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MEI vira mais uma bomba previdenciária

Foto: reprodução

Estadão

Criado no final de 2008 com o objetivo de ampliar a formalização de pequenos empreendedores e trabalhadores autônomos, o contrato de Microempreendedor Individual (MEI), popularmente conhecido como “pejotização”, deve gerar um déficit de R$ 1,9 trilhão, nas próximas sete décadas, no já combalido Regime Geral de Previdência Social (RGPS).

Essa é a estimativa do economista Rogério Nagamine Costanzi, que em análise detalhada para o Observatório de Política Fiscal da Fundação Getulio Vargas (FGV) esmiúça por que o programa, por mais bem intencionado que seja, agrava o já tenebroso desequilíbrio financeiro da Previdência e carece de reformulação.

Como explica Costanzi, o que começou mal conseguiu ser piorado com o tempo. Num primeiro momento, bastava uma contribuição de 11% do salário mínimo e contribuições simbólicas para ICMS (R$ 1) e ISS (R$ 5) para que o MEI tivesse direito a benefícios tais como aposentadoria por idade, invalidez ou incapacidade permanente, pensão por morte, auxílio-doença (incapacidade temporária) e salário-maternidade. Contudo, uma medida provisória posteriormente convertida na Lei 12.470/2011 reduziu a já baixa alíquota de contribuição previdenciária para 5% do salário mínimo.

Na prática, criou-se todo um contingente de potenciais beneficiários, sem que houvesse correspondente aumento de receitas. O número de trabalhadores inscritos no programa saltou de 44 mil, no final de 2009, para cerca de 16,3 milhões no final de 2024, enquanto a participação do MEI no regime geral da Previdência subiu de 1,6% em 2011 para quase 12% em 2023.

Não bastasse o crescimento acelerado de beneficiários que contribuem muito pouco para desfrutar de uma série de direitos, Costanzi também chama a atenção para a forte inadimplência previdenciária dos “pejotizados”. Em 2023, apenas um em cada três MEIs contribuía para a Previdência.

Insustentável como está, o MEI pode, mais uma vez, mudar para pior. Debate-se no Congresso a possibilidade de se ampliar o teto do MEI dos atuais R$ 81 mil de faturamento anual para R$ 130 mil. O ministro do Empreendedorismo, Márcio França, entende que o teto atual está defasado e precisa ser atualizado.

Em tese, a ampliação do teto viria acompanhada de uma tabela progressiva de contribuição para a Previdência. Mas é difícil acreditar que Executivo e Legislativo cheguem a bom termo em relação a isso, não só porque vivem às turras quando se trata de responsabilidade fiscal, como porque já há no Congresso quem defenda elevar o teto do MEI para além de R$ 130 mil.

Não bastasse o efeito devastador sobre o sistema previdenciário, o MEI também está muito longe de promover aquilo para o que foi concebido: a formalização do trabalhador de baixa renda.

Ao cruzar dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua de 2023 com o total de trabalhadores por conta própria com registro no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), Costanzi estimou que “82,2% dos MEIs estavam entre os 50% mais ricos da população, considerando a renda domiciliar per capita, e apenas 17,8% estavam entre os 50% mais pobres”.

Trata-se de uma séria distorção de uma política pública que deveria oferecer proteção social àqueles que historicamente não contam com ela, caso de trabalhadores como vendedores ambulantes.

Na realidade, porém, o perfil do MEI é muito similar ao de um profissional com carteira assinada (CLT) com ensino médio ou superior completo e que, justamente por isso, não deveria ser objeto de políticas de proteção social quase não contributivas, como corretamente argumenta Costanzi.

Tudo isso deveria estar no radar tanto do Executivo, agora tão cioso do abismo entre ricos e pobres, quanto do Legislativo, que deveria resistir a lobbies que podem ampliar ainda mais os problemas do MEI.

Tal como está, o MEI é mais um exemplo de política pública que não cumpre, a contento, o objetivo de incluir quem realmente precisa de proteção social e, além disso, é estruturalmente inviável do ponto de vista previdenciário. Posto de outra forma, é uma bomba-relógio de amplo alcance.

PM erradica mais de 13 mil pés de maconha no Sertão de Pernambuco

Foto: divulgação PM PE

Farol de Notícias

Uma ação integrada entre o Batalhão Especializado de Policiamento do Interior (BEPI), a CIPE Caatinga da Polícia Militar da Bahia (PMBA) e a Polícia Federal resultou na destruição de duas plantações de maconha em Carnaubeira da Penha, no Sertão pernambucano, na manhã desta sexta-feira (4).

Detalhes da operação

De acordo com a Polícia Militar, as equipes chegaram ao local após trabalhos de inteligência realizados em conjunto pelas forças de segurança. No terreno, foram encontrados aproximadamente 13.125 pés de maconha, que foram erradicados e incinerados no local.

Além da plantação, os agentes apreenderam uma espingarda artesanal e porções de maconha prontas para consumo

Parte da droga foi encaminhada à Delegacia de Polícia Civil de Carnaubeira da Penha para análise e procedimentos legais.

Combate ao tráfico na região

A operação faz parte de uma estratégia contínua das forças de segurança para combater o tráfico de drogas no Sertão de Pernambuco. A região, conhecida por ser rota de entorpecentes, tem sido alvo de ações frequentes para coibir o avanço do crime organizado.

Festival de Quadrilhas fecha o Ciclo Junino de Salgueiro com muita animação

Foto: divulgação

O Ciclo Junino de Salgueiro, iniciado em maio, chegou ao fim somente agora, no começo de julho, com o Festival de Quadrilhas Juninas Nação Sanfonear. A iniciativa da prefeitura foi organizada pela Secretaria de Cultura e Esportes, por intermédio da Associação de Artes Cênicas de Salgueiro, com recursos da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB). Na quinta-feira, 3, se apresentaram quadrilhas de escolas locais, na categoria infantojuvenil, e nesta sexta-feira, 4, de diversas cidades, na categoria adulto.

