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Entidades criticam Lula por não condenar ataques do Irã: ‘Lamentável’

Foto: RAFA NEDDERMEYR/AGÊNCIA BRASIL

Lideranças israelitas veem Brasil próximo ao Irã, na contramão do mundo

A decisão do governo Lula de não condenar os ataques do Irã contra Israel, iniciados neste sábado (13), foi criticada por entidades judaicas, que entendem que o Itamaraty colocou o Brasil “ao lado da teocracia iraniana”.

“A posição do governo brasileiro é mais uma vez frustrante; o mundo democrático e vários países do Oriente Médio se uniram a Israel em condenar e combater o ataque do Irã”, disse Cláudio Lottenberg, presidente da Confederação Israelita do Brasil ao classificar a posição do governo Lula como “lamentável”.

O Instituto Brasil-Israel (IBI) endossou as críticas. “Ao ler a nota do governo brasileiro, fica evidente a oportunidade perdida de condenar um ataque internacional flagrantemente ilegal que pode gerar instabilidade regional de escala imprevisível”, disse Manoela Miklos, diretora-executiva do IBI. (Diário do Poder)

Violência: Jovem é morto a facadas e pauladas em Petrolina

Foto: reprodução

Um crime violento foi registrado no bairro Pedra Linda, em Petrolina (PE), em via pública, onde Wellington Oliveira Félix da Silva, de 23 anos foi vítima de golpes de arma branca e pauladas.

Segundo informações, os golpes foram desferidos por quatro suspeitos, sendo entre eles dois menores.

De acordo com a polícia, ambos são parentes. Um dos menores suspeito de envolvimento no homicídio foi apreendido por uma guarnição da polícia militar e apresentado à delegacia de homicídios, onde o mesmo com ajuda das imagens do local do crime, identificou os outros três suspeitos.

Segundo o delegado dr. Erisvaldo Leal, que está a frente dessa ocorrência, a motivação preliminar seria uma rixa anterior entre os envolvidos. A polícia segue a procura dos outros três suspeitos.

(Com informações do repórter Ivo da Hora – Blog do Edenevaldo Alves).

MST invade pela terceira vez área da Embrapa em Petrolina e gera crise com Governo Lula

Foto: Adriano Alves / Folhapress

Por Folha de São Paulo

O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) anunciou neste domingo (14) a reocupação de uma fazenda da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) em Petrolina (713 km do Recife) que havia sido invadida duas vezes no ano passado. Outras duas ações foram realizadas em Pernambuco, segundo a entidade.

O movimento alega que o governo federal não cumpriu os compromissos para assentamento das famílias que deixaram o local em julho do ano passado.

“Só saímos com o compromisso do governo federal, assinado em uma pauta para assentar todas as 1.316 famílias acampadas. Saímos com a Embrapa com esse compromisso, com 17 pontos acertados e nenhum foi cumprido. Voltamos para lutar que o governo cumpra a pauta acertada no ano passado”, afirmou Jaime Amorim, da direção nacional do MST, em vídeo divulgado pela entidade.

“É muita irresponsabilidade a forma como estão tratando a reforma agrária.”

Procurada, a Embrapa não se manifestou até a publicação dessa reportagem.

A fazenda da Embrapa em Petrolina foi invadida pela primeira vez em abril do ano passado. A ação do MST na ocasião estremeceu a relação do MST com o governo Lula, que endureceu declarações contra o movimento após o episódio.

Na época, a onda de invasões irritou o presidente, que temia que as ações causassem desgaste para o governo, principalmente com o agronegócio. Havia receio também de que a mobilização atrapalhasse o andamento de pautas de interesse da gestão Lula no Congresso.

Em julho, a fazenda da Embrapa voltou a ser invadida dias antes do Semiárido Show. A feira, que costuma acontecer no mês de agosto, apresenta novas tecnologias para os agricultores familiares da região, costuma receber mais de 20 mil pessoas vindas de diferentes estados do Nordeste.

O ministro Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) disse à época que a invasão havia sido um protesto de integrantes do movimento que estariam “ansiosos”.

“Eles [Integrantes do MST] ficaram ansiosos, fizeram aquele protesto, mas já saíram. A feira está acontecendo, a ansiedade baixou porque foram prestadas as contas de todas as providências que vão ser adotadas. Então, a vida caminha”, disse na ocasião.

Além do assentamento das famílias, o MST cobra a transformação da unidade avançada do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) de Petrolina em uma superintendência.

“É necessário garantir esse passo para reestrutura o Incra na região”, afirmou Amorim no vídeo distribuído neste domingo.

Além da fazenda da Embrapa, o MST afirma ter ocupado uma área de 1.500 hectares da Codevasf (Companhia de Desenvolvimentos dos Vales do São Francisco e do Parnaíba) utilizada pela Embrapa em Petrolina, e a outra na zona da mata no norte do estado, numa área remanescente da Usina Maravilha, desde 2014 em processo de desapropriação.

“Nós temos essa garantia de garantir a desapropriação das usinas devedoras como um todo. E não anunciar a desapropriação apenas dos engenhos. Isso é favorecer os usineiros”, afirmou Amorim.

