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Ex- ministro de Dilma diz na PF que não recebeu propina de R$7,1 milhões, e sugere que amigo advogado ficou com o dinheiro surrupiado

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altPaulo Bernardo é marido da senadora Gleisi Hoffmann do PT, também investigada por corrupção.

(Foto: Marcelo Camargo/ ABr)

Alvo da Operação Custo Brasil, Paulo Bernardo (ex-ministro do Planejamento do governo Lula e ex-ministro das Comunicações no governo Dilma) declarou à Polícia Federal em São Paulo, nesta terça-feira (19), que não recebeu propinas de R$7,1 milhões do esquema Consist.

A Consist é uma empresa de software que fez acordo com entidades contratadas pelo Planejamento na gestão de Paulo Bernardo, em 2010. Cabia à Consist gerenciar o dinheiro emprestado a milhões de servidores públicos. O esquema teria desviado R$ 100 milhões de empréstimos consignados entre 2010 e 2015 por meio da cobrança de taxas altas.

Questionado sobre anotações encontradas no escritório do advogado Guilherme Gonçalves, de Curitiba, que indicam supostos repasses de valores em seu favor, Paulo Bernardo negou ter sido beneficiário. Ele sugeriu que Gonçalves pode ter ficado com o dinheiro.

O ex-ministro afirmou à PF que não teve relação com o acordo de cooperação técnica firmado por entidades com a Consist, contratada para administrar a liberação dos consignados a milhões de servidores. Mas admitiu ter tido uma reunião com as entidades para tratar do tema.

A PF insistiu sobre os registros encontrados no escritório do advogado. Paulo Bernardo disse que não pode responder pelas anotações de Guilherme Gonçalves. O ex-ministro deu a entender que Gonçalves pode ter se valido do seu nome para obter benefícios.

Paulo Bernardo foi preso na Operação Custo Brasil no dia 23 de junho, sob suspeita de recebimento de propinas de R$ 7,1 milhões do esquema de empréstimos consignados no âmbito do Ministério do Planejamento.

A Custo Brasil é um desdobramento da Pixuleco II que, em agosto de 2015, descobriu o esquema dos consignados. Um dos alvos da Pixuleco II, o advogado Alexandre Romano, o Chambinho, fez delação premiada e revelou os bastidores do caso Consist.

Valores obtidos ilicitamente teriam abastecido a campanha de Gleisi Hoffmann (PT/PR), mulher de Paulo Bernardo, ao Senado em 2010.

No dia 29 de junho, o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou soltar Paulo Bernardo.

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