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Morte do empresário Erlan Oliveira em Petrolina: três suspeitos têm histórico de tráfico, afirma delegado

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Foto: reprodução

Por g1 Petrolina

Três dos cinco suspeitos de participarem da morte do empresário piauiense Erlan Oliveira já foram investigados pela polícia pelo crime de tráfico de drogas, informou o delegado da Delegacia de Homicídios de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, Gabriel Sapucaia. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados.

A vítima teve morte encefálica, após ser espancada em um bar no bairro José e Maria, que fica no município pernambucano, na madrugada da sexta-feira (20).

“A gente verificou que das cinco pessoas, duas já tinham passagem por tráfico de drogas aqui em Petrolina, no ano de 2022, e uma outra pessoa teria sido alvo de investigação na cidade de Ouricuri, também por tráfico de drogas”, afirma o delegado responsável pelas investigações.

Na segunda-feira (23), três suspeitos foram presos. Após audiência de custódia, um homem foi encaminhado para o Presídio Dr Edvaldo Gomes, uma mulher foi levada para a cadeia pública feminina, ambos em Petrolina, e a outra suspeita está cumprindo prisão domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica. O benefício foi concedido pois a suspeita é mãe de uma criança menor de idade. Dois suspeitos estão foragidos.

“As investigações seguem para robustecer o inquérito com todos os elementos informativos, e também no sentido de localizar o paradeiro desses dois suspeitos [foragidos]. Como um dos suspeitos, por meio do seu advogado, se manifestou na intenção de apresentar o seu cliente. Então, a gente está no aguardo, mas as diligências continuam a fim de localizar e prender esses dois suspeitos”, informa o delegado.

De acordo com Sapucaia, Erlan foi espancado por entre cinco e seis minutos. O delegado explicou que as agressões começaram após o empresário chegar ao local de “forma abrupta” e fechar o porta-malas de um dos veículos dos suspeitos que estava com o som ligado. Em seguida, Erlan entrou no carro e tentou sair dirigindo.

“Esse é o momento que os autores começam a realizar as agressões, cada um com sua conduta de delitiva. Um deles já aplica uma gravata na vítima, no momento que ele ainda está no banco e logo em seguida os outros autores já chegam efetuando diversos socos em desfavor da vítima. Há relatos de que inclusive um dos agressores estaria com a mão melada de sangue tendo em vista as agressões perpetradas”, diz Sapucaia.

“Logo após as agressões, a vítima, em determinado momento, chega a cair ao chão e nesse momento ainda é alvo de chutes e pontapés, tanto pelos três autores como pelas duas mulheres, que foram objeto da investigação”, completa o delegado.

Segundo o delegado, os suspeitos devem responder pelo crime de homicídio qualificado por motivo fútil. “Tendo em vista a gravidade das lesões, sem uma agressão verdadeira da vítima e a impossibilidade de defesa da vítima”.

Câmeras de segurança e vídeo do dia do crime ajudaram a polícia a identificar os suspeitos e a ação de cada um deles.

“Com base nas imagens, a gente teve uma noção da dinâmica do crime, no que cada um realizou, que foi empreitado, na conduta delituosa e as testemunhas que foram arroladas aqui na delegacia corroboraram tudo que foi visto nas imagens que foram amplamente divulgadas”.

Entenda o caso

Erlan Oliveira foi espancado por um grupo de pessoas em um bar na Avenida Sete de Setembro, em Petrolina, depois de sair do São João da cidade.

A Polícia Civil afirmou que ele deixou o evento em um carro de aplicativo e, ao chegar ao local, entrou em outro veículo que estava com o som de um “paredão” ligado.

A investigação policial apontou que Erlan desligou o aparelho, o que motivou a reação violenta dos ocupantes daquele carro.

O empresário foi retirado do veículo e agredido. Ele foi socorrido, levado a um hospital da cidade e, depois, transferido para o Piauí em uma UTI aérea, mas teve morte cerebral.

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