Gasolina mais cara, juros e fuga de capital: os impactos econômicos do ataque do Irã a Israel

Foto: reproduçãoPor Estadão

Diante dos ataques do Irã a Israel e a escalada de tensão no Oriente Médio, realizados neste sábado, 14, o mercado internacional começa a se movimentar para precificar os impactos econômicos do impasse geopolítico, o que pode trazer possíveis prejuízos para a economia brasileira, conforme avaliam os especialistas ouvidos pelo Estadão.

Para analistas do mercado financeiro e economistas, o recente ataque iraniano pode trazer novas pressões inflacionárias a setores como o de petróleo, atrasar o ritmo de queda dos juros nos Estados Unidos e até impactar a trajetória de queda da Selic no Brasil.

O economista Armando Castelar, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre), lembra que o incidente entre os dois países já era algo aventado pelo mercado, o que impactou diretamente o preço do barril de petróleo e também no aumento à aversão ao risco por parte do investidor internacional. Ele explica que a situação afeta diretamente as economias emergentes, como no caso do Brasil, uma vez que os investimentos estrangeiros acabam migrando para ativos de maior segurança, como os títulos de divida norte-americana.

Israel tem mais poder militar do que o Irã? Confira a comparação de cada força entre os dois países do Oriente Médio

O especialista comenta que a expectativa é de que sem novos ataques e com o arrefecer da tensão entre as duas nações, a pressão inflacionária vista nos últimos dias tende a cair no curto prazo. “A experiência sugere que se a tensão for controlada, essa pressão deve ser controlada, deva ser um efeito transitório, como já aconteceu no passado recente”, avalia.

O pesquisador da FGV Ibre, Armando Castelar vê uma 'pressão inflacionária transitória' caso o incidente geopolítico seja controlado, mas que pode impactar o ritmo de queda dos juros no Brasil
O pesquisador da FGV Ibre, Armando Castelar vê uma ‘pressão inflacionária transitória’ caso o incidente geopolítico seja controlado, mas que pode impactar o ritmo de queda dos juros no Brasil  Foto: Fábio Motta/Estadão

Ainda segundo pondera Castelar, o ambiente externo incerto é mais um ingrediente para que o Banco Central Brasileiro seja cauteloso nas futuras reduções da Selic no País.

Tensão no Oriente Médio

Assim como o pesquisador da FGV Ibre, o economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale, também acredita que o cenário de tensão no Oriente Médio após os ataques do Irã a Israel neste fim de semana pode levar a uma redução no ritmo de cortes da taxa Selic.

De acordo com ele, a escalada dos conflitos na região tem impacto direto sobre os preços do petróleo, o que gera mais pressões inflacionárias nos Estados Unidos e pode atrasar ainda mais a queda dos juros americanos, com impactos sobre as decisões do Comitê de Política Monetária (Copom). “Se junta o cenário americano com este cenário novo, recente, da guerra do Oriente Médio, está montado o discurso para talvez o Banco Central desacelerar a queda de juros depois da próxima reunião”, afirmou.

Segundo Vale, abre-se a possibilidade de o Copom cortar os juros em 0,5% ponto porcentual na reunião de 8 de maio, mas sinalizar uma redução do ritmo de cortes para 0,25% a partir da reunião de junho. A Selic atualmente está em 10,75% ao ano.

O economista destaca que a inflação americana tem caído de forma lenta mesmo com o aperto monetário por parte do Federal Reserve (o Banco Central americano). Exemplo disso foi a inflação ao consumidor nos EUA em março, que veio acima do esperado e fez o mercado apostar que os cortes dos juros americanos só devem acontecer no final deste ano.

Idosa atropelada por motocicleta no Centro de Araripina morre no Hospital Regional

Acidente aconteceu na Rua José Barreto de Souza Sombra – Foto: reprodução

Morreu no início da manhã deste domingo (14), no Hospital Regional Fernando Bezerra, em Ouricuri, no Sertão do Araripe, a Senhora Francisca de Lima Coelho, de 64 anos.

Dona Francisca foi atropelada por uma motocicleta na última quarta-feira (10), na Rua José Barreto de Souza Sombra, no Centro de Araripina.

O corpo de Dona Francisca seguirá para o Instituto Médico legal – IML de Petrolina, no Sertão do São Francisco e deverá ser liberado após o laudo de necropsia para que a família realize o sepultamento.

Morre homem que se envolveu em acidente na BR-316 no distrito do Moraes, em Araripina

Foto: reprodução

Um acidente grave ocorreu na BR-316, próximo ao distrito de Morais, na noite desta sexta-feira (12), em Araripina, no Sertão de Pernambuco. Dois veículos estiveram envolvidos em uma colisão frontal e um dos motoristas acabou falecendo.

A vítima foi identificada como Seu Nô, e residia no sítio Geraldo. Mais pessoas ficaram presas nas ferragens dos veículos.

Populares que estavam no local conseguiram resgatar uma pessoa do carro e tentaram acionar o Corpo de Bombeiros para dar sequência à ocorrência.

Compesa informa que problema mecânico na Estação Elevatória de Orocó, ocasiona diminuição da vazão no Araripe

Foto: reprodução

Nota à Imprensa

A Compesa informou na última sexta-feira (12), que identificou um problema eletromecânico em um dos conjuntos motobomba da Estação Elevatória de água Bruta – EEAB 01, do Sistema Adutor do Oeste, localizada no município de Orocó.

