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Flamac, a construtora que ‘comeu’ R$ 30 milhões para esburacar Araripina

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Empresa esburacou Araripina inteira. Mexeu prá lá, mexeu prá cá, e sem terminar a obra, abandonou a cidade. Hoje são necessários mais R$ 35 milhões para concluir o projeto

Por Roberto Gonçalves / Foto: reprodução arquivo

A empresa que venceu a licitação realizada pela Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco – Codevasf, para fazer a obra de esgotamento sanitário de Araripina, chama-se Flamac. A construtora recebeu para o serviço, em 2013, cerca de R$ 30 milhões, mas o que fez, foi esburacar a cidade inteira. Mexeu prá lá, mexeu prá cá, e sem concluir, abandonou o projeto.

Na última quarta-feira (25), eis que lembraram da Flamac na Câmara de Vereadores. O líder da bancada socialista João Dias, foi quem puxou o assunto. “Esse projeto foi iniciado e precisa ser concluído. A Codevasf tem responsabilidade a cumprir com o povo de Araripina. Não é brincadeira gastar R$ 30 milhões e não concluir a obra”, reclamou.

Foto: reprodução arquivo

O presidente da Casa Legislativa, Evilásio Mateus, também entrou no assunto e disse que esse projeto quando concluído, vai dar a Araripina a importância que ela tem. “Vai dar a Araripina os ares e a característica de um município moderno, com o seu esgoto sendo tratado e jogado no leito do Riacho São Pedro, dando conforto a população, acabando com a praga da muriçoca. Mas para que isso aconteça, seriam necessários mais R$ 35 milhões para concluir a obra”, frisou.

Enquanto esse dia não chega, o dono da Flamac, o ex-deputado federal pelo estado de Roraima, chamado Marcelo Luz, foi visto essa semana na companhia dos seus dois filhos e um jornalista de PE, comendo do bom e do melhor e bebendo vinho caro em um restaurante fino de Brasília. Pela caridade !

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A obra estava prevista para ser feita em três ou quatro anos e investimentos na ordem de R$ 32 milhões. Antes do início das obras foram realizadas várias audiências públicas para esclarecer à população como o projeto seria executado. Mas quando a obra começou, o que se viu foi uma ‘bagaceira’ sem precedentes. Ruas quebradas ao meio, serviços de má qualidade, demora para execução, um caos total na cidade.

Dos R$ 32 milhões previstos, a Flamac gastou R$ 30 milhões e não concluiu a obra, deixando os moradores de Araripina ao Deus dará. Na época, em uma entrevista na Rádio Arari FM 90,3, o então prefeito Alexandre Arraes, demonstrou toda à sua indignação com a Flamac, e disse que o município entraria com uma ação contra à empresa.

“A gente se mostra sempre preocupado com relação a Flamac. Na verdade, o que essa empresa fez aqui em Araripina não foi uma obra, foi um estrago. Eles acabaram com o pavimento da cidade e não fizeram a reposição de forma adequada. Gastaram R$ 30 milhões nessa obra, e eu não sei como gastaram desse tanto de dinheiro e não concluíram a obra. O município de Araripina está entrando com uma ação contra a Flamac, prá que ela possa reparar os estragos e também com uma ação contra a Codevasf, porque não é possível que a Flamac abandone a obra e deixe todo o saneamento da cidade comprometido da forma como está”, disse.

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