump é uma resposta direta ao governo Lula. “Não tenho a menor dúvida de que o Lula quer que o nosso país seja taxado, justamente para arranjar um culpado externo pelo seu próprio desastre econômico. No melhor estilo venezuelano, tenta justificar o fracasso da economia colocando a culpa no ‘imperialismo americano’”, disse à Gazeta do Povo.
Para Barros, a escalada na tensão entre os dois países tem motivação política. “Lula sabe que o Brasil vai mal das pernas. Entregou os ministérios para aliados políticos, inchou a máquina e agora precisa apontar culpados. Antes era o Campos Neto. Agora, Trump.”
Já o deputado Gilson Marques (Novo-SC) classificou como “excesso de autoestima” a forma como Lula e o Itamaraty vêm lidando com o ex-presidente americano. “É como se estivéssemos com prego, martelo e canivete enfrentando drones, inteligência artificial e as maiores empresas do mundo. Lula deveria, no mínimo, ficar quieto. Em briga de elefante, quem sofre é a grama – e a grama é o povo”, disse.
O parlamentar ainda ironizou: “Não se trata de bater continência para americano, mas de reconhecer que somos economicamente mais fracos e dependentes. Lula vai continuar comprando gravata de grife, mas quem vai pagar a conta é o povo.”
A fala recente da primeira-dama, Janja da Silva, que chamou americanos de “vira-latas”, também foi alvo de críticas. Para Gilson, “felizmente ninguém a leva a sério, mas infelizmente levam Lula”.
O deputado Alfredo Gaspar (União-AL) foi ainda mais duro nas críticas ao governo Lula por sua política externa. “Lula virou o mordomo da China. Está conduzindo a política externa para o lado errado da história. Isso terá impacto direto na política comercial e na vida do povo. Já não temos plano de governo e agora ainda arrumamos briga com os americanos.”
Gaspar aponta que a deterioração da relação com os EUA, somada à falta de propostas concretas do governo, empurra brasileiros para fora do país.
“Milhares buscam migrar porque o Brasil não oferece perspectivas. Vivemos de narrativas ideológicas e divisões internas enquanto o crime organizado avança.”, reforçou.
Na mesma linha, o deputado federal Messias Donato (Republicanos-ES), criticou o uso político do confronto com os EUA. “O governo Lula tem recorrido a velhas estratégias da esquerda: quando a incompetência interna fica evidente, eles inventam um inimigo externo para desviar a atenção da população”, declarou.
De acordo com Donato, Lula afasta parceiros históricos, como EUA e Israel, ao adotar alinhamentos ideológicos com regimes autoritários como Irã e Rússia. “Isso afasta investimentos, prejudica nossa segurança e mancha a imagem do Brasil. O mundo quer previsibilidade e democracia – não um governo que se alia a ditadura e vira as costas para seus amigos aliados”, disse.
Diante da taxação, o senador Ciro Nogueira (PP-PI), presidente nacional do PP, atribuiu ao presidente Lula o que classificou como isolamento do Brasil no cenário internacional e o acusou ainda de romper, pela primeira vez na história, a aliança estratégica com os Estados Unidos. Segundo Nogueira, a atual diplomacia brasileira estaria “colocando a ideologia acima dos interesses do povo” e se aproximando de regimes autoritários na América Latina.
“O senhor, presidente Lula, não perdeu uma oportunidade para atacar com palavras o presidente da maior economia do planeta. E, ao invés de diplomacia, preferiu apostar em ataques infantis contra um país muito mais poderoso e mais forte do que o Brasil”, escreveu em publicação nas redes sociais.
Ao tratar do assunto, o senador também preparou o terreno para a disputa eleitoral de 2026. “O povo brasileiro vai corrigir, se Deus quiser, essa sequência de barbaridades de sua política externa que cada vez mais se aproxima de ditadores e ditaduras e conseguiu a proeza de destruir a relação mais antiga do Brasil nas Américas, o primeiro país a reconhecer a nossa independência”, completou Nogueira que presidente do Progressistas.
O senador Eduardo Girão (Novo-CE) afirmou que o “consórcio” entre Lula e o STF gerou um “altíssimo custo”. “O Senado Federal é parte do problema por ter se omitido até aqui, mas pode se tornar a solução da crise pautando impeachment dos que desrespeitam a nossa Constituição!”, escreveu na rede social X.