Sendo assim, foi necessário reduzir a capacidade de produção em 20%, o que vai afetar o abastecimento das cidades de Araripina, Trindade, Ipubi, Ouricuri e Santa Filomena, além dos distritos de Matias, no município de Parnamirim, as localidades de Jacaré e Varzinha, no município de Ouricuri, e a localidade de Socorro, no município de Santa Filomena.

A Compesa informa ainda que as providências estão sendo tomadas para retomar a operação com a máxima brevidade.

Caatinga, água e o planeta Terra

Foto: reprodução

Por Geraldo Eugênio / Jornal do Sertão

Nos últimos dois meses comemoramos o dia da  caatinga,  da água e a semana da Terra. Um alerta para os riscos que a humanidade corre em não cuidar devidamente bem desses ativos inegociáveis. A caatinga, sendo um bioma exclusivamente  brasileiro dever ser objeto de cuidados especiais pelo país e, em particular por todos que habitam esta vasta área de semiárido que representa um milhão e cem mil quilômetros quadrados. Tal como indicam alguns estudos que  nos últimos anos tem havido uma constante erosão da cobertura vegetal devido ao desmatamento com dados que merecem ser aferidos mas que indicam para uma massiva extinção de espécies.

A água, como bem indispensável à vida, tem sido objeto de ações estratégicas, dentre essas que se ressalta a transposição das águas do Rio São Francisco, algo que beneficia ao redor de doze milhões de nordestinos. Algo absolutamente inacreditável para os padrões locais de planejamento a longo prazo. Há de se reconhecer que a atenção com o Rio São Francisco deve ser ainda mais aguçada, seja no uso das águas do Maciço de Urucuia para a agricultura irrigada do oeste da Bahia, seja no abastecimento de centenas de distritos e municípios dos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia. No entanto,  as condições atuais do uso desta água para grandes perímetros irrigados como alguns formuladores de políticas de estados críticos do ponto de vista de segurança hídrica chegam a imaginar.

Por último vem o planeta terra, a casa de todos nós, é indiscutivelmente um ambiente sob constante ameaça não por seres alienígenas mas por aqueles que habitam seu território. As evidências sobre uma mudança climática em curso, principalmente devido a atividade humana e o padrão de vida que escolheu são nítidas. Mesmo assim, um número pequeno de insistentes negacionistas tentam a todo custo vender uma situação utópica de que está ocorrendo com o clima do planeta nada tem a ver com o uso massivo de combustíveis fósseis emitindo gás carbônico para a atmosfera ou as queimadas intencionais e desenfreadas que a todo tempo ocorrem não apenas no Brasil e em várias regiões do planeta. Certamente, esses falsos cientistas e seus seguidores devem colocar de lado os interesses econômicos, comerciais e voltar a ver o problema unicamente do ponto de vista científico. Não dá para continuar tentando jogar o lixo para debaixo do tapete, esta é a realidade.

As opções para o Semiárido

Concomitantemente às celebrações e alertas, uma enxurrada de ideias bem intencionadas jorram de instituições públicas procurando conter o desmatamento da caatinga, a desertificação em curso, o uso mais efetivo das águas e o bem estar da população dos que vivem sob risco. Uma pena que a maioria das ideias sejam moldadas a partir de percepções de quem não está de fato no semiárido e que consideram que apertando o botão de comando, mesmo que em muitos casos tendo por trás a tão sonhada ´participação popular` sejam exequíveis. É importante que essas iniciativas e políticas sejam objeto de planejamento um pouco mais detalhado e implementadas com critério e a devida parcimônia, ao invés da fanfarra que normalmente antecede os anúncios de mudanças à vista. Neste sentido,  partir da convivência no semiárido se relaciona um conjunto de atitudes ou ideias que podem ser implementadas. Algumas dessas a baixo custo de forma que se trabalhe na direção da preservação da caatinga, das águas e na defesa de nossa casa comum, a Terra.

Um caminho mais curto a seguir

         Vejamos algumas dessas proposições

A legislação ambiental e o código Florestal

O Brasil é um país que conta com uma das mais avançadas legislações ambientais do mundo. Fruto de uma luta magnífica por aqueles que consideram os biomas e o meio ambiente como valores inquestionáveis. Venceu-se preconceitos, negociou-se com os céticos, limitou a sanha destrutiva de boa parte do congresso e, ao final, há uma lei norteadora, decretos complementares e seus dispositivos a serem cumpridos. O que as instituições públicas, as empresas e a sociedade têm feito em defesa da real implementação dessa legislação? Há boa vontade em relação ao fato ou um mero fazer de contas?

Coibir o desmatamento

No caso do Semiárido há conhecimento mais do que devido de onde se encontram os sumidouros da caatinga, de quem desmata, de quem usa a lenha de forma ilegal mas ao que parece essas informações não têm servido para controlar a redução da cobertura vegetal que, conforme os dados indicam, tem sido intensa. E aí, o que esperar dos órgãos de controle cujas representações estão dispersas em todo os territórios ameaçados? Espera-se que cumpram com os mandatos que a eles foram atribuídos por lei e se faça cumprir o trabalho da forma devida.

