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Renan dispara contra PT e diz que coalizão de Dilma é ‘capenga’

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Presidente do Senado deixa claro que o PMDB quer espaço nas decisões do governo, e confirma corte de R$ 80 bilhões nas despesas.

O Globo

BRASÍLIA – Horas depois de a cúpula do PMDB confirmar apoio ao governo nas votações importantes sobre o ajuste fiscal no Congresso nos próximos dias, em jantar realizado ontem à noite, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta terça-feira que a coalizão do governo Dilma Rousseff é “capenga”. Ele reclamou da hegemonia do PT, afirmando que um partido apenas não pode ser hegemônico, e que o PMDB não pode ser chamado apenas nas horas difíceis, de aprovar o ajuste fiscal, por exemplo. O senador confirmou ainda que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, avisou que o corte nas despesas orçamentárias será de R$ 80 bilhões.

— Essa coalizão é capenga, porque o PMDB, que é o maior partido, do ponto de vista da coalizão não cumpre o seu papel. Você não pode ter um governo de um partido hegemônico, ter um partido que é o maior partido do Congresso Nacional como parte da coalizão sem que ele tenha papel na definição das políticas públicas. Então é preciso aprofundar o ajuste, o setor público tem que pagar também uma parte da conta. Não dá para transferir essa conta para a sociedade — disse Renan Calheiros.

O presidente do Senado deixou claro que o PMDB quer espaço nas decisões de governo.

— O PMDB quer dar um fundamento à coalizão, quer participar da definição das políticas públicas. Espaço o PMDB tem demais (na política), mas não é isso que aprimora, que dá fundamento à coalizão. O que dá fundamento à coalizão é você ter começo, meio e fim para o ajuste, para a produtividade, para antever as etapas. Eu acho que o papel do PMDB nessa hora é sobretudo formatar isso — disse o senador, acrescentando:

— Temos buracos em vários setores e é importante aproveitar a circunstância, a oportunidade e a dificuldade para construirmos um melhor modelo de coalizão política para o governo. O PMDB, que é o maior partido, precisa cumprir um papel importante, insubstituível na coalizão e não apenas ser chamado nessas horas para fazer ajustes que não tem nem começo, nem meio e nem fim.

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