Uma criança de 4 anos morreu afogada na tarde desta quarta-feira (9), em um canal de irrigação localizado projeto Maria Tereza, na Zona Rural de Petrolina, no Sertão de Pernambuco. O presidente da Associação de Moradores do Projeto Maria Tereza, Cristiano Ferreira, informou que a criança saiu da casa sem que os pais tivessem visto, atravessou a estrada e caiu no canal de irrigação que estava cheio.
Após a tragédia, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) chegou a ser acionado, mas o órgão relatou que quando a equipe médica chegou ao local, o menino já estava sem sinais vitais.
Ainda de acordo com informações do SAMU, a equipe realizou manobras de reanimação, mas sem sucesso. A Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) informou em nota que está investigando o caso.
O corpo deve ser liberado pelo Instituto Médico Legal (IML) na manhã desta quinta-feira (10). O sepultamento, segundo o presidente da associação, será realizado no cemitério de Tupanatinga, no agreste pernambucano.
Dois tigres estão em cima de um galho em uma árvore e começam a brigar. Quem certamente vai sair perdendo? A árvore. Porque, muito provavelmente, os dois vão quebrar o galho e vão cair. Ambos escolheram brigar, então quem sair machucado assumiu o risco e é adulto para ir lamber suas feridas no fim da confusão.
O prejuízo fica mesmo é com a árvore, que estava quieta no lugar dela, foi dar plataforma aos dois brigões, não ganhou nada e ainda perdeu parte de sua estrutura.
Essa é a imagem que vem à cabeça ao observar a briga entre o Palácio do Campo das Princesas e a Assembleia Legislativa em Pernambuco. Ao fim e ao cabo, os integrantes dos poderes Executivo e Legislativo vão lamber suas feridas em suas tocas, mas os pernambucanos podem sair com grande prejuízo estrutural.
Governo técnico
Desde 2023, Raquel Lyra (PSDB) se propôs a fazer um governo técnico, deixando a política em segundo plano. É a escolha legítima de alguém que pretende reduzir as interferências dos interesses não republicanos e privilegiar os resultados. Se fosse em outro momento, estaria dando muito certo para Pernambuco e para a governadora. Há, porém, um fator que impede esse resultado: a inflação das emendas parlamentares.
Isso poderia ter sido detectado desde o início para que ajustes fossem feitos no governo. Mas a forma como se escolheu lidar com a situação foi a pior possível. Ao invés de contornar, o Palácio dobrou a aposta afastando os políticos e apostando nos técnicos para fazer entregas.
Técnicos e os muros
Há um mito sobre quadros técnicos serem muito eficientes operando dentro de estruturas cuja base é predominantemente política. Não são. Os seres humanos em cargos de poder são vaidosos por natureza, mas o político é obrigado, por ofício e sobrevivência eleitoral, a fingir que não é vaidoso. Isso o força a dialogar e construir pontes. A cooperação é uma das chaves da evolução humana.
Já o quadro técnico, com poucas exceções, quando num cargo de poder, fica encastelado em seu próprio conhecimento e constrói muros. Como a gestão pública é uma atividade social em essência, a chance de ele apresentar resultados bem comprometidos com o prazo de um mandato acaba sendo menor, embora ele entenda muito do trabalho.
Exceção existe
Você pode estar se perguntando se um governo com muitos quadros técnicos necessariamente vai dar errado. A resposta é que não. Ele pode dar muito certo como ocorreu com Jarbas Vasconcelos. Há secretários técnicos daquela época, de mais de 20 anos atrás, que são referências em Pernambuco até os dias de hoje, porque tiveram muito sucesso na gestão pública.
A fórmula de Jarbas deu certo porque ele delegava sem desconfiar e fiscalizava sem amedrontar. Mas deu certo, principalmente, porque em paralelo ao time de técnicos havia um quadro de políticos no governo, formado por representantes de várias regiões e grupos diferentes, com liberdade para negociar politicamente e sendo responsabilizados pelos resultados, para o bem ou para o mal.