O pousio

Fala-se muito em reflorestamento, recatingamento, normalmente a partir de exemplos que vêm de outros países, notadamente a Ásia, mas pouco se discute a efetividade dessas propostas. Basta lembrar o grande esforço que foi o de se plantar milhões de mudas de árvores nativas nas margens do Rio São Francisco, na primeira década deste século, quando a discussão sobre a efetividade da transposição era mais intensa. Seria importante voltar às áreas contempladas com recursos substantivos e checar o percentual de plantas sobreviventes após quinze anos desse programa. A alternativa que se propõe é o tradicional pousio para as áreas alteradas. Quanto à recomposição da cobertura vegetal, ninguém melhor do que os preás, os mocós, os pássaros, os morcegos, os macacos, as abelhas podem ser mais efetivos. A reconstituição de um ambiente degradado toma tempo. Dezenas de anos. Neste sentido,  será importante avaliar se uma política de compensação ambiental aqueles que conservarem as áreas desmatadas não seria mais efetiva. Mudam-se os tempos mas os termos continuam os mesmos. Neste caso, nada de neologismo ou busca de outra denominação, o correto é se retornar às práticas de pousio e recomposição florestal.

Tornar o ambiente produtivo e com característica empresarial

A defesa de qualquer bioma ou dos recursos naturais passa obrigatoriamente por dotar a população que ali vive de condições dignas que permitam um ambiente saudável e próspero. Não seria lógico imaginar que o pequeno e médio produtor do Semiárido, que constitui o cerne da agricultura familiar, não deve ser objeto de afinidade com as tecnologias agrícolas, de previsão e  monitoramento climático, de formação profissional e comércio tão sofisticadas quanto às demais atividades econômicas? Normalmente a população se vê refém de uma visão negativa e um mantra que já poderia haver sido erradicado mas que persiste não apenas na mente de quem não conhece a região mas em boa parte dos que nela habitam, de que a região Semiárida, seca e desinformada será objeto primordial de políticas sociais e compensatórios. É importante que se abra os olhos. Isto é um pensamento retrógrado e que não reflete a situação atual da região.

Políticas de apoio à apicultura

A apicultura merece uma chamada especial. Tem sido a atividade econômica mais efetiva na defesa da vegetação, da microbiota e das águas da caatinga simplesmente pelo fato de que as abelhas necessitam de flores para sobreviverem, produzirem o mel, a própolis, a cera e tantos outros produtos. Os apicultores e meliponicultores são a principal brigada de defesa do semiárido. Defendem o ambiente, produzem uma gama de matérias primas nobres usadas na alimentação, na cosmética, na farmácia e reconheça-se, nem sempre esses esforços têm recebido a devida atenção, particularmente dos gestores locais.

A bioeconomia da caatinga

Fala-se também muito em bioeconomia da caatinga mas pouco se fala na riqueza do que é o patrimônio genômico e as informações nele contido que faz com que as plantas, os microrganismos e a fauna do Semiárido sejam resistentes às intempéries climáticas em um ciclo que se repete há centenas de milhares de anos. Enquanto não se contar com programas coordenados e dirigidos à identificação, catalogação e uso dessa informação genética, não se dá a devida atenção ao patrimônio. O futuro da agricultura mundial passa necessariamente pelo patrimônio genético das áreas semiáridas do planeta. A forma de se implementar é passível de análise, mas a premência inquestionável.

Gestão das secas

Este é um tema recorrente em discussão. Enquanto o país não considerar o tema como estratégico para a nação e pautar a ação de mitigação em políticas emergenciais, não há como se sair do lugar. A seca deixou de ser uma questão de Graciliano Ramos ou de João  Cabral de Melo Neto. Se vivessem ainda hoje ela poderia estar nas obras de João Guimarães Rosa ou Érico Veríssimo, esta é a realidade que anos após ano o país se depara. O entendimento tem sido mínimo e a abordagem um tanto amadora. Esta é nossa opinião.

Esses são ideias para reflexão. Podem parecer absurdas, tendenciosas, pouco efetivas mas é a expressão de quem tem convivido com o dia a dia do Semiárido.

Professores anunciam greve em universidades federais a partir de segunda (15)

Foto: divulgação

Professores de universidades, centros de educação tecnológicas e institutos federais das cinco regiões do Brasil decidiram entrar em greve a partir de segunda-feira (15). A categoria exige reajuste salarial de 22%, a ser dividido em três parcelas iguais de 7,06% —a primeira ainda para este ano e outras para 2025 e 2026.

A Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) afirma que, além da recomposição salarial, existe a necessidade de investimentos públicos nas instituições federais de educação, diante da corrosão desses investimentos no governo passado, sob Jair Bolsonaro (PL).

“Necessitamos de uma reorganização da carreira dos professores e de se ter um grande revogaço de medidas restritivas de direitos, de caráter regressivo, que foram implementados nos últimos anos, de natureza previdenciária, que tiraram direitos e afetam diretamente a aposentadoria, medidas que inibem o exercício do direito de greve, entre outras tantas”, disse Gustavo Seferian, presidente da Andes e professor de direito da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).

De acordo com o panorama do sindicato, três instituições ligadas à entidade já paralisaram as atividades. Na segunda, outras 17 entrarão em greve. Cinco anunciaram indicativos de greve (com previsão de paralisação) e oito estão em estado de greve (alerta de que podem entrar em greve).

