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Retomada de obras paralisadas vai gerar 30 mil novos empregos na Chesf

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Anúncio foi realizado durante posse do novo presidente da empresa. São 80 obras

JC Online / Foto: Bernardo Soares

A Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) estabeleceu o ano de 2018 como data limite para o término das obras atrasadas em todas as 80 Linhas de Transmissão, localizadas no Nordeste. A medida, que terá um investimento de R$ 2 bilhões repartidos entre capital próprio e investimento privado, vai gerar 30 mil empregos. Caso os prazos sejam cumpridos, a empresa poderá voltar a competir nos leilões por novas linhas, dos quais deixou de participar há pelo menos dois anos por decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), sob a justificativa de acúmulo de obras atrasadas por tempo acima do permitido.

Os prazos foram anunciados, ontem, durante a posse do novo presidente da empresa, o engenheiro Sinval Zaidan Gama, na sede da estatal, com a presença do ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, e do presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior. Na ocasião, também foi detalhado o plano de desenvolvimento da Eletrobras e de todas as suas subsidiárias, que contém estratégias para a retomada do crescimento até 2021.

“O plano, chamado Desafio 21 – excelência sustentável, abrange a Eletrobras e as suas controladas, e tem três focos: redução de dívida, eficiência operacional e governança corporativa diferenciada. A retomada do programa de investimentos em transmissão da Chesf, inclusive, vai gerar uma renda adicional anual de R$ 250 milhões que vai ajudar a recuperar a empresa”, aponta o presidente da Eletrobras.

Na opinião do presidente empossado, Sinval Gama, a consolidação desse plano será responsável pela retomada do crescimento da empresa. “Estamos investindo em infraestrutura, que é aquela que gera mais emprego em momentos como esse. Vamos virar o jogo, criar condições de nos desenvolvermos e tornar a empresa novamente viável”, diz.

Entre as medidas práticas para a recuperação de todo o sistema de empresas está a elaboração de planos de demissão voluntária, implantação de sistemas que permitam uma redução de cargos compatível com o aumento de produtividade e a automação de usinas e subestações. Nos últimos quatro anos, a Eletrobras acumulou R$ 40 bilhões em prejuízo.

Apesar do tamanho da dívida do sistema, a privatização de algumas subunidades, inclusive da Chesf, está descartada. “Entendemos que a Chesf tem um papel de desenvolvimento regional e é uma pioneira na construção, operação e manutenção de usinas e também na área de transmissão, é um ativo nacional relevante para o Nordeste. O programa de recuperação da empresa é completamente apoiado pelo ministro e por mim”, revela.

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