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Intimado, Lula diz que MPs suspeitas não foram editadas no governo dele e sim no de Mamãe Dilma

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Ex-presidente, que está no exterior, deverá depor em inquérito da Polícia Federal sobre venda de Medidas Provisórias.

Agência O Globo

BRASÍLIA – A Polícia Federal intimou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a prestar depoimento em um dos inquéritos abertos na Operação Zelotes para investigar venda de trechos de medidas provisórias para algumas montadoras, entre elas a Caoa, representante da Hyundai, e a MMC Automotores, fábrica da Mitsubishi no Brasil. O depoimento está previsto para o próximo dia 17, em Brasília.

O ex-presidente está na Espanha, mas nota divulgada pelo Instituto Lula diz que, “mesmo sem ter sido notificado oficialmente para depor”, ele estará à disposição das autoridades. “O ex-presidente Lula não tem qualquer relação com os fatos investigados. A Medida Provisória em questão foi editada e aprovada pelo Congresso em 2013, quando ele não era mais presidente da República”, afirma a nota.

A PF e o Ministério Público Federal também investigam as relações entre Luis Claudio Lula da Silva, um dos filhos de Lula, e a Marcondes & Mautoni, empresa de lobby acusada de comprar trechos de medidas provisórias favoráveis à Caoa e à MMC. A Marcondes & Mautoni recebeu mais de R$ 32 milhões das duas montadoras no período em que estariam em curso tratativas para a alteração de três medidas provisórias de concessão de benefícios fiscais para montadoras. As MPs foram editadas em 2009, 2011 e 2013.

Em 2014, a Marcondes & Mautoni fez depósitos da ordem de R$ 2,5 milhões para a LFT Marketing Esportivo, uma das empresas de Luis Cláudio a título de pagamento por serviços de consultoria em marketing esportivo. A partir das investigações, o juiz Vallisney Oliveira, da 10ª Vara Federal, determinou a quebra do sigilo bancário e fiscal da empresa. A polícia afirma que a empresa de Luis Cláudio não tem estrutura para fazer estudo de grande envergadura. O ex-secretário-geral da Presidência Gilberto Carvalho também teve o sigilo bancário e fiscal quebrado pela Justiça Federal.

A polícia sustenta ainda que trechos da consultoria apresentada por Luis Cláudio como prova de prestação de serviços foram extraídos da internet. O advogado Cristiano Zanin Martins afirmou que vai recorrer contra a decisão de Vallisney Oliveira autorizar a quebra do sigilo bancário e fiscal da LFT Marketing Esportivo e outras empresas de Luis Cláudio. Segundo o advogado, o caso foi investigado num inquérito já encerrado e não poderia ser objeto de nova investigação.

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