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Mesmo com arrecadação recorde de R$ 230 bilhões em maio, governo Lula registra rombo de 40,6 bilhões

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Foto: Ilustração/Gazeta do Povo com DALL-E

A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 230,152 bilhões em maio de 2025, uma alta real (descontada a inflação) de 7,66% na comparação com o resultado de maio de 2024, quando o recolhimento de tributos somou R$ 202,979 bilhões, a preços correntes, conforme a Receita Federal.

Em relação a abril, quando o montante foi de R$ 247,715 bilhões (a preços correntes), a arrecadação caiu 7,33%, em termos reais. De acordo com a Receita, o resultado de maio de 2025, em termos reais, é o melhor para o mês na série histórica, iniciada em 1995.

Esta é a primeira divulgação da arrecadação deste ano, que estava atrasada devido à greve dos auditores fiscais, iniciada em novembro de 2024. No início de junho, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Benedito Gonçalves determinou que os auditores voltassem ao trabalho.

Rombo

As contas do governo central tiveram um déficit de R$ 40,6 bilhões em maio de 2025, informou nesta quinta-feira (26) o Tesouro Nacional. Embora negativo, o resultado é o melhor para o mês desde 2021, quando houve um déficit de R$ 26,6 bilhões, em valores já atualizados pela inflação.

Com o resultado, o superávit acumulado pelo governo no ano cai a R$ 32,2 bilhões. Nesta comparação, o resultado é o melhor desde 2022, quando houve saldo positivo de R$ 48,2 bilhões, também já descontado o efeito da inflação.
Segundo os dados do Tesouro, a despesa total do governo central teve uma queda real de 7,6% em maio ante igual mês do ano passado. Parte desse resultado, porém, se deve à base de comparação: em maio do ano passado, a União ampliou gastos fora das regras fiscais, via créditos extraordinários, para enviar ajuda federal ao Rio Grande do Sul, fortemente atingido por enchentes.

Além disso, os benefícios previdenciários tiveram um recuo real de 3,4%, puxado principalmente pelo menor pagamento de precatórios (sentenças judiciais) na comparação com maio do ano passado.

Por outro lado, despesas que já têm sido fator de preocupação do governo, como o BPC (Benefício de Prestação Continuada), pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda, seguem em alta. Os gastos com a política tiveram crescimento real de 6,5% no mês passado. Confira as reportagens de Henrique Faustine e Robson Moreno.

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