Fernando Bezerra Coelho quer que seu grupo político comande processo de sucessão municipal em 2016 em Petrolina.
Por Franco Benites do JC
Convidado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) para participar, no Recife, do ciclo de debates “Diálogo Municipalista 2014 – Região Nordeste” na última quinta-feira, o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) reforçou as críticas do partido ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT), de quem já foi ministro, e defendeu a decisão da direção estadual do PSB de colocar o comando da comissão provisória em Petrolina nas mãos de seu grupo político.
“Foi uma leitura correta do resultado das últimas eleições no sentido de dar ao grupo majoritário do PSB as condições de encaminhar o projeto sucessório na cidade”, disse.
O senador negou que a preferência pelo deputado estadual Miguel Coelho, seu filho, para assumir a comissão provisória seja um indicativo de que ele venceu a quebra de braço com os demais pré-candidatos Lucas Ramos (deputado estadual) e Gonzaga Patriota (deputado federal).
“O primeiro compromisso antes de chegar a 2016 é quebrar tensões e ruídos. O PSB vai ter candidato, mas poderá ser Miguel, Lucas, Fernando Bezerra Filho (seu outro filho e deputado federal). Poderá ser também um novo quadro que chegue ao PSB”, despista.
Nos bastidores, a escolha de Miguel como candidato do PSB a prefeito é dada como certa e o comparativo é feito com outra cidade onde o partido também vive um disputa interna.
Em Caruaru, o ex-governador João Lyra e o vice-prefeito Jorge Gomes disputam a comissão provisória da legenda e consequetemente o direito de indicar o candidato a prefeito. Lá, no entanto, a escolha ainda não foi feita e a explicação dada pelos dirigentes socialistas é de que a decisão sobre a comissão mataria a charada sobre que grupo teria a prerrogativa comandar a disputa municipal.