A política se afastou
Raquel Lyra foi eleita com o apoio de quase todos os grupos políticos regionais de Pernambuco. Mas a escolha por quadros técnicos e a forte centralização da gestão acabaram expulsando eles de seu entorno. Hoje, ao menos por enquanto, a maioria está na oposição. Se estivessem dentro do governo, com liberdade para trabalhar a política, os técnicos em posições essenciais estariam trabalhando com muita tranquilidade e os atritos com o Legislativo seriam menores.
Momento exige políticos
Esse formato, mais político e menos técnico, seria ainda mais necessário no contexto atual, inédito, do empoderamento que o Legislativo alcançou pelas emendas parlamentares. A regra é clara: quanto mais salgada for a comida, mais cara será a água. A relação entre os dois poderes nunca foi tão salgada. A solução para ter alguma harmonia nunca foi tão cara.
E só é possível amenizar esse custo construindo pontes ao invés de muros, negociando para aproximar em detrimento de qualquer imposição. Coisa que os políticos conseguem fazer e os técnicos não.
Falta pouco tempo
Na véspera da festa, a roupa é mais cara. Tudo é mais difícil de resolver quando se vê que faltam menos de 18 meses para a eleição. Mas ainda é possível adaptar o governo para ter um perfil mais político e menos centralizado.
Para desarmar a Alepe e destravar a pauta de interesse do governo, e de Pernambuco, o que não funciona é acirrar o embate e escalar a briga como tem sido feito.
A verdade é que, até agora, a equipe política do Palácio não conseguiu conduzir essa conversa e, é um fato, ao menos por enquanto perdeu as condições de recuperar a relação. Novos interlocutores, políticos e com liberdade para agir, precisam ser designados.
Do outro lado, a Alepe precisa provar que está disposta ao diálogo e não trabalha apenas para atrapalhar.
Estarão todos dispostos a entender que preservar a árvore é a única coisa que importa nessa briga?
A decisão do governo de Donald Trump de determinar tarifa de 50% sobre produtos importados do Brasil é consequência de um conjunto de ações adotadas pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva e pelo Supremo Tribunal Federal nos últimos anos. Uma delas é o processo judicial contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), aliado de Trump, que tramita na Suprema Corte brasileira. Ao anunciar a taxação nesta quarta-feira (9), governo dos Estados Unidos disse que a forma como o Brasil tratou Bolsonaro “é uma vergonha internacional” e que o “julgamento não deveria estar acontecendo”.
Membros da direita brasileira, aliados próximos, familiares de Bolsonaro e o próprio ex-presidente há anos têm salientado a perseguição política a esse grupo político e tentam reverberar as críticas ao STF, principalmente ao ministro Alexandre de Moraes, no exterior. Trata-se de uma tentativa de mostrar às democracias de outras nações o que ocorre no Brasil. As estratégias da oposição – capitaneadas pelo deputado licenciado Eduardo Bolsonaro nos EUA – têm surtido efeito ao alertar para a situação enfrentada por opositores de Lula.
Desde segunda-feira (7), Trump vinha criticando o Brasil pela postura contra Bolsonaro. Ele comparou as ações judiciais contra o ex-presidente brasileiro com sua situação antes de retornar à Casa Branca, classificando-a como um “caças às bruxas”.
Outro ponto citado pelo americano com relação ao STF foram as decisões da Corte contra empresas de mídia dos EUA. De acordo com Trump, a Suprema Corte “emitiu centenas de ordens de censura SECRETAS e ILEGAIS a plataformas de mídia social dos EUA, ameaçando-as com milhões de dólares em multas e expulsão do mercado brasileiro de mídia social”.
Para o cientista político Juan Carlos Arruda, CEO do Ranking dos Políticos, a manifestação do presidente dos EUA “projeta o embate jurídico brasileiro para a vitrine internacional, colocando ainda mais pressão sobre o STF”. Ele alerta que, em caso de condenação de Bolsonaro, especialmente se isso o tirar das eleições de 2026, “é possível que se intensifique a narrativa de perseguição política, não apenas no Brasil, mas entre setores conservadores globais”. Embora não acredite que isso vá alterar o curso institucional do país, Arruda destaca que “torna o custo reputacional mais alto para as instituições”.
