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Há jeito sim, o trânsito assassino e caótico de Aripina tem solução

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Em 12 anos a frota de veículos de Araripina foi multiplicada por quatro, saltando de 7.807 para 31.290 veículos matriculados.

por Ronaldo Lacerda

A sede urbana do município de Araripina não é só para seus moradores. E isso é bom. Sinal de força econômica e centralidade. A força econômica dos moradores do lugar, que concentra 31.290  veículos em 2014 – número apenas  dos matriculados no município, sem contar os de moradores que não transferiram a placa – também é a força que desorganiza e conturba o trânsito e a vida dos moradores da sede, jogando por terra o conceito de urbanidade e o conforto que se espera quando se faz a escolha de morar numa cidade e integrar uma ‘civilização’ – rebuscando o termo francês ‘bourgeoisie’ apenas no que tange ao (re) nascimento comercial e urbano e desconsiderando as várias críticas dirigidas aos moradores das boas cidades pelos comunistas  e desconstrutores de todas as civilizações em todas as épocas e em todas as partes. O fato é que morar na cidade é mais caro, mas deve ser confortável e extremamente mais prazeroso. O que não está sendo integralmente  possível em Araripina, ultimamente, em virtude do trânsito e de outras ‘anomalias’ provocadas pela riqueza produzida e pela pobreza atraída em virtude das vantagens que capital do gesso oferece em relação aos lugares vizinhos, próximos e também mais distantes.
Tomem por base apenas a frota de veículos do município, sem adicionar um só veículo matriculado fora nem as cetenas dos chamados flutuantes, especialmente coletivos. Temos a média de 1 veículo para cada grupo de 2,5 habitantes. Piore a análise, considerando que no mínimo 90% destes veículos ficam diariamente concentrados num eixo que vaia da rua do Hospital até o fórum da cidade, com predominância na área de bancos, que coincide com a área do comércio central. Se no passado fizemos a opção pela centralização, estamos no presente pagando o preço por ela, enquanto não ousamos e usamos o poder para impulsionar a descompactação, que só se dá através da expansão dos serviços, sobretudo bancários.

SORTE QUE TEMOS AS SOLUÇÕES
Para cada problema, uma solução. Apesar dos transtornos parecerem sem ‘cura’, na verdade não é bem assim. Araripina tem solução para quase todos os seus males da nova sociedade consumista. Seu traçado, associado aos espaços urbanos vazios,  ao contrário do que parece, favorece.
No governo Valdeir Batista o município adquiriu \a preço de banana em fim de feira a antiga “Roça de Seu Valdemiro Lacerda’, um enorme terreno urbano cultivado e preservado pelo primeiro grande industrial da cidade. O referido terreno estende-se por toda área compreendida entre a Rua Boaventura e a Avenida Perimetral, formando o quadrilátero com a rua principal do Alto Alegre e a Rua Ana Ramos Lacerda, a do Fórum de Justiça.
O terreno está lá. Por ele passa o esgoto (ainda) não coletado nem tratado da cidade. Por pouco tempo. O que hoje é um canal a céu aberto logo será entubado, com a conclusão do programa de saneamento da cidade, parado nesse governo Dilma. Basta aterrar para que ganhe altura uniforme (plano da rua Boaventura Pereira de Alencar), saltando o canal e voltando a aterrar, para que duas áreas calçadas, sendo uma dotada de coberta e banheiro para passageiros e motoristas, possa tirar do centro da cidade essa enorme frota de ônibus e vans que circulam ao gosto do motorista e estacionam onde bem entendem, por falta de disciplinamento.

ENTRADA NA CIDADE
Para entrar e sair da cidade, os prestadores de serviço de transporte coletivo têm basicamente quatro boas opções: Avenida Antônio de Barros Muniz (da Igreja), Rua Coelho Rodrigues (da Prefeitura), Rua Florentino Alves Batista (da Faculdade) e a perimetral/Rua Santana, para quem vem pelo Jardim ou pelo Zé Martins, oriundos do Sítio Santana e adjacências.
Ao entrarem na cidade e oferecerem a opção de descida nas praças do Hospital, Dr. Pedro, Igreja e Hortigranjeiro/INSS, os veículos, obrigatoriamente, entrariam no TERMINAL pela perimetral, usando a Rua principal do Alto Alegre – evitando assim congestionar as ruas centrais e do Fórum.
O retorno se daria conforme seu destino final.

ESTACIONAMENTO PARA VEÍCULOS NO CENTRO DA CIDADE
Acabar com a restrição no terreno ao lado do Banco do Brasil, que passaria a ser administrado pela ATA, assim como utilizar a rua que hoje abriga dois banheiros na Praça Frei Ibiapina, transferindo os banheiros para o Terminal.

OUTRA VERTENTE DO PROBLEMA/SOLUÇÃO
TERRENO AO LADO DO BRADESCO – ESTACIONAMENTO, MERCADO E ALAMEDA
Solução à vista para os dois caos gerados com uma só obra, um Mercado para sulanqueiros no  piso ao nível da Rua 11 de Setembro e uma  Alameda de Serviços no piso que surge mais abaixo. Em toda extensão, ESTACIONAMENTO ao nível das ruas laterais  do Bradesco e Coletoria Estadual.  Obra relativamente barata, tipo galpão, que em época de boa arrecadação possa receber bom acabamento e se destaque também pela beleza, além da praticidade e ‘solucionática’.

MUNICIPALIZAÇÃO DO TRÂNSITO E MULTA PARA QUEM INSISTIR EM TRANSGREDIR
Com as três obras acima citadas entregues à comunidade, em prazos curtos que vão de três meses, seis meses e nove meses (terreno  Banco do Brasil e praça Frei Ibiapina; Terminal de Passageiros, e Mercado vizinho ao Bradesco, respectivamente), a prefeitura já estaria com todo o processo de Municipalização do Trânsito concluído, podendo, a partir daí, ordenar o fluxo de veículos na cidade e, se necessário, multar os transgressores sem noção que infernizam a vida dos demais pelo puro prazer de incomodar.
Outras obras de maior vulto e menor impacto imediato devem ser realizadas, num prazo máximo de dois anos, envolvendo pequena (s)  pontes (s), asfaltamento de artérias, sinalização, definição de eixos de conexão com BR e ligação centro bairros e centro BR, além de oferta de estacionamentos.

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