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Governo ameaça com multa caminhoneiros por bloqueios

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Ministério da Justiça determinou que a Polícia Rodoviária Federal aplique punição de R$ 1.900. Greve chega a 12 estados.

Agência O Globo

O governo federal atuou ontem para enfraquecer a greve de caminhoneiros convocada por um grupo que bloqueou 48 pontos de rodovias em 12 estados. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciou que os caminhoneiros que tentarem impedir o “direito de ir e vir” receberão multas de mais de R$ 1,9 mil. Para Cardozo, os líderes do movimento não têm uma reivindicação da categoria dos caminhoneiros, mas uma “pauta política”. Um reflexo disso é a falta de apoio à greve atual por outras entidades da categoria. A principal reivindicação dos grevistas é a renúncia da presidente Dilma Rousseff.

Segundo nota da Polícia Rodoviária Federal (PRF), às 19h de ontem, havia cinco rodovias federais totalmente interrompidas no país e 23 com interdição parcial. Outras 21 tinham manifestantes, mas sem prejuízo ao trânsito.

— Fechar uma estrada, paralisar uma estrada, é algo que efetivamente não se aceita num Estado de direito, numa democracia. Então, portanto, nós temos a absoluta clareza de que esse movimento, exatamente por essa característica política, tem tido uma baixa adesão por parte dos caminhoneiros em geral no Brasil. Ele é um movimento de baixa intensidade, mas muito pulverizado, até porque as entidades sindicais não têm apoiado esse movimento.

Mais cedo, o ministro Edinho Silva, da Comunicação Social, disse que a greve era pontual e tinha como único objetivo desgastar o governo. Segundo ele, o governo está aberto ao diálogo, mas também destacou que não há uma pauta de reivindicação.

Apesar da ameaça do ministro Cardozo de ser rigoroso com as multas, os caminhoneiros poderão contar no futuro com a boa vontade de alguns políticos. Em março, a Câmara dos Deputados aprovou a toque de caixa, com apenas dez dias de tramitação, projeto de lei que anistia os caminhoneiros de multas pelas manifestações de fevereiro. O texto ainda está parado no Senado e, portanto, não entrou em vigor.

No primeiro dia da mobilização organizada pelo Comando Nacional do Transporte (CNT), o movimento chegou a interditar totalmente o tráfego na Via Dutra, na altura de Barra Mansa, no Sul Fluminense. Os dois sentidos foram liberados por volta das 16h, segundo a Polícia Rodoviária Federal. Durante o bloqueio, o grupo só permitia que caminhões com oxigênio, ambulâncias, veículos de passeio e ônibus passassem.

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