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Inflação da energia elétrica cresce 3,62% em maio, puxada pela bandeira vermelha

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Foto: divulgação

Os dados do IPCA de maio apontaram que a energia elétrica residencial cresceu 3,62% em relação a abril, ficando acima do índice geral (que teve variação de 0,26%), e da alimentação fora do domicílio (com alta de 0,58%). Os números indicam uma pressão sobre os custos de bares e restaurantes (embora a tarifa residencial seja diferente da comercial, o IPCA é uma boa referência para a variação da energia de baixa tensão usada pelos estabelecimentos do setor). A conjuntura reforça, segundo a Abrasel, a necessidade de já iniciar as discussões em torno da volta do horário de verão.

A alta energia elétrica é reflexo da adoção da bandeira vermelha anunciada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), que deixa uma tarifa de R$ 4.463 mais cara a cada 100 kWh consumidos. A decisão foi tomada em razão da queda no volume de chuvas e da consequente redução na capacidade dos reservatórios das hidrelétricas.

Extinto desde 2019, um dos principais objetivos do horário de verão é contribuir para a redução do consumo de energia elétrica. Para Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel, o cenário atual já é motivo suficiente para o governo começar a discutir uma eventual retomada, considerando que os reservatórios já estão desabastecidos – fato que é evidenciado pelo aumento da conta de luz por causa da bandeira vermelha.

“O aumento na conta de energia, provocado pela adoção da bandeira vermelha, é um sinal de que o momento para iniciar os debates e estudos para avaliar a volta do planejamento de verão precisa começar agora. Esse cenário exige medidas emergenciais e estratégicas. Uma medida pode ajudar a aliviar a pressão sobre o sistema elétrico e a reduzir custos, tanto para a população quanto para o nosso setor, que já vem enfrentando problemas em equilibrar a margem de lucro”.

Ainda segundo Solmucci, o benefício, especialmente para bares e restaurantes, não é somente na economia de energia elétrica, mas em todo o estímulo à cadeia econômica que movimentará o setor com mais horas de clareza no fim do dia.

“Além do impacto na conta de luz dos empreendedores e da população como um todo, a extensão da luz natural no fim do dia estimula a permanência das pessoas nas ruas e o consumo em estabelecimentos comerciais e de serviços. Nossa estimativa é de um incremento de 10% a 15% no faturamento mensal de bares e restaurantes, um auxílio vital para a recuperação e estabilidade do setor”, finaliza.

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