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Pernambuco promete quitar R$ 1,4 bilhão de restos a pagar até abril

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O secretário da Fazenda, Marcelo Barros, garante que não há descontrole do déficit. Que aplicou R$ 1,2 bilhão nas áreas de saúde e educação além do percentual exigido pela LRF

Por Paulo Veras / Foto: Sabrina Nóbrega/Alepe

O governo do Estado promete pagar os R$ 1,4 bilhão de restos a pagar de despesas firmadas em 2017 até o mês de abril. Até o início dessa semana, R$ 553,2 milhões já haviam sido pagos, anunciou o secretário da Fazenda, Marcelo Barros, em audiência na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). No mesmo dia, a oposição divulgou um balanço mostrando que R$ 238,8 milhões dos débitos deixados para este ano são na área de saúde, que atinge diretamente a população. Enquanto ocorria a reunião na Alepe, técnicos de enfermagem que fazem parte do programa de jornada extra na saúde nos hospitais da Restauração, Agamenon Magalhães e Otávio de Freitas fizeram um protesto na Avenida Agamenon Magalhães contra atrasos de até cinco meses no pagamento.

O governo garante que não há descontrole do déficit. Que aplicou R$ 1,2 bilhão nas áreas de saúde e educação além do percentual exigido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, o que indica uma priorização do atendimento à população. Segundo Marcelo Barros, o governo conseguirá reduzir o percentual de comprometimento com a folha porque todas as previsões mostram que 2018 será um ano de retomada do crescimento econômico no Estado, com avanço na arrecadação, principalmente do ICMS e FPE. “2018 vai ser o ano da virada e vamos deixar essa crise para trás”, prometeu o secretário.

Previdência Estadual

Na Alepe, Marcelo Barros voltou a defender a contratação de mais servidores como opção para resolver o déficit de R$ 2,4 bilhões na previdência dos servidores do Estado. Segundo o secretário, Pernambuco já está muito próximo do limite de 14% descontado dos trabalhadores e do limite de contrapartida patronal. Para Barros, a contratação de servidores mais jovens, mais longe de se aposentar, poderia representar mais receitas. Os líderes do governo, Isaltino Nascimento (PSB) e da oposição, Silvio Costa Filho, chegaram a subir o tom ao discutir se o tema seria um debate político ou técnico.

“A apresentação de hoje é a demonstração de que o Estado tem controle administrativo e gerencial. A principal alta das exportações, no setor de automóveis, foi pensada há dez anos atrás por esse grupo político. Então nós estamos no caminho correto. E a perspectiva para 2018 é continuarmos investindo na educação, na saúde e melhorando Pernambuco”, avaliou Isaltino ao final do encontro.

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