Mas a decisão de Trump também é resultado do antiamericanismo de Lula, exposto em declarações recentes na Cúpula dos Brics, no Rio de Janeiro, em que os países-membros defenderam a adoção de um sistema de pagamento alternativo ao dólar. No domingo (6), o republicano já havia afirmado que iria impor uma tarifa adicional a “qualquer país que se alinhar às políticas antiamericanas do Brics”. A ameaça era de taxa de 10%, mas o anúncio desta quarta foi bem superior – com tarifa de 50% aos produtos brasileiros.
Aliado ao antiamericanismo da atual gestão, pesa contra o Brasil a decisão de Lula de se aproximar de governos ditatoriais e autocráticos. “O alinhamento do Brasil com China, Rússia, Irã, Venezuela e outros inimigos jurados dos EUA foi sendo mal-recebido pela diplomacia americana. Eles foram demostrando o desapontamento inicialmente de forma mais leve, depois de forma mais contundente”, explica o professor e doutor em Ciência Política Adriano Gianturco, coordenador do curso de Relações Internacionais do Ibmec.
Gianturco lembra que o presidente Lula rompeu protocolos diplomáticos ao criticar duramente Trump durante a campanha presidencial americana e continuou com declarações desfavoráveis mesmo após a eleição do republicano. Além disso, teria se recusado a negociar diretamente as ameaças tarifárias em seus primeiros sinais, deixando a condução para o Itamaraty e setores produtivos.
“Houve aconselhamento técnico para evitar declarações polêmicas, mas o presidente [Lula] optou por manter uma linha política crítica ao Ocidente e às estruturas tradicionais, como a defesa da desdolarização do comércio internacional”, afirma.
Opinião semelhante foi apresentada pelo cientista político Fábio Maia Ostermann, professor e mestre em Administração Pública pela Harvard Kennedy School. Ele avalia que a medida de Trump é um “reflexo da deterioração da imagem do Brasil, um país que, aos olhos do mundo, caminha cada vez ao lado do eixo global das ditaduras”. “A instabilidade institucional e a percepção externa de que há uma perseguição política ao ex-presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores têm um custo econômico real e previsível”, afirma Ostermann.
Além disso, outra alegação do presidente dos EUA para impor a tarifa adicional é de que há uma relação comercial injusta entre os países – o que é contestado pelo governo brasileiro.
O cientista político Adriano Cerqueira, professor do Ibmec de Belo Horizonte, vê uma escalada nas declarações de Trump. “Ele está indicando que vai intensificar a pressão contra o Brasil”, afirma.
Cerqueira também observa que o STF tem atuado de forma coesa, mas questiona até que ponto essa unidade resistirá a sanções externas: “Caso um deles sofra uma sanção pesada, como tudo indica que deva acontecer com Alexandre de Moraes, até que ponto os demais ministros vão querer embarcar nessa mesma canoa?”, questiona.
Além disso, ele aponta um impacto direto na política externa brasileira. “Essas declarações do Trump são indicativos de que o Brasil está entrando numa órbita de um país considerado até mesmo adverso em relação aos interesses americanos”, diz.
Segundo ele, o apoio do Departamento de Estado às críticas de Trump mostra que “o processo não é só do presidente, está avançando institucionalmente”. O especialista avalia que isso pode “isolar o Brasil no contexto do bloco ocidental como um país estranho, que não está de acordo com as diretrizes pensadas para países em favor da democracia”.
Já o doutor em Ciência Política Leandro Gabiati avalia que há um risco para a direita brasileira neste movimento. “Trump ajudou positivamente na estratégia de Bolsonaro enquanto se manteve no plano discursivo. Agora, no entanto, ao tomar medidas práticas que impactam o Brasil, o efeito pode ser o contrário ao esperado”, opina Gabiati.
Araripina perdeu nesta quinta-feira (10) um dos seus mais antigos comerciantes: José Jenuino Coelho (Zé Coelho), proprietário de uma ‘mercearia’ que funcionava na Rua 15 de Novembro, próximo a Praça de Doutor Pedro Batista.
Sereno, tranquilo e muito boa gente, conheci seu Zé Coelho ainda jovem quando ainda era estudante de da Faculdade de Agronomia (Faciagra), na década de 1980.
Era do tempo da confiança, das amizades verdadeiras e de quando a palavra valia. Era assim.