A programação do primeiro dia do evento contou com apresentações de quadrilhas de escolas municipais e estaduais de Salgueiro. Entre as municipais a campeã foi a quadrilha da Escola Maria Nilza, a 2ª colocada a Cleuzemi Pereira e a 3ª colocada a Valdemar Menezes. Já na disputa das unidades escolares estaduais, a José Vitorino ficou em 1° lugar, a EREM Aura Sampaio em 2° e a EREM Carlos Pena Filho terminou na 3ª colocação.

Nessa sexta-feira o festival teve cunho regional, reunindo quadrilhas de Salgueiro-PE, Petrolina-PE, Ibimirim-PE e Princesa Isabel-PB. Os grupos encantaram o público com figurinos bem trabalhados, efeitos de pirotecnia, coreografias animadas e temáticas do cotidiano nordestino, como a fé e a religiosidade, o amor, a agricultura e as tradições dos sertanejos.

A Junina Majestade, de Petrolina, ficou em 1° lugar com 297,7 pontos; a Sanfonar, de Salgueiro, conquistou o 2° lugar com 295 pontos; e a Brilha Sertão, de Princesa Isabel-PB, alcançou a 3ª posição com 293,5 pontos. Os jurados avaliaram o figurino, casamento, marcador, coreografia, repertório e temática. As três quadrilhas de destaque receberam premiação em dinheiro e troféu.

O prefeito Fabinho Lisandro participou do evento e destacou o sucesso do Ciclo Junino. “Está chegando ao fim o maior Ciclo Junino da história de Salgueiro, que a Secretaria de Cultura promoveu durante todo esse período, de maio até hoje”, disse. “Valeu a toda equipe da Secretaria de Cultura, da Prefeitura de Salgueiro, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, que fizeram um grande São João, e a você salgueirense, que participou de forma presente, alegre e muito feliz”, concluiu.

Gilmar Júnior representa a enfermagem pernambucana em Congresso do Mercosul

Foto: divulgação

O deputado Gilmar Júnior (PV) representou Pernambuco no II Congresso do Conselho Regional de Enfermagem do Mercosul (CREM), que reuniu representantes do Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina, em Córdoba, esta semana.

Segundo dados da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), de aproximadamente 28 milhões de profissionais de enfermagem em todo o mundo, existem cerca de nove milhões nas Américas, representando mais de 56% dos recursos humanos em saúde. Significa que 87% da força de trabalho da categoria é proveniente da região das Américas.

Nesse contexto, o Brasil aparece como um dos países mais desiguais do mundo quando se considera necessidade do país e valorização da categoria. No Brasil, existem mais de 3 milhões de profissionais e, em Pernambuco, mais de 160 mil.

O Congresso do Mercosul reuniu o presidente do Conselho Federal de Enfermagem, Manoel Neri, diversos presidentes e autoridades da enfermagem do país para discutir com autoridades dos países da região as dificuldades e avanços da categoria. A formação, a necessidade de ocupar espaços de poder político, a pesquisa, a valorização salarial e a qualidade de vida foram temas discutidos.

Líder da delegação de Pernambuco, Gilmar Júnior destacou: “aqui, tivemos a oportunidade de mostrar as maiores dificuldades da enfermagem do nosso Estado e do nosso país, as difíceis condições de trabalho e uma grande necessidade de reparação salarial”, ressaltou.

“No Brasil, os salários são menores que na Argentina, por exemplo. Em alguns lugares, chegando a 1/3 do piso que é pago aqui. É vergonhoso ter que mostrar que nossa lei do piso foi desconfigurada e que no nosso Estado e país tratam a enfermagem como escravos nos serviços de saúde. Estamos vigilantes na luta por dignidade e reparação histórica, para darmos no Brasil o valor que é dado em outros países”, asseverou o deputado.

Mesmo de recesso parlamentar, o deputado estadual é presidente do Conselho Regional de Enfermagem de Pernambuco (Coren-PE), cumpre agenda internacional e já se prepara para representar o Estado no Congresso da Região das Américas e Caribe, que reunirá mais de 20 países no Rio de Janeiro, em novembro.

Em 2025, penduricalhos de juízes já superam custo de 5 programas sociais

Foto: reprodução

Metropóles

Os chamados “penduricalhos” pagos a juízes e desembargadores já superam, em 2025, os custos de ao menos cinco programas sociais do governo federal, que atendem a dezenas de milhões de brasileiros.

Até agora, esses pagamentos de penduricalhos já custaram R$ 6,89 bilhões, segundo dados públicos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), compilados pela coluna. O valor foi destinado a apenas 18,9 mil magistrados — e, mesmo assim, é superior ao gasto do governo com cinco programas sociais que atendem milhões de brasileiros pobres.

Entre 2023 e 2024, os “penduricalhos” cresceram 49% — cerca de 10 vezes a inflação do período, que foi de 4,8%. No primeiro semestre de 2024, esses pagamentos somaram R$ 5,72 bilhões. Ou seja: no primeiro semestre de 2025, o crescimento foi de 20,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Como não são considerados salário, os “penduricalhos” são livres de Imposto de Renda. Também não entram no Teto Constitucional, que limita os salários dos servidores públicos aos vencimentos dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Esses valores já ultrapassam, por exemplo, os gastos da União com o seguro-defeso, pago a pescadores artesanais durante o período de proibição da pesca. Também são maiores do que os desembolsos com o Auxílio-Gás, o Pé-de-Meia, o Garantia-Safra e o Auxílio-Reconstrução, criado para apoiar vítimas das enchentes de 2024 no Rio Grande do Sul.

Do começo do ano até o dia 20 de maio, o Ministério da Educação já executou R$ 2,06 bilhões no programa Pé-de-Meia, que concede bolsa a jovens de baixa renda que cursam o ensino médio na rede pública.

O Pé-de-Meia é considerado uma das principais “vitrines” do terceiro mandato de Lula (PT) — e, mesmo assim, não chega nem perto do custo dos “penduricalhos”. O Pé-de-Meia atende cerca de 3,2 milhões de jovens em todo o país.

