
O prefeito de Recife, João Campos (PSB), um dos nomes fortes do campo progressista para as eleições presidenciais vindouras, evitou comentar sobre a atuação de um possível futuro adversário que possui uma forma de comunicação similar e que também desperta paixões: o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG).
“Fui eleito defendendo aquilo em que acredito, fazendo o que acredito. Tenho um jeito de fazer política e estou aqui para fazer o meu trabalho. Não cabe a um político avaliar o outro, cabe à população. Eu sou muito realizado, me dedico a governar o Recife e busco governar na rua, que é o mais importante”, afirmou durante sua visita a Belo Horizonte, onde participou de um congresso da legenda.
Apesar da diferença nos números nas redes sociais — o mineiro é seguido por mais de 17 milhões, enquanto o pernambucano é acompanhado por quase 3 milhões —, os dois, devido à proximidade etária, são apontados como os principais nomes do campo progressista e do conservador nos próximos pleitos.
O sucesso da campanha para a reeleição à prefeitura da capital pernambucana — onde Campos recebeu 78% dos votos e chegou a entrar na moda de platinar o cabelo após um desafio de músicos de brega funk famosos na região — fez com que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) buscasse a equipe de comunicação do pessebista para tentar melhorar a imagem do político, que vem sofrendo com problemas recentemente.
Com a nomeação de Sidônio Palmeira, em janeiro de 2025, como ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom) — marqueteiro da campanha eleitoral do petista em 2024 —, o Palácio do Planalto discutiu estratégias com a equipe de Campos. O chefe de comunicação da Prefeitura do Recife, Rafael Marroquim, chegou, inclusive, a ser cotado para o cargo.
João Campos, durante a cerimônia do PSB em BH, afirmou que é bom de comunicação, mas destacou que também é bom de trabalho — e que as duas precisam ser feitas de forma concomitante.