Por Magno Martins
Na semana passada, o Governo de Pernambuco anunciou as três primeiras curas de pacientes pelo Covid-19, o vírus da morte que atende pelo nome de peste corona. Só não explicou como se deu o fim da enfermidade, se aplicando o Cloroquina, medicamento utilizado no tratamento da malária, que teve alguns resultados importantes contra o coronavírus. O primeiro caso de cura é o de uma idosa de 66 anos. Ela e o marido, de 71 anos, tiveram os dois primeiros testes confirmados no Estado.
“A mulher com cura clínica está internada, mas já tem condições de alta. O esposo dela e os outros oito pacientes estão internados. Três estão na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas estão todos estáveis”, declarou o secretário de Saúde do estado, André Longo. Procurei, ontem, o próprio Longo para me tirar essa dúvida: se não há cura ainda, como o Estado curou? O remédio ainda não é um atestado oficial, mesmo com bons indicativos de completo sucesso em estudos avançados.
Diz o secretário: “Não há remédios específicos para a doença, mas há cura sim. Na grande maioria dos casos, as pessoas se recuperam completamente após 14 dias e isso se chama cura clínica. Registramos os primeiros casos de cura em Pernambuco após 15 dias de doença dos referidos pacientes”. Se entendi, o vírus tem vários níveis de agressão, tendo os dois referidos pacientes curados numa escala de baixo risco.
As duas outras pessoas curadas são uma adolescente de 16 anos, que foi diagnosticada com a Covid-19 após retornar de uma viajem aos Estados Unidos, e uma mulher de 30 anos que não tinha histórico de viagem anterior. Ambas estavam em isolamento domiciliar. As curas em Pernambuco, portanto, não se deram testando o medicamento hidroxicloroquina. Há uma boa notícia de que o presidente americano Donald Trump solicitou aos reguladores de saúde para acelerar a aprovação de terapias potenciais para tratar a Covid-19.
O mandatário informou que dois medicamentos estão sendo avaliados, a hidroxicloroquina e o Remdesivir, para o tratamento do novo vírus. De acordo com o presidente, o remédio poderá ser aprovado em breve pelo órgão regulador de medicamentos dos EUA, o Food and Drugs Administration (FDA). A droga hidroxicloroquina já é utilizada no tratamento da malária. E se isso prosperar, junto com uma vacina, também em estudos bem avançados, o mundo estará, finalmente, livre do mal do século.