O seguro-defeso é uma compensação temporária paga a 1,2 milhão de pescadores, durante os meses em que a pesca de certas espécies é proibida. Até maio, o benefício já havia consumido R$ 5,5 bilhões. Mantida essa média, a estimativa para o semestre é de R$ 6,6 bilhões, ainda abaixo do total gasto com os penduricalhos do Judiciário.

Os penduricalhos também superam os gastos com o Auxílio-Gás, benefício destinado a 5,37 milhões de famílias em situação de vulnerabilidade. O programa tem orçamento de R$ 3,5 bilhões para 2025, e já consumiu R$ 1,7 bilhão até agora — o equivalente a menos de um quarto do valor destinado aos magistrados.

Outro exemplo é o Auxílio-Reconstrução, pago às famílias afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul. Neste ano, o programa consumiu R$ 103,5 milhões. Cada família recebe parcela única de R$ 5,1 mil, como forma de compensar parte das perdas materiais.

Já o Garantia-Safra, programa menos conhecido, é voltado a agricultores familiares, especialmente no Nordeste. Em 2025, o benefício já custou R$ 781,2 milhões, o que equivale a pouco mais de 11% do total gasto com penduricalhos da magistratura.

Em 2024, os penduricalhos somaram R$ 10,5 bilhões. Os principais itens incluídos nesse montante são a venda de férias e folgas, que têm caráter indenizatório.

Segundo o economista e professor do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP) Pedro Fernando Nery, o valor dos penduricalhos superou, em 2024, os gastos com o programa Pé-de-Meia, uma das principais vitrines do governo Lula (PT).

“Chama a atenção o fato de que o Pé-de-Meia foi amplamente discutido em relação ao seu enquadramento no novo arcabouço fiscal, com participação até do TCU. Já o ‘Pé-de-Meia’ dos juízes não: foi totalmente gestado fora do processo legislativo constitucional”, afirma.

Nery ressalta que, embora o Estado brasileiro ainda tenha efeito líquido de redistribuição de renda, isso só ocorre por causa de alguns programas sociais específicos.

“O Estado reduz a desigualdade no Brasil, mas isso depende muito de políticas como o Bolsa Família e o BPC (Benefício de Prestação Continuada), que atendem principalmente famílias jovens e negras. Já os pagamentos acima do teto são extremamente regressivos, beneficiando famílias ricas e brancas”, diz Nery, que é autor do livro “Extremos — Um Mapa para Entender as Desigualdades no Brasil”.

Araripina: Polícia Militar apreende 150g cocaina na BR-316

Foto: divulgação 9ª CIPM

Policiais militares da 9ª CIPM, de posse de informações de que um veículo modelo Cruze, de cor branca, estaria se deslocando nesta sexta-feira (04), da cidade de Ouricuri para Trindade, com o objetivo de realizar entrega de entorpecentes, fizeram um bloqueio nas proximidades do Posto Zuilton.

O veículo foi avistado e recebeu ordem de parada, a qual foi desobedecida pelo condutor, que empreendeu fuga causando risco aos transeuntes. Foi realizado acompanhamento pela BR-316, sendo possível interceptar o automóvel e proceder à abordagem.

Durante a busca veicular, foram encontrados aproximadamente 150 gramas de substância análoga à cocaína e três aparelhos celulares próximo ao banco do condutor. Com isso, o motorista e sua namorada, juntamente com o material apreendido, foram conduzidos à Delegacia de Polícia Civil de Trindade para adoção das medidas cabíveis.

MATERIAL APREENDIDO
– 150 gramas de cocaina
– ⁠1 celular iPhone 16 pro max
– ⁠1 celular xiaomi Redmi note 9
– ⁠1 celular realme note 60
– ⁠1 carro modelo Cruze

Disputa entre Raquel Lyra e João Campos tem federação de direita e PT como eixos

Zero prisões: Invasão do Itaú em São Paulo sugere jogo de comadres

Foto: reprodução

Diário do Poder

A invasão de extremistas de esquerda ao Itaú, na Faria Lima, é como se não tivesse existido. Nem rendeu prisão dos bandidos. Não houve “intercorrências”, diz a Secretaria de Segurança, condescendente. O Itaú é uma casa lulista, até pelos lucros fabulosos com PT no poder. Os herdeiros são grandes apoiadores do petista. Casos de João Moreira Salles, que bajulou Lula em um documentário, e Walter Moreira Salles, que atribuiu seu filme “Ainda Estou Aqui” à recente eleição do petista. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

Beatriz Bracher, irmã de integrante do Conselho Administrativo do Itaú, foi a segunda maior doadora individual de Lula no 2º turno, em 2022.

Neca Setúbal, herdeira do Itaú, fez evento pró-Lula com granfinos paulistas, incluindo Teresa Bracher, mulher do ex-presidente do Itaú.

Antes mesmo de vencer a eleição em 2022, Pedro Moreira Salles, copresidente do Itaú, jantou com Lula em São Paulo.

“As regras do bom viver”: Pequenas Reflexões para Grandes Transformações com padre José Nilton; ouça

Foto: reprodução

Quem muito impõe, pouco vive. Quem muito exige, pouco cumpre. Quem muito fala, pouco escuta. Quem muito manda, pouco obedece. Quem mais reclama é quem menos colabora. Quem mais pede é quem menos ajuda. O que você faz para o outro, um dia voltará pra você, bom ou ruim. São regras simples para uma boa convivência que, quando burladas, prejudica a todos. Para o ignorante, uma rega, uma lei, é uma barreira, um peso, uma frescura. Para o sábio é ordem, organização, disciplina, proteção à vida. Você já observou que o ignorante odeia normas e leis, mas é radical e intolerante com os outros? Seja exrmplo, cumpra, viva primeiro para exigir depois, afinal, você é outro nível. Ouça:

Tocador de áudio

Plano Safra 2025-2026, positivo de modo geral

Foto: Blog do RobertoPor Geraldo Eugênio*

Mesmo contando com uma política de descontrole dos juros por parte do Banco Central e da tentativa de retirada do IOF por parte da bancada conservadora em suporte a demandas de setores empresariais, o Plano Safra 2025-26 anunciado dispõe dos maiores valores já ofertados em uma política de apoio à agricultura empresarial e familiar no país. O total de 605 bilhões de reais está sendo disponibilizado de modo que a agricultura empresarial contará com 516 bilhões e a agricultura familiar 89 bilhões para a próxima safra. 