Em nota, o MEC (Ministério da Educação) informou que as equipes da pasta vêm participando da mesa nacional de negociação, das mesas específicas de técnicos e docentes instituídas pelo MGI (Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos) e da mesa setorial que trata de condições de trabalho.

“O MEC vem enviando todos os esforços para buscar alternativas de valorização dos servidores da educação, atento ao diálogo franco e respeitoso com as categorias. No ano passado, o governo federal promoveu reajuste de 9% para todos os servidores”, diz o texto do governo Lula (PT).

Além das 69 universidades, a Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica é formada pelos institutos, Cefets (Centros Federais de Educação Tecnológica, no RJ e MG), pelas escolas técnicas vinculadas às universidades, pelo Colégio Pedro 2º e pela UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná).

Os professores aderem ao movimento iniciado por servidores técnico-administrativos em educação no dia 11 de março, com participação de trabalhadores de 50 universidades e de quatro institutos. A categoria pede a reestruturação do plano de carreira dos cargos técnico-administrativos em educação, incluindo a recomposição salarial.

A Andifes, que representa dirigentes de 69 universidades e os dois centros de educação tecnológica, afirma que a “greve é um direito constitucional garantido aos trabalhadores e as seções sindicais e os servidores têm autonomia para deliberar quanto à participação no movimento”.

Araripina: Polícia cumpre mandado de prisão em aberto por crime de homicídio

Foto: reprodução

Policiais militares da 9ª CIPM participaram de uma ação neste sábado (13), que culminou com a prisão de um homem que tinha contra si um mandato de prisão em aberto por homicídio. A operação aconteceu na Serra do Simões, zona rural do município.

De acordo com informações da Polícia Militar, o procurado estava usando o nome de Gabriel. No momento da prisão, o procurado estava em uma residência na companhia da esposa, um irmão e os pais.

O radialista, a cachorrada, e o pré-candidato a vereador

Foto: Carlos Paixão

Na minha caminhada matinal deste domingo (14), com meus queridos e amados cães, fui surpreendido ao ser fotografado por um amigo, quando passava pela Avenida Florentino Alves Batista, já chegando na BR-316.

O ilustre fotógrafo trata-se do poeta e radialista Carlos Paixão, uma das figuras mais conhecidas e folclóricas de Araripina. Paixão disse que é pré-candidato a vereador pelo Partido Liberal e gatantiu que será o primeiro radialista que irá ocupar uma cadeira na Casa Legislativa da maior cidade do Araripe.

No final da conversa ainda soltou essa pérola: “Deixa de cachorrada Doutor Roberto”.

Sintepe destaca avanços obtidos nas reuniões ocorridas com Governo do Estado

Foto: divulgação

Os trabalhadores em educação da rede estadual de Pernambuco decidiram, em assembleia realizada nesta sexta-feira (12), dar continuidade às negociações com o Governo do Estado em relação à pauta de reivindicações da categoria.

O Sintepe (Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco) detalhou os avanços obtidos nas reuniões ocorridas ao longo da semana com a Secretaria de Educação e a Secretaria de Administração.

Em um vídeo divulgado no Instagram do sindicato, a presidenta do Sintepe, Ivete Caetano, compartilhou os principais pontos discutidos durante as negociações. Ela ressaltou que a proposta apresentada pelo governo, que previa reajustes salariais de 7% para os cargos administrativos e analistas, e 3,62% para os professores, foi considerada insuficiente pela categoria.

“Apesar de avaliarmos que a proposta pode avançar, consideramos que o governo não fechou as negociações”, destacou Ivete Caetano. “Continuaremos na luta e na mobilização, pressionando para que nossas demandas sejam atendidas.”

Entre os pontos destacados pela presidenta do Sintepe estão questões como o cadastro de reserva e convocações de profissionais, a climatização das escolas, a disponibilização de computadores para os trabalhadores da educação e a melhoria da merenda escolar.

“Estamos indignados com a situação atual e vamos continuar lutando. No dia 17, estaremos nas ruas defendendo nossos direitos, e no dia 18, paralisaremos as escolas para mostrar nossa insatisfação”, pontuou Ivete.

Governo Lula não retomou nenhuma das 3.700 obras de educação paradas

Obra de creche parada em Breves (PA) à espera de repactuação com governo federal. – MEC/vistoria

Por Folha de São Paulo

O governo Lula (PT) ainda não reiniciou nenhuma das 3.783 obras de educação básica paradas em todo país após quase um ano do anúncio de um grande plano para destravar as construções.

MEC (Ministério da Educação), comandado por Camilo Santana, não conseguiu fechar um único termo de compromisso com prefeituras para permitir a retomada.

Reiniciar obras paradas, sobretudo de creches, é uma promessa do presidente desde início do governo. Lula planeja eventos pelo país para inaugurações e o tema é tratado como prioridade no Palácio do Planalto.

Até agora, no entanto, o MEC não deu início a nenhuma obra com recursos federais desde o início do governo. Somente foram finalizadas construções que já estavam em execução.

FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) diz, em nota, que a demora se deve porque o processo envolve várias etapas burocráticas, dependendo também de agilidade dos municípios. Afirma também que 46 projetos (1%) já estão prontos para assinatura do novo termo com o governo federal.

Ligado ao Ministério da Educação, o fundo é responsável pelas transferências e repactuações dos contratos.