Um professor da rede estadual de ensino está sendo investigado por suspeita de importunação sexual contra uma aluna de 13 anos, em uma escola localizada no Recife. A ocorrência foi registrada na Delegacia de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA), situada no bairro da Madalena, Zona Oeste da capital pernambucana.
Segundo a Polícia Civil de Pernambuco, um inquérito foi instaurado e diligências já estão em andamento para apurar os fatos. Em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), os nomes da vítima, do suspeito e da unidade escolar não foram divulgados pelas autoridades.
Já a Secretaria de Educação do Estado (SEE) afirmou, em nota, que o professor se apresentou voluntariamente à delegacia para prestar esclarecimentos e, após ser ouvido, foi liberado. A pasta também informou que instaurou um processo administrativo para acompanhar o caso.
Ainda de acordo com a SEE, não há registros anteriores de condutas inadequadas envolvendo o docente. A secretaria destacou que está à disposição das autoridades para colaborar com as investigações e reforçou o compromisso com a proteção dos estudantes da rede estadual.
O líder do governo Lula (PT) na Câmara, deputado José Guimarães, virou alvo de investigação determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para identificar desvios de emendas parlamentares no Ceará. O relator, ministro Gilmar Mendes, determinou à Polícia Federal (PF) nessa terça-feira (8) a abertura de um inquérito para investigar a participação de políticos com foro privilegiado em uma quadrilha que desviava dinheiro público e fraudava licitações e contratos.
Além de José Guimarães, o documento sigiloso também cita os deputados Eunício Oliveira (MDB-CE), que presidiu o Senado Federal entre 2017 e 2019, e Yury do Paredão (MDB-CE). A nova investigação é um desdobramento de uma operação da Polícia Federal nessa terça-feira que cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao deputado Júnior Mano (PSB-CE). Agentes deram batidas no gabinete do político na Câmara dos Deputados, no apartamento funcional e em endereços dele no Ceará.
Segundo representação da PF, Mano é a figura central na operação da quadrilha. “A atuação do parlamentar extrapola a esfera meramente política, configurando-se como operador ativo da engrenagem criminosa”, conforme relatado no documento. Ainda de acordo com a investigação, o grupo cobrava entre 12% e 15% sobre o valor das emendas para garantir que as prefeituras recebessem o dinheiro público. “Tal percentual era tratado como ‘imposto’ ou ‘pedágio’ cobrado sobre os valores destinados, numa prática institucionalizada de corrupção”, indicou a PF. As provas obtidas pela investigação são áudios, mensagens e e-mails trocados entre membros da quadrilha.
As emendas eram usadas pelo gabinete do deputado para comprar apoio político, patrocinar campanhas e até pagar blogueiros e jornalistas. A ação do STF cita até o apresentador de um programa exibido em um canal de comunicação cearense. Os nomes do líder José Guimarães e do deputado Eunício aparecem em áudios obtidos pela investigação. “Em diálogo mantido, há referência à oferta de emenda parlamentar atribuída a José Guimarães, supostamente intermediada por Ilomar Vasconcelos, atual vice-prefeito de Canindé, com possibilidades de destinação para saúde, pavimentação ou ‘sarramento'”, diz o documento.
“Em mensagem posterior, Bebeto afirma para Cleidiane Queiroz ter sido informado, por meio de áudios que atribui a Eunício Oliveira, de que Guimarães teria indicado R$ 2 milhões em emenda para o município de Choró, e que o próprio Eunício também teria destinado R$ 1 milhão para Canindé”, cita. Bebeto, ou Bebeto de Choró, é Carlos Alberto Queiroz, apontado como o operador do esquema. Cleidiane Queiroz é irmã dele.
As referências aos deputados nessas provas obtidas, segundo defendeu a Polícia Federal, revelam a necessidade de “diligências investigativas específicas”. Em relação a Yury do Paredão, há indícios de que ele teria mantido um diálogo direto e indireto com o núcleo operacional do esquema de desvios. “Tal suspeita é acentuada pela confirmação de que o deputado indicou emenda individual no valor de R$ 10.000.000 ao município de Choró no exercício de 2024”, indica o documento.
