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Pernambuco: oposição do improviso

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Os deputados não sabiam sequer o que visitariam na agenda de projetos públicos.

Por Magno Martins / Foto: reprodução

A caravana da oposição ao Sertão, para levantar informações sobre projetos e obras paralisadas pelo Governo do Estado, foi marcada pelo viés do improviso. Até a chegada do líder Silvio Costa Filho (PRB) em Serra Talhada, por volta das 11 horas, não se sabia nada da agenda a ser cumprida. De concreto, apenas entrevistas às emissoras de rádio, que mesmo assim, também já começaram tarde, perto de meio dia, quando estavam previstas para logo cedo.

Os deputados não sabiam sequer o que visitariam na agenda de projetos públicos. Só na visita institucional ao presidente da Câmara Municipal, Nailson Gomes (PTC), foi acesa uma luz quando sete dos 17 vereadores deram indicativos das falhas operacionais do Governo. Mesmo anfitrião, por Serra Talhada ser a sua base, o deputado Augusto César conseguiu (PTB) agendar as visitas. No hospital Agamenon Magalhães, por exemplo, ele, Silvio Costa Filho, Socorro Pimentel, Álvaro Porto e Júlio Cavalcanti não foram recebidos pelo diretor.

Acabaram tendo que buscar informações com médicos de plantão e até enfermeiras, saindo de lá sem uma noção exata sobre a funcionalidade do hospital. No campus da faculdade de Medicina, a mesma coisa. Lá, a ideia era levantar informações sobre a paralisação das obras e os motivos que levaram a empresa a suspender o cronograma do projeto. Não havia ninguém para receber o grupo parlamentar. Isso se deu, ainda, na cadeia pública, onde tiveram que conversar com policiais de plantão.

Autor da ideia e coordenador da caravana, que foi reduzida de oito para cinco deputados, Silvio Costa Filho (PRB) preferiu dividir as falhas e atropelos com os colegas de bancada. “Não veio todo mundo que confirmou, por exemplo, porque não queríamos deixar o plenário da Assembleia esvaziado”, justificou. Quanto aos improvisos, disse que coube a Augusto organizar os contatos e fechar a agenda em Serra Talhada.

“Esse é um tipo de ação que ninguém quer é do staff do Governo tem autorização para nos receber e quer passar informações. Tem que ser visitas surpresas mesmo”, alega César. Para ele, mesmo com tamanho improviso, deu para se ter uma ideia de que entre o discurso e a ação do Governo há, de fato, uma distância muito grande, em detrimento da população.

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