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Temer não tem posição sobre a ‘fusão’ da Embraer à americana Boeing

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Compra da Embraer será analisada, disse ele ao ‘Diário do Poder’. Governo detém um tipo de ação na Embraer, considerada a “joia da coroa” da indústria brasileira, denominada “golden share”

 Por Claúdio Humberto / Foto: Estadão Conteúdo/Twitter)

O presidente Michel Temer não tem posição formada e não quis comentar as informações de negociação de incorporação da Embraer pela empresa norte-americana Boeing, segundo revelou o Wall Street Journal nesta quinta-feira (21). Ele afirmou ao Diário do Poder que tomou conhecimento do fato pela imprensa. “A mim não chegou absolutamente nada”, disse o presidente, ” não tenho o que dizer a respeito disso”. Ele acha que o interesse da Boeing é para deixar o Brasil lisonjeado e que mostra ser a Embraer uma empresa de sucesso, mas o tema deve merecer uma avaliação criteriosa e aprofundada, antes de o governo se posicionar. E explicou que os entendimentos estão no âmbito do Ministério da Defesa e do Comando da Aeronáutica.

A notícia levou a fabricante aeronáutica ao topo das negociações da bolsa brasileira B3. As ações da empresa chegaram a disparar cerca de 40% durante o dia. Fecharam em alta de 22,5%, a R$ 20,20. Em Nova York, as ADRs (recibos de ações) da companhia também chegaram a subir mais de 20%, cotados acima de US$ 26.

Segundo o jornal, há uma “potencial combinação” entre as empresas. A Embraer confirmou as tratativas. De acordo com o comunicado em conjunto publicado pela Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (Securities and Exchange Commission), as bases da negociação ainda estão em discussão.

Segundo o Wall Street, o acordo envolveria um prêmio relativamente alto para a Embraer, que tem um valor de mercado de aproximadamente US$ 3,7 bilhões. As conversas estão em compasso de espera, à medida que as empresas aguardam uma resposta do governo brasileiro sobre o tema. O governo brasileiro detém um tipo de ação na Embraer, denominada “golden share”, que garante poder de veto em eventual mudança acionária na empresa.

A união entre as empresas pode criar uma gigante global de aviação, com forte atuação nos segmentos de longa distância e na aviação regional, e capaz de fazer frente a uma união similar entre as concorrentes Airbus e Bombardier.

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