A ex-prefeita do município de Canindé, Maria do Rozário Araújo Pedrosa Ximenes, é uma peça importante nessa investigação. Ela disse à PF que a quadrilha teria destinado uma emenda de R$ 3 milhões ao município, mas condicionou a liberação do valor ao pagamento do percentual de retorno em uma operação de rachadinha.
“Segundo ela, a proposta foi recusada, o que teria motivado o aumento da animosidade do grupo em relação à sua administração”, explica a PF. O nome de José Guimarães reaparece nesse trecho da representação. “Acrescentou, ainda, que, Ilomar Vasconcelos, atual vice-prefeito da chapa apoiada por Bebeto em Canindé, e já mencionado nas tratativas relativas à emenda de José Guimarães, foi também seu vice-prefeito em gestão anterior”, diz a PF.
“Naquela ocasião, conforme relatado, Ilomar teria obtido duas emendas parlamentares oriundas do gabinete do deputado José Guimarães e, posteriormente, passou a insistir no repasse de 10% do valor de cada emenda como retorno”, completou.
Sobre a investigação, José Guimarães afirmou, nesta quarta-feira (9), que não enviou emendas para os municípios de Canindé e Choró e negou relação com o esquema de desvio. “Tive o nome citado durante conversa de terceiros e isso, nem de longe, denota participação em qualquer organização que usurpa o dinheiro público”, se defendeu. “Qualquer tentativa de me ligar a esse escândalo que envergonha a bancada cearense é puramente desonesta e direcionada”, completou. Os deputados Eunício Oliveira e Yury do Paredão ainda não se manifestaram, mas o espaço segue aberto às defesas dos parlamentares.
Neste artigo, o administrador, contador, historiador e professor universitário Rinaldo Remígio comenta a confirmação da candidatura de Miguel Coelho ao Senado em 2026, destacando seu histórico de gestão eficiente em Petrolina e a esperança de renovação política para Pernambuco. Segundo o texto, Miguel não só entregou resultados concretos em áreas como infraestrutura, saúde e educação, mas também simboliza uma renovação política que o estado precisa para se reposicionar no cenário nacional.
confiram:
A política vive de ciclos, e há momentos em que a esperança ganha nome, rosto e direção. Desde ontem, com a confirmação da candidatura de Miguel Coelho ao Senado Federal para as eleições de 2026 é um desses marcos que reacendem a confiança de quem ainda acredita na boa política, na gestão séria e no poder transformador do serviço público.
Uma candidatura que nasce do trabalho
Ao anunciar Miguel como prioridade nacional do União Brasil, o presidente da legenda, Antonio Rueda, não apenas endossou um nome. Ele cravou um projeto. Um projeto que vem sendo construído com responsabilidade, entrega e resultados visíveis desde os tempos em que Miguel comandou Petrolina.
Na capital do Sertão do São Francisco, Miguel não fez mágica. Fez gestão. Fez planejamento. Fez entrega. Sob sua liderança, Petrolina se tornou um dos municípios mais bem administrados do Brasil, com avanços significativos em infraestrutura, saúde, educação e desenvolvimento econômico.
Um novo tempo para Pernambuco
Agora, com o apoio de nomes de peso como Davi Alcolumbre e ACM Neto, Miguel representa mais do que o Sertão: ele é a voz de um Pernambuco inteiro que quer ser ouvido, respeitado e representado de verdade no Senado Federal.
A aliança com o projeto do prefeito do Recife, João Campos, sinaliza uma nova composição política para 2026. Uma união que visa mais do que vencer eleições: busca governar com diálogo, equilíbrio e visão de futuro. Uma federação partidária que pode recolocar Pernambuco no eixo das grandes decisões nacionais.
O povo quer atitude — não só discurso
É verdade: o povo está cansado de promessas vazias. E é justamente por isso que a pré-candidatura de Miguel anima tanta gente. Porque ele já provou que sabe fazer. Que não foge do trabalho. Que não governa de cima para baixo, mas com os pés fincados no chão, ouvindo, planejando e realizando.
Desde o anúncio da sua candidatura, os pernambucanos voltaram a sonhar com um senador que vá a Brasília para lutar de verdade pelo estado. Que tenha coragem de bater na mesa, de defender os interesses do povo, de trazer recursos, projetos e visibilidade para um estado que tantas vezes foi esquecido.
Pernambuco agora vai!
