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Operação contra Cunha na Câmara foi feita para evitar destruição de provas em investigação

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STF autorizou apreensão de registros da Casa que podem complicar situação do deputado na Lava-Jato.

Por André Coelho / O Globo

BRASÍLIA – O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a apreensão de registros do sistema de informática da Câmara dos Deputados. O alvo da operação foi o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), investigado no STF por suspeita de envolvimento com corrupção na Petrobras. A ação foi feita com discrição, na manhã desta terça-feira, numa diligência que tramita em sigilo no Supremo. O motivo da busca era evitar que eventuais provas fossem destruídas. Cunha é investigado em supostos casos de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

O ministro do STF Teori Zavascki, relator da Operação Lava-Jato no Supremo, concordou com o pedido de diligência feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, com objetivo de reunir novos indícios contra Cunha. Entre as acusações que pesam contra o presidente da Câmara, está a apresentação de requerimentos de informação em 2011 para, supostamente, pressionar empresas que não estavam mais pagando propina. O envolvimento de Cunha, por meio desses requerimentos, foi narrado na delação premiada do doleiro Alberto Youssef.

O foco da busca foram os registros do sistema de informática da Câmara, copiados durante o cumprimento da diligência. Esses registros armazenam informações sobre autoria de projetos e requerimentos.

Fontes com acesso às investigações ouvidas pelo GLOBO avaliam que a operação foi “proveitosa”, com material importante recolhido na Câmara. A operação foi feita em sigilo e sem alarde e não mereceu qualquer menção por parte de Cunha na Câmara, ao longo de todo o dia. Na diligência, foram copiados todos os registros do sistema de informática da Câmara que armazenam informações sobre autoria de projetos e requerimentos.

Nesses registros, há a confirmação de que teriam passado pelo gabinete de Cunha os dois requerimentos usados para pressionar Toyo e Mitsui, empresas com contratos com a Petrobras. Cunha é investigado no STF por suspeita de envolvimento no esquema de propina apurado na Lava-Jato.

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