O reflexo direto de quão tem sido eficiente a manutenção e fortalecimento do Plano Safra é o fato de que a produção nacional de alimentos e matérias-primas a cada ano excede o anterior, realçando a posição brasileira entre os países produtores de alimentos e matérias-primas do campo. Na safra 2023-2024, o Brasil produz 316 milhões de toneladas de grãos, enquanto em 2004-2025 este valor subiu para 336 milhões, demonstrando uma confluência de fatores que vão da força do agricultor brasileiro e das políticas públicas em prática, mesmo várias regiões do país havendo sido submetidas a eventos climáticos extremos como secas e enchentes.

Corrigindo distorções.

Desde a implantação do Zoneamento Agrícola de Risco Climático – ZARC, um instrumento de auxílio ao planejamento das atividades agrícolas dependentes de chuvas, a atividade de cultivo das principais culturas se tornou mais segura. Evitando riscos quanto à escolha de locais e épocas, facilitando o acesso ao seguro por parte dos produtores atingidos por calamidades climáticas e ao mesmo tempo limitando a possibilidade de fraudes que levavam a produtores inescrupulosos sistematicamente alegarem perdas de safra ou declarações ilegais de áreas cultivadas de modo a burlarem o crédito e consequentemente criarem o ambiente para prorrogação e dispensa de dívidas perante os bancos públicos.

Importante notar que, apesar do uso de tecnologias refinadas, esta é uma situação que ainda persiste, devendo ser observada com a devida atenção, uma vez que, apesar da crescente produção agropecuária, se observa uma escalada de adjudicação de perdas, o que aparentemente não é consistente. Isto é, aumento de produção, de produtividade, manutenção de área cultivada e cumprimento de apólices.

Um outro fator a ser continuamente destacado é o aumento das áreas desmatadas na Amazônia e Cerrados nos últimos doze meses. Primeiro, deixa claro a baixa eficiência das medidas de monitoramento, controle e punição. A política de devastação é um tiro no pé que ofusca os ganhos auferidos por tecnologias sustentáveis como o plantio direto, a integração lavoura-pecuária-floresta – ILPF e a consolidação do uso de biológicos na agricultura brasileira, tendo como exemplo inquestionável a Fixação Biológica de Nitrogênio – FBN e controle biológico de algumas pragas a exemplo das brocas e cigarrinhas da cana-de-açúcar e das pastagens.

Um olhar sobre a tecnologia.

Há um fato novo no Plano de Safra para a Agricultura Familiar 2025-26, o destaque ao uso de tecnologias como a irrigação e a fertirrigação e a intensificação da opção pela energia renovável localizada via fotovoltaica, com valores de financiamento que chegam a cem mil reais e taxas de juros que variam entre 2,5 e 3,0 % ao ano. Neste quesito, algumas outras tecnologias merecem ser incentivadas de modo preferencial, a exemplo do uso de drones na fertilização e controle de pragas, doenças e ervas, de imagens aéreas na previsão de safras, de sensores para temperatura e fertilidade de solo, do controle automático das práticas de irrigação, adubação e drenagem via celular, dos equipamentos compactos de dessalinização e do comércio eletrônico e do uso mais frequente dos mecanismos de inteligência artificial aplicados ao pequeno e médio negócio rural.

Vale ressaltar a mudança de postura em relação ao crédito rural, que deixa de ser uma obrigação do ente público para ser considerado uma oportunidade de negócio e capitalização nica. Destaca-se o fato de que são poucos os países que contam com instrumento equivalente ao Brasil. Na maioria dos países que se destacam como potências agrícolas, o crédito é concedido majoritariamente por bancos privados ou operados por esses com recursos aportados por seus tesouros, mesmo em locais caracterizados por micro e mini propriedades, como a Índia.

Queixas nem sempre bem fundamentadas.

Nem tudo é perfeito e não foram poucas as queixas. Há duas semanas, o que se comentava era a insensibilidade do governo em taxar os fundos privados ligados ao agro como se estivesse diretamente afetando o setor. O valor de recursos desse sistema de capitalização excede três bilhões de reais ou ao redor de seis vezes o que aporta o erário em seu plano de safraEsses articulistas esqueceram de chamar a atenção de que este valor não está disponível ao financiamento da produção a taxas que variam de 2,0 a 15,0 % ao ano, como é o caso do recurso público, e consequentemente não é razoável a um fundo que negocia cotas de algumas commodities, a exemplo do milho e da soja, a taxas de retorno superiores a 1,0 % ao mês, dispor desses valores para emprestarem perante as regras do Plano de Safras. Em outras palavras, uma coisa e outra não têm nada em comum. Dinheiro especulativo não é dinheiro produtivo.

O segundo argumento posto por algumas entidades empresariais é o fato de que o crédito rural estaria sendo exercitado com taxas de juros superiores à Selic. O que não é verdade. As taxas da maioria das linhas de acesso são inferiores aos juros de mercado, sendo fortemente subsidiadas pelo recurso público. Esquecem também de chamar a atenção para o fato de que os benefícios fiscais e tributários dispensados às grandes corporações excedem os valores disponibilizados aos agricultores. Entretanto, não se manifestam contra esses privilégios e muito menos a tentativa de uma política de Robin Hood ao inverso, tentada pelo Congresso Nacional, que é a de retirar dos mais humildes para entregar aos mais ricos, o que está por trás da abolição do IOF.

Não se mexe no que está dando certo. Se há crescimento da produção, da disponibilidade e controle de preços dos alimentos, do aumento físico e financeiro das exportações, vale continuar como tal. Nada de falsas lamúrias e fake news. O Plano de Safra 2025-26 é realista e traz boas notícias para todos os segmentos que fazem o agronegócio nacional.

