
O prefeito do Recife, João Campos, será oficializado neste domingo (1), como o novo presidente nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB), durante o XVI Congresso Nacional do Partido, em Brasília. A chegada de João ao cargo pode representar um movimento com impacto direto na cena política de Pernambuco e na sua projeção a nível nacional, apontam especialistas ouvidos pelo JC.
Para o cientista político Antônio Henrique Lucena, o cargo de presidente nacional do PSB funciona como uma plataforma que permite a João expandir sua atuação política além dos limites da capital pernambucana.
“Ele, como apenas prefeito do Recife, viajar para o interior seria algo meio que inexplicável. Mas, como presidente nacional do PSB, ele ganha o argumento político para percorrer o estado, costurar alianças e já pensar na candidatura ao governo”, avalia.
Já para a também cientista política Priscila Lapa, o movimento de João no PSB é uma “consequência natural” da sua trajetória na política até o momento.
Priscila aponta que o PSB vive um momento de fortalecimento e com uma oportunidade de reagir ao avanço do PSD da governadora Raquel Lyra em Pernambuco.
“O partido já teve o comando do governo de Pernambuco por muitos anos e não quer perder esse protagonismo. João chega à presidência nacional como um elemento de renovação e de reorganização do PSB, mirando esse fortalecimento tanto para a eleição estadual quanto para o fortalecimento da sigla em nível nacional”, aponta.