
O governo de Minas Gerais anunciou neste sábado (17) que irá descartar 450 toneladas de ovos provenientes do Rio Grande do Sul como medida de controle sanitário contra a gripe aviária. Os ovos seriam utilizados para fecundação e criação de aves, e não para consumo humano. Além disso, materiais que tiveram contato com os produtos contaminados também serão destruídos.
A decisão foi tomada após reunião emergencial entre a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). Segundo nota oficial, a medida segue o Plano de Contingência da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), firmado em 2022 entre União, estados e o setor produtivo, após o surgimento dos primeiros focos da doença na América do Sul.
“A iniciativa mostrou-se necessária para manter o controle sanitário, seguindo planos prévios para possíveis ocorrências do tipo, garantindo contenção e erradicação da doença e a manutenção da capacidade produtiva do setor. Todas as medidas que estão sendo tomadas fazem parte do Plano de Contingência da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), firmado entre União, Estados e setor produtivo em 2022, quando surgiu o primeiro foco da doença na América do Sul”, informou o governo mineiro em nota..
Na sexta-feira (16), o Brasil confirmou o primeiro caso de IAAP em uma granja comercial, localizada no município de Monte Belo do Sul (RS). A detecção do vírus levou à suspensão temporária das exportações de produtos avícolas brasileiros por parte de diversos países. Neste sábado, o México anunciou a interrupção das importações. Argentina, China e União Europeia já haviam adotado a mesma medida na sexta-feira.
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) ainda rastreia os ovos produzidos na região afetada e novos descartes em Minas Gerais não estão descartados. Segundo a pasta, a gripe aviária leva as aves à morte, mas não representa risco para a população por não ser transmissível por meio do consumo da carne ou ovos.
Minas Gerais é o segundo maior produtor de ovos do Brasil e o quinto na criação de galináceos. De acordo com o governo estadual, mais de 8 mil ações de educação sanitária já foram realizadas em estabelecimentos com aves no estado.