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Sem pisar nas salas de aula há 6 meses, professores da rede estadual de PE deflagram estado de greve

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Contrários ao retorno das aulas presenciais em Pernambuco, professores da rede estadual deflagraram estado de greve em assembleia virtual realizada na tarde desta quinta-feira (24).

A retomada das atividades, começando pelo ensino médio, foi anunciada pelo governo do estado na última segunda-feira (21).

A previsão é de início das aulas presenciais no dia 6 de outubro para o terceiro ano do ensino médio; no dia 13 para o segundo ano e no dia 20 para o primeiro ano. Ainda não há definição de cronograma para o ensino fundamental e a educação infantil.

A assembleia virtual convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Pernambuco (Sintepe) reuniu 1.105 participantes. Desses, 93% concordaram com o estado de greve. Uma nova assembleia, também online, foi marcada para a próxima quarta-feira (30), às 14h30.

No encontro, os professores podem decretar greve. “A categoria é contrária à volta presencial e a favor da manutenção das aulas remotas. Entendemos que ainda existem riscos, apesar de os números da Covid-19 estarem diminuindo no estado”, disse a vice-presidente do Sintepe, Valéria Silva.

Antes da assembleia desta quinta, representantes do Sintepe se reuniram com o secretário estadual de Educação e Esportes, Fred Amancio. A conversa durou uma hora e meia. “Ele se colocou a disposição para continuar dialogando sobre o assunto”, afirmou Valéria.

Um novo encontro com o secretário foi marcado para a segunda-feira (28). “A Secretaria de Educação definiu o dia 29 (próxima terça) como a data de retorno dos professores para deixar as escolas preparadas para a volta dos alunos no dia 6. No debate de hoje, definimos que não haverá retorno dos professores até a nova assembleia (na quarta)”, ressaltou a vice-presidente do Sintepe.

O governo de Pernambuco anunciou, na tarde dessa segunda-feira (21), o retorno das aulas presenciais em escolas da educação básica do estado para o dia 6 de outubro tanto para unidades da rede pública quanto para as particulares em todas as regiões do estado.

Na primeira etapa, a volta às aulas envolve apenas o terceiro ano do ensino médio. A volta será opcional e caberá aos pais ou a estudantes com 18 anos ou mais decidir sobre frequentar ou não as atividades presenciais.

O modelo remoto de ensino deve continuar sendo oferecido. Pessoas que fazem parte do grupo de risco da Covid-19 devem continuar trabalhando ou assistindo às aulas no modo remoto.

O secretário estadual de Educação afirmou que a pasta realizou uma “ampla análise do contexto para avaliar riscos e benefícios da abertura das escolas, bem como a experiência e resultados obtidos em mais de 15 países que já retomaram as aulas durante a pandemia”.

Segundo o secretário, o retorno deve ser feito por escolas que atendam aos critérios de retomada estabelecidos pelo protocolo do governo, como distanciamento de pelo menos 1,5 metro em sala de aula; instalação de pias para higienização constante das mãos no ambiente escolar, além de orientações para todos nas escolas; monitoramento e testagem dos casos suspeitos.

6 COMENTÁRIOS

  1. Que absurdo vc chamar os professores de “malandros”… Como pode?! Vc não sabe o que essa categoria tem feito desde o início dessa pandemia? vc pode ter qualquer crítica, mas “malandro” essa é uma categoria que não é! Vc acha que aulas remotas não são aulas?! Vc acha que aulas remotas não dão trabalho?! Foi feito todo um esforço desde o início da pandemia para que as aulas fossem mantidas… os professores se desdobraram para manter a rotina dos estudantes… vc devia aproveitar seu espaço jornalístico pra incentivar as pessoas a respeitarem essa categoria e não pra chamá-los de “malandros”. Quanto ao aumento que vc crítica ele é de direito, o Governo do Estado não atualizou o piso da categoria desde Janeiro… por acaso vc também vai dizer que ganhamos muito? Que temos super-salários como nossos políticos? O seu desrespeito aos professores diz muito mais sobre vc do que sobre a categoria.