*Professor titular da UFRPE-UAST

Araripina: Adolescente é estuprada por desconhecido ao voltar da casa do irmão

Foto: Blog do Roberto

Uma equipe da 9ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM), foi acionada na última sexta-feira (04), para ir até a Unidade de Pronto Atendimento – UPA de Araripina, onde havia dado entrada uma adolescente vítima de estupro.

Segundo a equipe médica, a vítima chegou com hemorragia e relatou que o abuso ocorreu no dia 30/06/2025, quando voltava da casa de seu irmão.

Ela disse que foi surpreendida por um homem desconhecido que cometeu o ato criminoso. Após o ocorrido, retornou para a casa da mãe e procurou atendimento apenas após apresentar sangramento.

Mãe e filha foram encaminhadas à delegacia para providências legais.

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PT de Araripina realiza eleição do novo Diretório Municipal e presidência neste domingo (06)

Foto: reprodução redes sociais

O PT de Araripina realiza neste domingo, dia 6 de julho, a eleição do novo Diretório Municipal e nova presidência no município, dentro do Processo de Eleições Diretas (PED) do partido em todo o país.

As chapas que se tem conhecimento até o momento são encabeçadas por Abdoran Rodrigues (agricultor e criador), e por Dr. Márcio Leite (advogado).

O pleito, que pode definir os rumos da legenda em Araripina, ocorre no Empresarial Rodrigues Leite, Rua Alfredo José Modesto, 43, térreo, bairro Apalusos, no período das 9h às 17h. Todos os filiados ao partido no município podem votar.

Prefeitura do Recife entrega conjunto de obras do Programa Parceria na Várzea

Foto: divulgação

Serviços de proteção de encostas fazem parte da Ação Inverno 2025, que totaliza investimentos de R$ 322,9 milhões para minimizar os impactos das chuvas

A Prefeitura do Recife entregou, neste sábado (5), um conjunto de obras de proteção de encostas realizadas pelo Programa Parceria na comunidade de Barreiras, bairro da Várzea, Zona Oeste da cidade. As melhorias receberam investimento total em torno de R$ 46 mil e estão inseridas na Ação Inverno 2025, pacote de intervenções em andamento que totaliza investimentos de R$ 322,9 milhões para minimizar os impactos das chuvas. O vice-prefeito e secretário de Infraestrutura, Victor Marques, acompanhou as entregas.

“A gente se orgulha muito de ter obras como essa do Parceria aqui no bairro da Várzea, porque a gente sabe que essa é a verdadeira parceria entre as pessoas e a prefeitura. A gestão municipal entra com material e com toda a orientação técnica e as famílias tocam a obra. Hoje, só aqui nessa região, a gente tem mais de 30 obras do parceria.É uma satisfação imensa estar fazendo uma agenda como essa no sábado e saber que a gente ainda vai fazer muito mais”, ressaltou Victor Marques.

Os serviços foram realizados na Rua Água Clara, numa área total de 274 m2, garantindo mais segurança e qualidade de vida para as famílias que moram no local. Na altura dos números 358, 256 e 140, foi feita intervenção em alvenaria, com três cintas e tela argamassada, com investimento de R$ 21,7 mil. Já no número 218-D, onde foram aplicados R$ 24,2 mil, a proteção da encosta foi feita com alvenaria armada e tela argamassada. Os trabalhos ficaram sob a responsabilidade da Secretaria Executiva de Defesa Civil do Recife (Sedec).

Samuel Ferreira de Oliveira, morador de uma das casas beneficiadas e que executou a obra, falou sobre a experiência com o Programa Parceria. “Foi muito trabalho, mas a equipe da Defesa Civil nos auxiliou, dando instruções para que saísse tudo como foi planejado. Tenha certeza que, se tiver coragem e diposição, a obra é feita com todo o apoio da Prefeitura. Agora tanto as famílias de cima, como as de baixo, podem dormir tranquilas”, disse.

Com o Parceria, a Prefeitura fornece projeto, material e orientação técnica para intervenções em áreas planas e morros, enquanto a população entra com a mão de obra como contrapartida. Os serviços incluem tratamento de encosta com soluções técnicas de rip rap, tela argamassada e alvenaria armada; melhoria de infraestrutura com implantação de acessos, microdrenagem e corrimão; e melhorias habitacionais (fossa séptica, revestimentos e recuperação de paredes).

Nos últimos quatro anos, foram concluídas 4.239 obras do Parceria e outras 1200 serão executadas em 2025, das quais 357 estão em andamento e 351 foram concluídas. O programa Parceria foi premiado com o Pergaminho de Honra do Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos (ONU-Habitat), que é considerada a premiação mais prestigiada de habitação sustentável do mundo. A iniciativa reconhece contribuições extraordinárias na área de assentamentos humanos e habitação, destacando a situação das pessoas que vivem na pobreza ou que foram deslocados de seus territórios.

INVESTIMENTOS – Com a Ação Inverno 2025, a Prefeitura do Recife bate novo recorde e realiza o maior investimento da história. Serão destinados R$ 322,9 milhões de recursos da gestão municipal para viabilizar um conjunto de intervenções destinadas a minimizar os impactos das chuvas na cidade, com um pacote de obras estruturadoras que inclui novas intervenções no Rio Tejipió, construção de reservatórios de água na região da Imbiribeira, contenção de encostas, urbanização de comunidades afetadas pelas chuvas e mitigação de pontos críticos de alagamento.

Chega de nós contra eles

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Por Marcelo Tognozzi / Colunista do Poder360

Basta dar uma olhada nas listas de assinaturas dos manifestos em defesa da democracia que circularam antes e durante a campanha eleitoral de 2022 para constatar que Lula foi apoiado por uma elite de ricos e muito ricos, os mesmos que ele agora ataca para fabricar uma polarização com os mais pobres.

Os ricos são maus e os pobres bons. Essa conversa não cola mais, a não ser para meia dúzia de militantes amestrados do Psol, como os que invadiram a sede do Itaú na Faria Lima.

