
Metropóles
O Planalto favoreceu o orçamento secreto e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), na maior liberação semanal de emendas parlamentares de 2025. Entre os dias 23/5 e 27/5, semana na qual sofreu sua maior derrota no Congresso, o governo Lula pagou R$ 1,6 bilhão em transferências dos congressistas. Segundo levantamento do Metrópoles, 38,91% são de rubricas com pouca transparência.
Foram pagos R$ 650 milhões em emendas de relator, de comissões temáticas e de bancadas estaduais. O primeiro tipo é o orçamento secreto “original”, tornado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF), cujo valor remanescente de exercícios anteriores ainda é desembolsado. As demais são conhecidas como “orçamento secreto 2.0” por terem aprimorado o mecanismo de falta de transparência.
Lula também privilegiou emendas de bancadas estaduais na liberação da última semana. O Planalto pagou R$ 22,2 milhões para os congressistas de Roraima e R$ 18,6 milhões aos da Bahia. O governo também escolheu pagar R$ 326,5 milhões em transferências de comissões temáticas, cuja execução não é obrigatória.