    • Sou professor da rede estadual há mais de 25 anos e da Rede municipal do Recife há mais de 15 anos , tenho uma graduação e duas pós graduação , trabalho os três turnos ( manhã , tarde e noite ) , tive e tenho o prazer de educar mais de 20 mil alunos/as , vários deles são médicos , advogados , jornalistas , professores universitários , da educação básica , outros tantos não tiveram o mesmo sucesso , mas todos tem o meu enorme carinho , amor e reapeito. Neste momento de pandemia , tivemos que nos reinventar para podermos oferecer uma educação de qualidade social para todos/as , de forma que a lo valor máximo fosse assegurado : a vida , apesar dos baixos investimentos na educação pública em nosso país, estado e município , assim como a precarização do magistério. Estamos , desde junho , trabalhando de forma remota com muito sacrifício , tanto por parte dos/as educadores/as , como dos nossos estudantes , que por sinal muitos deles não tem acesso a internet nem aparelhos tecnológicos , mas mesmo assim tentamos manter contatos com eles diariamente. Sua postura , além de irresponsável , desumana , é acima de tudo é inescrupulosa e hipócrita , taxando-nos de malandros e preguiçosos. Por que tanto ódio ao magistério público ? Qual suas reais intenções em desqualificar todos os educadores/as do nosso estado ? De que lado você realmente está : do lucro , estado , empresários dos meios de comunicação ou do magistério público e estudantes ? Seu jornalismo se compara aos ratos que chafurdam no esgoto da história.

  2. Prezado Sr. Roberto Gonçalves (ainda estou usando o pronome de tratamento por que sou educada, não por merecimento)

    Sou professora da rede há 11 anos. E durante todo esse tempo nunca trabalhei tanto como nesses últimos seis meses. O fato de “não pisarmos na escola” não significa que estava em casa, sentada num sofá o dia todo, vendo TV. Não sei se o senhor sabe, mas durantes esse período, estamos trabalhando remotamente. As aulas não deixaram de acontecer por que não “pisamos o pé na escola”. Não sei se o senhor sabe, mas nós tivemos que aprender muitas coisas e, ao mesmo tempo que estávamos ensinando, também estávamos estudando, aprendendo a gravar vídeos, fazer podcasts, usar o Google meet pra dar nossas aulas virtuais. Mais do que simplesmente planejar uma aula, tivemos que aprender a planejar aulas para serem ministradas através de um formato no qual não estávamos habituados: as aulas em EAD. São horas a fio, sentados na frente de um computador pesquisando os melhores aplicativos, as melhores plataformas, gravando e regravando vídeos, sim, por que temos que apresentar ao nosso aluno o melhor. São horas e horas de atendimento individual pelo whatsapp esclarecendo as dúvidas dos nossos alunos, motivando-os, incentivando-os para que eles não desistam, consigam continuar, aprender, concluir seus estudos. Esses atendimentos, senhor, não tem hora pra acontecer. Por mais que estabeleçamos um horário fixo, sempre atendemos nossos alunos a qualquer horário (de manhã, a tarde, à noite, de madrugada) porque entendemos que nossos alunos são importantes.
    Sabe o que me alegra apesar de sua infeliz fala? Saber estou contribuindo para formar seres humanos melhores do que o senhor.

    Peraí, não posso esquecer: a categoria está se articulando para processá-lo por calúnia e difamação.
    Boa sorte pro senhor!!!!

  3. Caro Roberto, infleizmente você é mais um que desrespeita a classe que forma nossos profissionais. Pensa na “professorinha que te ensinou o BAB”, você acha que ela realmente merece esse tratamento? Sim, infelizmente o Brasil continua assim por que existem muitos como você por aí, que não reconhece nosso trabalho e acham que somos vagabundos, e ainda assim procuram nossas escolas e faculdades. Não espero que minha classe seja exaltada, mas que seja no mínimo, respeitada. O governo tem que pegar mesmo nosso salário, pois estamos falando de mão de obra especializada, correto ? E ainda paga pouco. Não estamos falando de mão de obra não especiizada, e mesmo que você, não mereceria seu tratamento. Para concluir, sim, fui a praia, viajei, dormi e descansei, pois eu sou pago para trabalhar 150 horas mensais, e não 720 horas mensais, mas acima de tudo fiz meu trabalho. Então meu caro, tenha mais respeito pelas pessoas. E Recomendo que você emita imediatamente uma nota de desculpas.

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