Nesse modelo, o governo federal financia as construções e os processos de contratação são tocados pelas prefeituras e estados —que só conseguem iniciar os trâmites, como licitações, depois de firmar termos com a União.

Essas quase 4.000 obras paradas, e que continuam abandonadas no governo Lula, estão em 1.664 municípios. Ao todo, 80% delas estão nas regiões Norte e Nordeste. Metade dos esqueletos de construções está em quatro estados: Maranhão, Pará, Bahia e Ceará —que foi governado por Camilo até 2022.

Seis em cada dez obras paradas são de construções de escolas, mas há também quadras, coberturas, reformas e ampliações de salas de aula. Todas essas ações beneficiariam 741 mil alunos, de acordo com dados oficiais obtidos pela Folha.

A construção de creches é um dos maiores desafios do país.

Cerca de 2,3 milhões de crianças até 3 anos estão fora de creches por dificuldade de acesso, o equivalente a 20% do total da faixa etária, segundo levantamento do Movimento Todos Pela Educação.

E é da educação infantil o maior volume de construções abandonadas. São 1.317 obras paradas nessa área, o equivalente a 35% do total.

Em maio de 2023, o governo publicou uma medida provisória para permitir a repactuação de obras contratadas com dinheiro federal, considerando reajustes nos valores contratados inicialmente. O ministro já havia mencionado que haveria o pacto pela retomada das obras em abril do ano passado, no Congresso.

Após a medida provisória, prefeituras de todo país cadastraram milhares de obras. Em novembro, uma lei foi sancionada com aquilo que, no geral, estava na medida provisória. Na sequência, mais municípios aderiram ao pacto.

Assim, de 5.600 obras de educação abandonadas pelo país, houve manifestação dos entes para repactuar 3.783. O FNDE, entretanto, não conseguiu vencer todos os trâmites burocráticos de nenhuma delas até agora —uma outra parte de obras entrou no âmbito do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

A avaliação de integrantes do governo é de que houve falhas de gestão e, sobretudo, falta de equipes no fundo para tocar com agilidade as diligências técnicas. Trabalham nesse tema 30 consultores dentro do FNDE.

“Educação de qualidade demanda também uma operação logística complexa, e é esperado que consigam constituir essa capacidade tanto no nível federal quanto nos estados e municípios”, diz a presidente do Instituto Singularidades, Cláudia Costin. “Não basta ter vontade política, é necessário competência de gestão”.

A lentidão no MEC e FNDE tem provocado pressões dentro do governo contra o ministro da Educação, segundo relatos colhidos no Planalto e na Casa Civil.

A própria expectativa de Lula com o tema é o que mais infla as pressões. Ele tem falado disso desde a primeira reunião ministerial, em 6 de janeiro de 2023.

“Temos 4.000 obras na área de educação paralisadas”, disse Lula na ocasião. “A gente vai ter que colocar a mão na massa para que a gente possa produzir e reconstruir melhorando a educação”.

Irã lança ataque com drones e mísseis contra o território israelense

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu se reúne com oficiais israelenses no Gabinete de Guerra.| Foto: Reprodução/X @IsraeliPM

O Irã lançou um ataque com mais de 200 drones e mísseis contra Israel neste sábado (13). As aeronaves não tripuladas foram interceptadas pelas forças de defesa do país, com o apoio dos Estados Unidos.

Em um pronunciamento oficial, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que os israelenses estão “preparados para ataques diretos”. E avisou: “Quem ferir Israel também será ferido”.

O presidente norte-americano Joe Biden, por sua vez, interrompeu uma viagem pessoal para retornar à Casa Branca, de onde monitorou a situação.

“O presidente Biden foi claro: o nosso apoio à segurança de Israel é inflexível. Os Estados Unidos estarão ao lado do povo de Israel e apoiarão a sua defesa contra as ameaças do Irã”, afirmou o governo americano em uma nota.

Após a ofensiva, a Missão do Irã nas Nações Unidas (ONU), em Nova York, afirmou que a questão com Israel “pode ser considerada concluída”.

Mas ameaçou atacar novamente se os israelenses reagirem. “Caso o regime isralense cometa outro erro, a resposta do Irã será consideravelmente mais severa.”

O secretário-geral da ONU também se pronunciou. António Guterres condenou o ataque e disse estar “alarmado”.

“Peço a todas as partes que exerçam a máxima contenção para evitar qualquer ação que possa levar a grandes confrontos militares em múltiplas frentes no Médio Oriente”, disse.

A tensão na região aumentou após o bombardeio ao consulado do Irã em Damasco, na Síria, no último dia 1º. A investida, atribuída pelos dois países a Israel, deixou ao menos oito mortos.

O governo israelense não assumiu a autoria do ataque, mas está em alerta máximo desde que os iranianos prometeram uma retaliação.

Este foi primeiro ataque direito de Teerã contra Israel, que até então havia sito vítima apenas de ações terroristas de grupos ligados ao regime iraniano.

Também neste sábado, a Guarda Revolucionária iraniana capturou um navio de contêineres, ligado a um empresário israelense, no Estreito de Ormuz, uma das principais rotas comerciais do planeta. (Gazeta do Povo)

Polícia apreende uma tonelada de maconha e erradica plantação em Ibimirim, no Sertão de Pernambuco

Foto: reprodução

A Polícia Civil apreendeu uma tonelada de maconha na zona rural de Ibimirim, no Sertão. Além da apreensão, ocorrida na última quarta-feira (10), a polícia também erradicou uma plantação de maconha na propriedade.

