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Mesmo sendo ex-assessor, Queiroz anunciou exoneração no gabinete de Flávio

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Foto: reprodução

Mesmo depois de ser exonerado do cargo de assessor do então deputado estadual no Rio de Janeiro Flávio Bolsonaro (PSL), Fabrício Queiroz continuava atuando no dia a dia do gabinete, a ponto de ser ele quem anunciou a demissão de uma das pessoas que trabalhava para Flávio.

As informações são do jornal O Globo, que teve acesso a diálogos de celular entre Queiroz a funcionária demitida, Danielle Mendonça da Costa da Nóbrega.

Segundo as mensagens, detectadas pelo Ministério Público do Rio,por meio do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Danielle foi demitida em 6 de dezembro do ano passado por ser ex-mulher de Adriano Nóbrega, ex-capitão da Polícia Militar e um dos milicianos mais procurados do Rio. Além dela, Raimunda Veras Magalhães, mãe do ex-oficial, também trabalhou no gabinete de Flavio na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

Naquele dia, o Estado de S. Paulo publicou a primeira matéria informando que Queiroz, já ex-assessor de Flávio Bolsonaro, tinha movimentações bancárias suspeitas detectadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

Na conversa divulgada pelo jornal fluminense, Queiroz explica que o desligamento estava relacionado a uma investigação de que ele e Flávio eram alvo. Queiroz ainda pediu que Danielle evitasse utilizar o sobrenome do ex-marido. A funcionária então respondeu que já se encontrava em outra relação conjugal e não utilizava mais sobrenome “Nóbrega”.

Insatisfeita com a perda do salário que recebia por conta do cargo no gabinete, Danielle perguntou se poderia receber algum tipo de ajuda. Queiroz respondeu orientando que o assunto não deveria ser tratado por telefone.

Queiroz confirma o diálogo

O ex-assessor confirmou as mensagens e afirmou, por meio de seus advogados, que os “diálogos tinham como objetivo evitar que se pudesse criar qualquer suposição espúria de um vínculo entre ele e a milícia”.

As conversas foram detectadas após apreensão do celular de Danielle durante uma operação que investiga Adriano Nóbrega. O Ministério Público afirma que o salário recebido por Danielle funcionava como um tipo de pensão alimentícia, já que não existem indícios de que as funções de assessora parlamentar fossem exercidas. Apesar de ter permanecido entre a lista de contratados do gabinete por mais de 10 anos e receber R$ 6.490,35, Danielle nunca teve crachá na Alerj.

A defesa de Queiroz afirmou acreditar que ele sofre uma perseguição e que “a senhora Danielle foi convidada por ele a participar do gabinete em razão do trabalho social relevante do qual participa”. (Fonte: Correio Brasiliense)

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