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PSOL de Boulos termina eleições no grupo de siglas nanicas de esquerda sem prefeituras

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Foto: Zanone Fraissat/ Folhapress

Estadão

O PSOL não apenas deixou de eleger o deputado federal Guilherme Boulos para a Prefeitura de São Paulo, o maior colégio eleitoral do País — onde ele foi derrotado por Ricardo Nunes (MDB) — como também não conquistou nenhuma das outras 209 prefeituras que disputou nas eleições municipais de 2024. Assim, o partido obteve desempenho semelhante ao de siglas menores de esquerda, como PSTU, PCB, PCO e UP, que também terminaram a disputa sem cargos no Executivo municipal.

Dessas candidaturas lançadas pelo PSOL, 200 foram derrotadas no primeiro turno. Das 14 capitais onde a sigla concorreu, em 11 os candidatos nem sequer chegaram à fase final da disputa. Além de Boulos, só três alcançaram o segundo lugar: Paulo Lemos (PSOL), derrotado por Dr. Furlan (MDB) em Macapá; Kleber Rosa (PSOL), superado por Bruno Reis (União Brasil) em Salvador; e Marquito (PSOL), que perdeu para Topázio Neto (PSD) em Florianópolis. Todos foram vencidos por prefeitos reeleitos.

Com esse desempenho, o PSOL lidera entre as siglas que não conseguiram eleger governantes municipais nestas eleições, sendo o partido com o maior número de candidaturas entre aqueles sem vitórias. Ao lado dele estão legendas menores do campo político da esquerda, como o PCO, com 43 candidatos; o PSTU, com 37; o UP, com 22; e o PCB, com 9, conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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A presidente do PSOL, Paula Coradi, atribui o desempenho aquém do esperado de sua sigla ao uso da máquina pública pelas prefeituras em busca de reeleição e ao repasse de recursos por meio de emendas parlamentares, principalmente por deputados federais do Centrão. “Foi uma disputa eleitoral muito difícil”, afirma.

Apesar de não conquistar prefeituras, Coradi considera que houve um “saldo positivo” para a sigla, que, segundo ela, conseguiu projetar e consolidar novas lideranças nas Câmaras Municipais, citando como exemplo a eleição da vereadora Amanda Paschoal em São Paulo.

No segundo turno, o PSOL concentrou seus esforços nas disputas em São Paulo e Petrópolis, no Rio de Janeiro, com o objetivo de conquistar ao menos duas prefeituras nestas eleições. Com os resultados desfavoráveis em ambas as cidades, porém, a sigla encerrou a eleição sem vitórias.

A disputa em São Paulo foi tratada como prioridade para o PSOL, que destinou R$ 35 milhões à campanha de Boulos, o maior valor investido entre todas as suas candidaturas. Mesmo assim, o candidato foi derrotado por Ricardo Nunes (MDB), reeleito com 59,35% dos votos contra 40,65% do psolista

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