 

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O Araripe pode mais

Foto: reprodução

Por Daniel Torres*

Neste segundo semestre do ano que se inicia o que se ver são as movimentações políticas cada vez mais intensas, nomes e nomes surgem no cenário político visando as eleições no próximo ano. Mal terminou um pleito para prefeitos e vereadores, e já estão intensificando o próximo. Onde vamos parar neste Brasil que só trata de eleições? Ninguém se preocupa com os problemas do país, do Estado e da sua região, cada um quer colocar o seu projeto político pessoal no cenário.

Região do Araripe

Neste contexto de falta de representação a região do Araripe depende do seu crescimento desta representatividade, não temos um deputado (a) federal da própria região, já tivemos em outras eleições vários concorrentes e o máximo que chegamos foi ocupar uma suplência, o que faltou para chegarmos lá? Projeto político coletivo elaborado, proposta de representatividade política que represente a sociedade Araripeana como um todo. Temos votos suficientes na região para eleger um deputado federal e se tivesse consciência entre o eleitorado podíamos eleger mais de um. O que se percebe é que o eleitor deixa se levar por poucos agrados de alguns deputados que vem buscar alguns votos do Araripe e com estes poucos agrados conseguem segurar este eleitorado em todas às eleições, sem falar em outros aventureiros que aqui aparecem, e outros nem se quer aparecem, mas mesmos assim o povo vota.

O que se ver hoje é o mesmo filme de antes, projetos políticos individuais sem representatividade coletiva, cada partido querendo ocupar um espaço para garantir cauda para os seus principais pretendentes. Nada e ninguém preocupados em dar protagonismo político a região, fazendo que o Araripe ocupe o seu espaço político no Estado e no Brasil. As falas, as conversas, não passam de estratégias para arrebanhar alguns votos citando que a região precisa de um representante. Projeto político não se resume alguém dizer, eu quero ser candidato para representar a região do Araripe, necessita de uma articulação de propostas que possa assegurar que realmente a região vai ter o seu representante legítimo e autêntico, que os interesses do povo da região vão estar acima de qualquer coisa.

Emendas dos deputados

Cada deputado federal tem direito ao valor de R$ 37 milhões de reais de emendas impositivas que poderão serem destinadas para as suas bases. O mandato inteiro um total R$ 148 milhões de reais. O Araripe está perdendo todo este montante de recursos que deverão serem destinados a saúde, a educação, assistência social, agricultura e infraestrutura da região.

A classe política

Os atores políticos da região do Araripe prefeitos, vereadores e outras lideranças políticas, chegou a hora de terem consciência do seu papel no desenvolvimento da região como um todo e não apenas do seu município.

O Araripe Pode Mais! e como pode. Estes políticos têm que deixar os seus interesses de lado e abraçar um projeto político de uma candidatura a deputado (a) federal da própria região. Passou da hora, mas nunca é tarde para corrigir o erro.

Perfil de uma candidatura

Alguém que já demonstrou de certa forma compromisso envolvimento com a região como um todo, alguém articulado com toda sociedade, que seja identificado com os trabalhadores urbanos e rurais, com o empreendedor de todos os segmentos econômicos da região, funcionários públicos, com a juventude. Não obrigatoriamente tem que ser um político, pode ser um cidadão ou cidadã comum, alguém que tenha capacidade de representar o Araripe com autencidade.

Movimento SIM, Nós Podemos!

Mediante todos estes fatores. A novidade política na região, é o movimento político “SIM, Nós Podemos!” criado com o objetivo de ser um canal de debate com todos do Araripe sem amarras políticas partidárias, visando a construção desta alternativa de poder através de uma candidatura a deputado (a) federal que contemple todos os interesses políticos e econômicos da região. Chegou a hora dos políticos do Araripe, prefeitos, vereadores e demais lideranças pensarem grande e reconhecer o potencial da região e fazer valer isso. Os políticos com mandatos e sem mandatos estão deixando de fazer à sua parte, estão sendo omissos, estão apenas olhando para os seus umbigos, deixando a região do Araripe como se diz no popular, a ver navios.

Responsabilidade de quem?

De quem deve conduzir o povo. Aqui coloco todas as responsabilidades nestes atores políticos prefeitos, vereadores e demais lideranças públicas, quando se trata da região do Araripe que não cresce como devia, que não se destaca no cenário político estadual e nacional, não ocupa o devido lugar que tem direito. Sendo assim se não mudar essa concepção vamos continuar sempre relegado a segundo plano pelos governantes. Se não mudar não adianta reclamar e não fazer nada para mudar.

*Presidente da ONG ADESA – Agencia de Desenvolvimento Econômico e Social do Araripe

Assista vídeo:

Transnordestina recebeu menos da metade do recurso público previsto para 2025

Foto: divulgação

Diário do Nordeste

A concessionária Transnordestina Logística S.A. (TLSA) recebeu somente R$ 400 milhões do R$ 1,81 bilhão previsto para este ano nas obras da ferrovia de mesmo nome, totalizando apenas 22% do valor estimado. A empresa, contudo, afirma não haver falta de recursos até o momento.

Os dados foram repassados por Tufi Daher Filho, presidente da TLSA, em entrevista ao Diário do Nordeste. Atualmente, a construção da malha ferroviária segue avançando na execução da infraestrutura em cinco lotes (4, 5, 6, 7 e 11), localizados no interior do Ceará.

A concessionária aguarda novos repasses, que devem ser realizados “nos próximos dias”, para iniciar novos trechos da obra.

Quanto ainda falta 

Do total previsto, R$ 600 milhões são de mais uma parcela do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), do Banco do Nordeste (BNB), a serem liberados pela Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).

Além disso, há valores a serem recebidos do antigo Fundo de Investimentos do Nordeste (Finor). De acordo com Tufi, são R$ 816 milhões. A questão é de que, até o momento, só chegaram R$ 400 milhões para a TLSA referentes ao FDNE.