A operação foi realizada por meio da Delegacia de Homicídios de Arcoverde e da Delegacia de Buíque. O material estava em plantação e também em uma espécie de estufa, de acordo com a polícia. Tudo foi destruído.

“Uma tonelada estava em processo de plantio e uma outra quantidade estava já pronta para ser embalada e revendida”, afirmou o o delegado de Buíque, Adriano Ferro. (g1 Caruaru)

Arari FM: Debate Geral fala sobre o Movimento Abril Verde; assista

Foto: Blog do Roberto

O jornalismo da Rádio Arari FM 90,3 trouxe na manhã deste sábado (13), a edição do 300º programa Debate Geral. Tendo como âncora o radialista / jornalista Roberto Gonçalves, o tema abordado foi “Abril Verde”.

O Movimento Abril Verde é uma iniciativa que busca conscientizar a população sobre a importância da saúde e segurança no trabalho. O movimento surgiu como uma forma de lembrar o Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidentes e Doenças Relacionadas ao Trabalho, que é celebrado no dia 28 de abril.

Participaram do programa, o técnico especializado em Segurança do Trabalho do Sesi Araripina, Eduardo Bernardo, a fisioterapeuta e ergonomista, Jaciara Luz, o eng. químico e de Segurança do Trabalho, e Inspetor Coordenador do CREA-PE na Inspetoria de Araripina, Lincoln Silva, a presidente da Associação de Engenheiros de Segurança do Trabalho do Estado de Pernambuco – AESPE, Gianni Câmara (por telefone – Recife). Assista o programa na íntegra:

Sefaz-PE apreende quatro mil quilos de queijo muçarela avaliado em R$146 mil

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A Secretaria da Fazenda de Pernambuco (Sefaz-PE) apreendeu, na tarde desta sexta-feira(12), mais de quatro mil quilos de queijo muçarela, sem comprovação fiscal. A mercadoria, avaliada em, aproximadamente, R$ 146 mil,  a venda com valor abaixo do mercado, estava no depósito de um estabelecimento na Ceasa, no Recife. A ação foi conduzida pela Diretoria de Operações Estratégicas (DOE).

De acordo com o diretor de Operações Estratégicas da Sefaz, Antonio Emery,  durante a fiscalização, auditores identificaram que a mercadoria no depósito estava desacompanhada de nota fiscal. “A partir desta constatação, foram lavrados o auto de apreensão por descumprimento de obrigações tributárias e a interdição do estabelecimento até o pagamento do auto, esclarece Emery.”

Ainda segundo a Sefaz, o estabelecimento continua sob fiscalização para verificação de outras possíveis irregularidades.

BACIA LEITEIRA  – No mês em que o Governo do Estado publica o decreto nº 56.323, que dispõe sobre a concessão de benefícios fiscais nas operações com o leite e seus derivados para a indústria local e beneficia os produtores de leite da Bacia Leiteira do Estado, a Secretaria da Fazenda atenta às demandas dos produtores, apreende uma quantidade expressiva de queijo muçarela desacompanhado de nota fiscal. Esta medida, representa um estímulo para os produtores conseguirem produzir e comercializar o leite de suas propriedades, gerando emprego e renda e garantindo um produto de qualidade na mesa dos pernambucanos.

Alexandre de Moraes viola liberdade de expressão e devido processo legal

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Por Glenn Greenwald – Jornalista, advogado constitucionalista e fundador do The Intercept

Elon Musk gerou intensa —e previsível— controvérsia ao criticar o regime de censura comandado por Alexandre de Moraes, ministro do STF. O foco da discussão foi qual deve ser o escopo ideal da liberdade de expressão e em quem se pode confiar para determinar que certas ideias não são permissíveis.

A adesão da esquerda à ideia de que Moraes é confiável para decidir o que é ou não permissível, verdade ou mentira, é bizarra.

Quando Moraes foi ministro da Justiça de Michel Temer (MDB), foi chamado de racista e corrupto por grande parte da esquerda brasileira. Sua indicação ao STF só escalou essa retórica: além de golpista, Moraes era fascista, racista, corrupto e mentiroso.

Em 2017, a conta oficial do PT publicou: “Na avaliação do petista [Wadih Damous], além de despreparado, Moraes é também ‘fascista e mentiroso'”. As acusações continuaram em 2018, quando Moraes, por exemplo, votou contra o habeas corpus preventivo pedido por Lula.

Moraes exerce seus amplos poderes sem nenhuma base legal. Os defensores da censura tentaram repetidamente aprovar o PL das Fake News. Tendo falhado no Congresso, preferiram que o STF entregasse o poder a Moraes. Como descreveu este jornal em editorial comemorando a não aprovação do PL, o texto era movido por “um ímpeto censório” e Moraes “tem cometido não poucos abusos ao retirar contas de usuários do ar.”

A falta de base legal para as ordens de Moraes não para aí. Quando, em 2022, o STF deu a ele o poder de unilateralmente exigir a remoção de postagens e o banimento de contas, a ministra Cármen Lúcia argumentou: “Não se pode permitir a volta da censura sob qualquer argumento”. Ela só votou a favor desses poderes por achar que as eleições de 2022 eram uma “situação excepcionalíssima”, mas enfatizou que esses poderes deveriam se esgotar em 31 de outubro de 2022, findo o pleito.

