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‘Se o PT vier, será bem-vindo’, diz Paulo Câmara

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PT e PSB discutem a possibilidade de aliança em Pernambuco, mas o martelo ainda não foi batido. Ala petista quer apoio a Lula

Da Editoria de Política do JC / Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem

Dois dias após o comando do PT formalizar a disposição de sacrificar candidaturas estaduais em troca do apoio do PSB e do PCdoB na corrida presidencial, o governador Paulo Câmara (PSB) afirmou, na manhã desta segunda-feira (11), que o PT será ‘bem-vindo’, caso ocorra uma aliança em Pernambuco entre petistas e socialistas.

“Eu estou trabalhando. Como governador, a gente tem que se dedicar as agendas administrativas e a trabalhar. As questões políticas estão sendo discutidas. Em agosto a gente vai ter a oportunidade de fazer o nosso lançamento e ver a Frente Popular unida e se o PT vier, será bem-vindo, mas também nós temos que trabalhar em torno da nossa frente que é muito grande. Então estamos fazendo isso”, disse Paulo após a solenidade de formatura de 278 bombeiros militares no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda.

Questionado se a possível entrada do PT na Frente Popular poderia afastar partidos da base, Paulo destacou que vai trabalhar em torno de unidade. “A consciência nossa é de unificação, quem quiser vir ao nosso palanque, que pense como nós, que sabe que a forma que o governo federal está administrando o Brasil não pode continuar, será bem vindo. Então se o PT assim decidir se unir conosco, será bem vindo, mas independente de qualquer decisão, nós temos um trabalho a fazer, como governador e como líder de uma frente grande, de muitos partidos. A gente tem que chegar em agosto com essa frente muito bem consolidada e unida”, comentou.

PT LANÇOU RESOLUÇÃO POR ALIANÇAS COM PSB E PCdoB

No último sábado, por 19 votos contra cinco e uma abstenção, a Executiva Nacional do PT registrou em papel que “está clara a primazia do projeto nacional sobre as disputas regionais”. A resolução submete as candidaturas e alianças estaduais à prévia autorização da cúpula partidária. “Toda e qualquer definição de candidaturas e política de aliança nos estados terá que ser submetida antecipadamente à Comissão Executiva”, diz a nota. Em Pernambuco, a vereadora Marília Arraes tenta se consolidar com a candidata do PT ao Estado, e pode ver sua candidatura rifada em caso de aliança. Já o senador Humberto Costa, que defende a aliança, pode ganhar uma vaga para disputar a reeleição ao Senado na chapa de Paulo Câmara.

O que chamou atenção no evento desta manhã foi a presença do deputado estadual Odacy Amorim, do PT, ao lado do governador. Ele, que também se colocou como pré-candidato ao governo, disse que esteve na solenidade por ser ligado aos bombeiros, mas destacou que é necessário maturidade no PT antes de uma tomada de decisão. “Nós temos que internamente construir uma solução de forma racional. Nós queremos o Governo de Pernambuco, ok. Mas se isso tiver um custo muito grande pra Nacional do PT, a gente vai ter que compreender. O que eu, Marília e José de Oliveira e Humberto temos que ter é maturidade pra não criar fissuras no partido. Hoje, não temos nenhum deputado federal, aí já temos um dever de casa a fazer”, comentou.

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