“O BNB já encaminhou e estamos aguardando, até pela responsabilidade que tem nos contratos, que a Sudene possa liberar quanto antes. A gente tem uma liberação de R$ 600 milhões para ser feita, daquela primeira parte do R$ 1 bilhão. Esses R$ 600 milhões vão ser de fundamental importância para darmos continuidade não só aos lotes que a gente tem, como também para começar a contratar os outros. Tem mais outra parcela de R$ 816 milhões que deve sair nos próximos dias”, detalha.

O presidente da empresa reforça que, hoje, “o desafio da construção é financeiro”, embora admita que, até o momento, “não faltou recurso” governamental para a construção da Transnordestina. Segundo ele, 99% de toda a área destinada à construção já foi desapropriada. Em relação ao 1% restante, as negociações estão sendo conduzidas com os proprietários.

“A gente não pode deixar que faltem os recursos na hora certa. Uma empresa mobilizada desse tamanho, do jeito que está, com inúmeros fornecedores de toda monta, não pode faltar recurso. O que o presidente Lula prometeu foi cumprido até aqui. Precisamos estar sempre atentos para não poder faltar”.
Tufi Daher Filho

Presidente da TLSA

As obras da Transnordestina se arrastam no interior do Nordeste brasileiro há quase 20 anos. Atualmente, o projeto tem 1.206 quilômetros (km) de extensão, atravessando 53 municípios em três estados (Piauí, Ceará e Pernambuco), ligando Eliseu Martins (PI) ao Porto do Pecém (CE).

A fase 1 do empreendimento já ultrapassou 70% de execução. São 608 km somente em território cearense, com previsão de entrega em setembro de 2027, prazo que está sendo seguido à risca, como pondera o presidente da TLSA.

“Tudo aquilo que programamos de fazer viemos cumprindo rigorosamente. Temos obra nos lotes 4, 5, 6, 7 e 11. Acabamos de contratar o lote 8, que em mais 30 dias a gente inicia a obra. Seis lotes são praticamente 280 km de obras. Agora no segundo semestre, vamos contratar os lotes 9 e 10 para podermos concluir a fase de contratação da chamada fase 1. Já estamos com mais de 3,5 mil funcionários diretos na obra, e esperamos que no pico tenhamos entre 7 mil e 8 mil empregos diretos”, elenca Tufi.

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Anão diplomático: As agruras da política externa de Lula

Foto: reprodução

Folha de S. Paulo

A esquiva de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao diálogo com o argentino Javier Milei, como se viu na reunião de cúpula do Mercosul na quinta (3), não é de interesse do país.

Tal comportamento não é um ponto fora da curva da política externa brasileira, que agora tem pela frente um encontro do Brics esvaziado de lideranças neste final de semana no Rio de Janeiro.

Seria difícil imaginar diretriz coerente para a diplomacia do país após os dois mandatos problemáticos de Lula na seara internacional. A reedição da política “ativa e altiva” poderia ao menos levar em conta a conjuntura mundial diversa e munir-se de prudência. Não é o que acontece.

Lula deixou Buenos Aires sem ao menos uma conversa reservada com Milei, sabidamente resistente ao diálogo. Preferiu afrontar o anfitrião com uma visita a sua aliada de longa data, a ex-presidente Cristina Kirchner, ícone da oposição peronista que cumpre pena em prisão domiciliar após ser condenada por gestão fraudulenta em novembro.

A afonia bilateral só fomenta a discórdia entre as duas economias mais integradas da região. Na cúpula, o Brasil pode ter contentado a Casa Rosada ao acatar a ampliação da lista de exceções da união aduaneira. Mas faltou entendimento sobre a incerta preservação da Argentina no bloco.

Na condição de presidente do Mercosul neste semestre, Lula não facilita o cumprimento da promessa de efetivar o acordo comercial com a União Europeia. A fragilidade da união aduaneira e a ameaça de debandada de Buenos Aires podem municiar os europeus contrários ao tratado.

Menos promissora mesmo parece a reunião do Brics, fórum criado com ajuda do empenho do petista a partir de uma perspectiva ideológica obsoleta baseada em antiamericanismo. Não à toa, o grupo é visto como antagonista ao Ocidente.

O cenário convulsivo no Oriente Médio e descompassos nas agendas podem justificar o esvaziamento —além, é claro, da ordem internacional de prisão contra o russo Vladimir Putin. Não explicam, porém, a ausência de Xi Jinping. A China, maior economia do bloco, prioriza neste momento a contenção de atritos comerciais com os Estados Unidos.

Não passa despercebida a complacência do Brasil com Moscou —incoerente com sua condenação à invasão russa da Ucrânia— e com o Irã, teocracia que desafia a aversão brasileira à proliferação de armas nucleares.

Tampouco são ignoradas a crescente diluição do diálogo com os EUA e a resistência em recompor relações com Israel, canal indispensável até mesmo para atuar em favor dos palestinos.

Não deixa de ser sintomático que o Itamaraty tenha caído no ridículo, nesta semana, de contestar formalmente um texto da revista britânica The Economist sobre a distância entre as ambições da política externa de Lula e sua real importância no mundo. É exatamente o que está sendo demonstrado agora.

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Raquel Lyra: “Pernambuco sofreu muito com alguém que enxergava voto, mas não enxergava o povo”

Foto: divulgação

Por Nill Junior

A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSD), publicou neste sábado (5) um vídeo em suas redes sociais no qual faz críticas diretas às administrações anteriores do estado, comandadas pelo PSB.

Sem citar nomes, a gestora condenou a condução dos governos que a antecederam, em um discurso que sinaliza o tom do embate político para 2026, quando o prefeito do Recife, João Campos (PSB), é apontado como principal adversário em uma eventual disputa pelo Palácio do Campo das Princesas.

“É lamentável a gente ver o que aconteceu em Pernambuco nos últimos anos. Foi muita promessa feita. O dinheiro não chegou aonde precisava e, quando chegou, a obra foi mal realizada”, disse Raquel, ao mencionar o histórico recente de investimentos no estado. “Pernambuco sofreu muito com alguém que enxergava voto, mas não enxergava o povo”, completou.