Moraes continua exercendo esses poderes mesmo passado o prazo. Desde então, ele repetidamente exigiu a remoção de postagens e o banimento de contas, inclusive de parlamentares democraticamente eleitos, alguns campeões de voto.

Como podem aqueles que defendem esse status quo —um juiz não eleito, agindo sem base legal, silenciando parlamentares— afirmarem que estão agindo em defesa da democracia? Assim como não se pode combater a corrupção com métodos corruptos —uma lição básica da Lava Jato— não se pode proteger a democracia com métodos autoritários.

Não há regime fascista que proteja a liberdade de expressão ou deixe de usar o poder da censura. O impulso por trás do apoio a Moraes é a mentalidade, também fascista, de que “os fins justificam os meios”. Essa lógica de que as ameaças são sérias demais para que as liberdades normais sejam permitidas parece ter sido abraçada por setores da mídia e da esquerda com medo do bolsonarismo.

Ainda que o foco do debate tenha sido a liberdade de expressão, Moraes vem violando sistematicamente outro direito fundamental: o direito ao devido processo legal, previsto no artigo 5º da Constituição Federal. Esse direito proíbe qualquer punição judicial sem citação e conhecimento da acusação, arrolamento de testemunhas, elaboração de perguntas e igualdade entre acusação e defesa.

Em janeiro do ano passado, obtivemos e publicamos uma das ordens de censura sigilosas enviadas por Moraes. Ela obrigava seis redes sociais diferentes a banir imediatamente cerca de uma dúzia de brasileiros, entre eles parlamentares. É evidente que essa ordem viola frontalmente a Constituição: emitida em segredo, os usuários que tiveram contas banidas não receberam qualquer comunicação e nenhuma explicação foi dada sobre o que exatamente eles fizeram de errado.

O fato de os usuários não serem comunicados das acusações nem terem a oportunidade de contestá-las é uma forma clara e extrema de censura. Pior ainda, a ordem exigia que as redes sociais mantivessem tudo em segredo, não podendo nem comunicar aos usuários que tiveram suas contas bloqueadas, e que fosse cumprida em um prazo de duas horas sob pena de vultosas multas diárias.

Muitos acharam que Musk exagerou ao dizer que as ordens de censura enviadas por Moraes ao X eram desprovidas de explicações e determinavam que a empresa mantivesse tudo em segredo. Essa ordem, porém, mostra que ele não apenas falou a verdade como foi bastante comedido.

É compreensível que Moraes e seus apoiadores prefiram manter as ordens em sigilo. Sua leitura evidencia seu teor autoritário: não apenas contra a liberdade de expressão, mas contra o direito ao devido processo legal, garantido pela Constituição Federal. É grave.

Acidente grave em Araripina deixa pelo menos duas pessoas presas nas ferragens

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Um acidente grave ocorreu na BR-316, próximo ao distrito de Morais, na noite desta sexta-feira (12), em Araripina, no Sertão de Pernambuco. Segundo as primeiras informações que chegaram ao Blog, dois veículos estiveram envolvidos em uma colisão frontal.

As circunstâncias exatas do acidente ainda são desconhecidas, mas sabe-se que duas ou mais pessoas ficaram presas nas ferragens dos veículos.

Populares que estavam no local conseguiram resgatar uma pessoa do carro e tentaram acionar o Corpo de Bombeiros para dar sequência à ocorrência. Ainda não há informações sobre as possíveis vítimas. (Blog do Carlos Britto)

4ª parcela do FUNDEF só terminará de ser paga em 2027

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Os professores que esperavam que o acordo feito entre Pernambuco e a União resultasse em um novo pagamento cheio em 2025, infelizmente, terão em breve uma notícia ruim pelos canais oficiais.

Apesar do acordo já ter sido assinado e homologado, sobre a parte chamada controversa, a chamada quarta parcela do precatório do FUNDEF não será paga toda em 2025, como a categoria estava esperando.

O blog teve acesso exclusivo e em primeira mão a documento da assessoria do STF que informa, de forma categórica, que a quarta parcela, a chamada parte controversa, será paga em parcelas, nos anos de 2025, 2026 e 2027.

“Destacamos que o pagamento do presente precatório será na forma do art. 4º da Emenda Constitucional nº 114/2021 (40% no primeiro ano; 30% no segundo ano; e 30% no terceiro ano)”, informa a gerente do STF, em documento interno.

No primeiro ano, será pago 40% da verba. Em 2026, mais 30%. Os restantes 30% em 2027.

AUMENTO DO VALOR

No entanto, houve uma notícia boa. O valor da chamada 4ª parcela do FUNDEF aumentou.

O acordo assinado pelo Estado só previa o valor de R$ 1.141.143.220,27.

O próprio STF acrescentou juros e correção monetária e aumentou o valor para R$ 1.226.957.190,43.

Do valor recebido pelo Estado de Pernambuco, inclusive das parcelas, 60% deverá ir para os professores que trabalharam no período. O direito é garantido em lei estadual de 2022, na gestão Paulo Câmara. (Blog do Jamildo)