Miguel será senador por Pernambuco, mas sua atuação será para o Brasil inteiro. Com sua juventude, preparo e espírito público, ele representa a renovação que tanto se pede. E não é renovação apenas de idade, mas de postura, de atitude, de comprometimento.
Se ele fez por Petrolina, pode, e deve, fazer ainda mais por todo o estado. Miguel está pronto. O povo está pronto. E Pernambuco, mais do que nunca, precisa ir pra frente.
Que venha 2026. Porque agora sim, Pernambuco vai!
Rinaldo Remígio
Administrador, contador, historiador e professor universitário
Trindade (PE) – Um professor aprovado na seleção simplificada da Prefeitura de Trindade-PE denuncia ter sido afastado injustamente do cargo por motivos políticos, mesmo após assinar contrato com o município. A situação acendeu um alerta sobre práticas irregulares na gestão pública municipal, incluindo pagamento de salários abaixo do piso nacional do magistério, contratações sem concurso e omissão do Ministério Público diante das ilegalidades.
O denunciante, Talles Jorge Nascimento Silva, afirma que participou regularmente do Processo Seletivo Simplificado nº 001/2025, foi aprovado, assinou o contrato administrativo nº 70/2025 e recebeu localização oficial para assumir as funções docentes. No entanto, segundo o professor, foi convocado no mesmo dia pela Secretaria de Educação, onde foi informado verbalmente de que “não havia mais vaga”, mesmo com a existência de vagas oficialmente publicadas no Diário Oficial do Município.
“No mesmo dia em que assinei, fui chamado na secretaria. Disseram que não tinha mais vaga. Isso é mentira. A verdade é que sou opositor da gestão e fui excluído por isso”, afirma o Professor Talles, que já foi candidato a vereador contra a atual prefeita.
O caso foi agravado por denúncias anteriores apresentadas ao Ministério Público, que já havia constatado irregularidades no edital da seleção pública, como a limitação injustificada da pontuação de experiência profissional e o pagamento de apenas R$ 700,00 para profissionais de apoio, valor muito abaixo do piso nacional garantido por lei.
Apesar de ter emitido a Recomendação nº 002/2025, o Ministério Público arquivou o procedimento pouco depois, mesmo sem o Município corrigir os pontos mais graves, como o valor da remuneração. O professor Talles ainda apresentou pedido de reconsideração, solicitando nova apuração, incluindo a existência de servidores contratados sem seleção pública ou concurso, mas o MPPE voltou a arquivar o caso, sem justificar.
Diante disso, o professor encaminhou a denúncia ao Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE), pedindo investigação sobre:
Desrespeito ao piso salarial nacional do magistério;
Contratações ilegais sem seleção ou concurso;
Descumprimento contratual por perseguição política;
Omissão do Ministério Público, mesmo com provas robustas de irregularidades.
A denúncia protocolada exige, entre outras coisas, auditoria nas contratações de 2025, responsabilização dos gestores envolvidos e reparação pelos danos sofridos.
“Essa denúncia não é apenas por mim. É por todos os profissionais que estão sendo lesados, humilhados e usados como massa de manobra política”, conclui o professor.
O que diz a lei
A Lei nº 11.738/2008 estabelece o piso nacional dos professores da educação básica.
O art. 37, inciso II da Constituição Federal exige que o ingresso no serviço público seja feito por concurso público, salvo exceções legais.
O art. 7º, IV da Constituição garante salário mínimo a todos os trabalhadores.
A prática de retaliação por motivação política pode configurar improbidade administrativa.
Nesta quarta-feira (09), após acionamento da Central de Operações para averiguar uma possível ocorrência após denúncia de agressão a uma criança, em Araripina, no Sertão de Pernambuco, a ROCAM dirigiu-se ao local indicado e foi informada de que, durante consumo de bebida alcoólica, o autor agrediu um menino de 1 ano e 6 meses com um tapa nas costas, causando sua queda e ferimento na boca.
Segundo a PM, o autor foi encontrado embriagado e agressivo, sendo necessário o uso da força e algemas para contê-lo, conforme a Súmula Vinculante nº 11 do STF.
Durante o trajeto à delegacia, o detido se debateu e chutou a viatura, causando sangramento em sua cabeça.