Na fala, a governadora também defendeu sua forma de governar e afirmou que o estado vive um novo momento. “Esse jogo, ele mudou. Estamos trabalhando sério, respeitando o dinheiro do povo, não tolerando corrupção”, afirmou. Raquel encerrou destacando a união de forças políticas em sua gestão. “Unindo os bons, todos que estão aqui, na confiança de que Pernambuco só tem a vocação de uma coisa: de crescer e de acolher o seu povo.”

O vídeo reforça a estratégia da governadora de se posicionar como contraponto ao legado do PSB, que esteve à frente do Executivo estadual por 16 anos, e antecipa o tom do debate político com vistas às eleições estaduais de 2026.

 

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Prefeitura de Lagoa Grande entrega certificados de formação básica em Libras para professores

Foto: divulgação

Trinta e cinco professores das redes municipal, estadual e privada de Lagoa Grande, no sertão pernambucano, além de profissionais que atuam no Núcleo de Atendimento Inclusivo Psicossocial (Naip), receberam nesta sexta-feira, 4, durante solenidade realizada no CTA (Centro de Treinamento e Aprendizagem), os certificados do curso de Formação Básica em Libras (Língua Brasileira de Sinais).Os professores formados atuam nas turmas de AEE (Atendimento Educacional Especializado) das redes.

A solenidade contou com a presença da prefeita Catharina Garziera e da secretária municipal de Educação, Cultura, Turismo e Esportes (Seduc), Joseilde Paulino, além de integrantes do poder público municipal e do poder legislativo. Em seu pronunciamento, a secretária Joseilde Paulino reiterou o compromisso da gestão da prefeita Catharina Garziera em promover a construção de uma educação “com respeito às diferenças e verdadeiramente acessível”.

“É uma parte essencial da proposta do trabalho que a Seduc tem desenvolvido no município orientados pela prefeita Catharina. Essa foi apenas a primeira de muitas formações. Catharina Garziera que tem mostrado na prática compromisso com educação acessível. A formação e o aprendizado são constantes. Que essa formação se transforme em prática, em ação, em acolhimento verdadeiro dentro das salas de aula. Também nos postos de saúde, no atendimento público, nas ruas, onde quer que vocês estejam. Que possam fazer cada vez mais de Lagoa Grande uma cidade onde todos se sintam vistos, ouvidos e respeitados, seja qual for a forma de se comunicar. Parabéns aos formandos e formandas”, disse a secretária.

Catharina Garziera afirmou que sente realizada quando vê os projetos acontecendo e tem orgulho dos resultados em seu governo de apenas 6 meses de gestão. “São seis meses e, teremos mais três anos e meio onde iremos ainda colher muitos frutos. A missão é árdua, sabemos das cobranças, mas estamos fazendo com maestria tudo que nós propomos. Tenho um orgulho imenso de vocês. Toda equipe da Educação está de parabéns”, assinalou a prefeita.

Ainda se pronunciou a professora Suenia Carvalho, instrutora do curso, lembrando que Lagoa Grande é o primeiro município que promove a formação básica em Libras para todos os professores do AEE do município. “Continuem estudando. Isso aqui é um marco na educação de Lagoa Grande, pois nos municípios que trabalhei ainda não tinha visto um curso de Libras voltados para os professores do AEE, sendo disponibilizado pela educação municipal. Vocês são privilegiados”, disse a instrutora.

A professora Iaponira Coelho falou em nome dos formandos, reafirmando a importância da formação. Já o presidente da Câmara de Lagoa Grande, vereador Mantena, disse que sempre vale a aposta na escola pública. “Esse é um momento importante, de muita felicidade e de muita responsabilidade”, salientou o presidente que se unirá ao vereador Joaquim da Rocinha para dar o título de cidadã lagoa-grandense à professora Suenia e uma Moção de Aplausos à prefeita Catharina Garziera e à secretária Joseilde Paulino.

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Programa Chega Junto Rural da Prefeitura de Araripina atende mais de 400 agricultores em Lagoa do Barro

Foto: divulgação

Com o objetivo de aproximar os serviços públicos das comunidades rurais, a Prefeitura de Araripina, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural, realizou nesta sexta-feira (4) mais uma edição do programa Chega Junto Rural no distrito de Lagoa do Barro. A ação atendeu cerca de 400 agricultores, ofertando serviços essenciais que antes exigiam deslocamento até a sede do município.

O Chega Junto Rural é um programa da Secretaria de Desenvolvimento Rural que leva uma estrutura itinerante com computadores, equipes técnicas e toda a logística necessária para oferecer os mesmos atendimentos disponíveis na cidade. Nesta edição, os moradores tiveram acesso à emissão do Cadastro Ambiental Rural (CAF), agendamento para retirada de RG e CPF, atendimentos do Cadastro Único (CadÚnico) e serviços de saúde em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde.

“Nossos agricultores enfrentavam grandes dificuldades para acessar serviços básicos, perdendo tempo, dinheiro e até dias de trabalho”, explicou Roseilton Oliveira, secretário de Desenvolvimento Rural. “O programa Chega Junto Rural quebra essa barreira histórica, levando diretamente aos distritos e sítios toda a estrutura da secretaria. É um novo modelo de gestão pensado para quem mais precisa”, completou.

O prefeito Evilásio Mateus destacou o compromisso da gestão com a equidade e a valorização da zona rural. “Não podemos permitir que a distância continue sendo um obstáculo para o acesso a direitos básicos. Estamos investindo no campo porque entendemos que nossos agricultores são a base da economia local. O Chega Junto Rural, desenvolvido pela Secretaria de Desenvolvimento Rural, é mais uma prova de que nossa gestão está, de fato, ao lado do povo”, afirmou.

José Silva, agricultor de Lagoa do Barro, elogiou o programa: “Fiz tudo aqui mesmo, economizei tempo e dinheiro. Isso é um governo que pensa no povo”. O Chega Junto Rural leva equipes, computadores e estrutura completa da Secretaria de Desenvolvimento Rural até as comunidades. Os atendimentos são os mesmos oferecidos na sede do município. A iniciativa prioriza localidades mais distantes e com maior demanda por serviços públicos.

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