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Senador pró-CPI da Lava Toga diz que ministros do STF agem contra a Lava Jato

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O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) concedeu entrevista ao programa ‘Os Pingos nos Is’ nesta quinta-feira (22)
  • Por Jovem Pan / Jefferson Rudy/Agência Senado

O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) afirmou, em entrevista ao programa Os Pingos Nos Is, da Jovem Pan, nesta quinta-feira (22), que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF)Dias Toffoli, e os ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes agem politicamente contra o combate à corrupção no país.

Vieira é a favor da CPI da Lava Toga, que quer investigar no Senado a ação do STF, e está colhendo assinaturas para a abertura da comissão. “O ministro Dias Toffoli e mais outros dois ministros estão atuando politicamente para ir contra o combate à corrupção”, disse. “Posso dizer claramente que são Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes”, denunciou.

O parlamentar argumentou que o Senado é a única instituição com poderes para investigar ministros do STF. “A gente está falando de ministros. A Casa que tem força para fazer isso é o Senado”, afirmou, lembrando que o direito é garantido pela Constituição.

O foco da CPI será o inquérito das fake news, aberto por Dias Toffoli para investigar supostas notícias falsas contra a Corte. A relatoria é de Alexandre de Moraes. “É um verdadeiro AI-5 do STF”, disse Alessandro Vieira, comparando a um dos Atos Institucionais do governo militar nos anos 1960. “É um instrumento de poder que ele [Toffoli] está usando para fazer uma série de barganhas pelo Brasil”, completou.

Segundo o senador, o presidente do STF está criando uma “desestabilização” em Brasília e está se aproximando de parlamentares para tentar barrar a Lava Toga. “O ministro Dias Toffoli se coloca como guardião da democracia, o que ele não é”, afirmou.

Bolsonaro e protestos

Alessandro Vieira ainda criticou o presidente Jair Bolsonaro e disse que ele está sendo conivente com a conduta de Toffoli. “O presidente da República prometeu ao povo brasileiro uma coisa e está entregando outra”, declarou, lembrando que uma das plataformas de campanha de Bolsonaro foi o combate à corrupção. “Ele tem que decidir se a gestão dele vai ser focada nos interesses pessoais e da família dele ou nos interesses do Brasil.”

O parlamentar também antecipou que deve ir a São Paulo no domingo (25) para participar de um ato convocado por movimentos de rua contra o projeto do abuso de autoridade e pelo impeachment de ministros do STF. “Nós, senadores, expressamos todo apoio à Lava Jato, mas a gente não compactua com nenhum tipo de pauta que seja autoritária”, afirmou.

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