
O mês de abril registrou 167 pedidos de recuperação judicial no Brasil, de acordo com o Indicador de Falências e Recuperação Judicial da Serasa Experian , a primeira e maior datatech do país. Apesar da queda em relação a março (187), o número aumentou.
“O número de pedidos de recuperação judicial reforça o cenário de pressão sobre os negócios, especialmente entre pequenos empreendedores. Com acesso limitado a crédito, muitos acabam recorrendo a financiamentos caros, de curto prazo, que consomem parcela significativa da receita e comprometem a capacidade operacional da empresa. Quando uma organização direcionada grande parte de sua caixa para dívidas mal estruturadas, perde a capacidade de reação diante de condições econômicas adversárias. É justamente nesse contexto que a recuperação judicial surge como um último recurso”, explica a economista da Serasa Experian, Camila Abdelmalack.
Ainda segundo os dados do indicador, o destaque ficou com os requisitos de micro e pequenas empresas, que somaram 132 pedidos – o equivalente a quase 80% das ofertas do mês. Em seguida, vieram as empresas médias, com 18 desvantagens, e as grandes, com 17.
Pedidos de falência voltam a crescer
Em abril, foram registrados 61 pedidos de falência no país, o maior número de 2025 até o momento. Apesar da queda de 32,2% em relação ao mesmo período de 2024, o dado representa um aumento de 1,7% na comparação com março, cujo total foi de 60 requisitos. Seguindo a mesma tendência das recuperações judiciais, a maioria dos pedidos partiu de micro e pequenas empresas (37), seguidas pelas médias (14) e grandes (10). Na análise por setor, o “Primário” não registrou obrigações, enquanto a “Indústria” contabilizou 25, “Serviços” 21 e “Comércio” 15.