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Felipe Moura Brasil: Bolsonaro defende médicos, PT defende Cuba

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A ditadura manda, os trabalhadores escravos são obrigados a obedecer e os petistas ainda esperneiam contra Bolsonaro. No Brasil, claro.

  • Por Felipe Moura Brasil/Jovem Pan / Foto: Arquivo/Agência Brasil

O Brasil pagou a Cuba R$ 7,1 bilhões, entre 2013 e 2017, no âmbito do programa “Mais Médicos”.

Funcionava assim: o Ministério da Saúde transferia à Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), que é um braço da Organização Mundial de Saúde (OMS), o valor de R$ 11.520 por profissional.

A Opas então repassava aos contratados cubanos cerca de R$ 3.000. E a diferença – cerca de R$ 8.520 reais – ficava com a ditadura cubana. Ou seja: Cuba embolsava quase 75% do salário de cada profissional do país pago pelo governo do Brasil.

O dinheiro usado pelo governo do Brasil, obviamente, era o dos cidadãos brasileiros pagadores de impostos, que, portanto, financiavam a ditadura cubana aliada do PT.

Tudo começou com a busca de Cuba por outra forma de financiamento após o colapso da União Soviética. Em 1999, 9 anos após Lula e Fidel Castro criarem o Foro de São Paulo, Fidel fundou a ELAM, escola para a produção em larga escala de médicos que seriam então negociados com os governos membros do Foro.

Eu escrevi, repercuti e traduzi ao longo desses anos dezenas de artigos sobre o “Mais Médicos”. Em novembro de 2014, por exemplo, a colunista de assuntos latino-americanos do Wall Street Journal, Mary O’Grady, chamou o programa de “crime perfeito”: “ao embarcar seus cidadãos para o exterior para ajudar pessoas pobres, o regime ganha uma imagem de contribuinte altruísta para a comunidade global, até mesmo quando explora trabalhadores e fica rico às suas custas”.

Na época, de acordo com a agência alemã DW, Cuba já lucrava cerca de US$ 7,8 bilhões por ano com a exportação de trabalhadores da saúde.

Em março de 2015, eu entrevistei um profissional cubano do “Mais Médicos” no Brasil. Ele me disse que cada vigia que estava aqui só para controlar os trabalhadores ganhava 5 mil e 600 reais repassados do salário deles. Ou seja: 2 mil e 600 reais a mais que eles.

“Quando Cuba precisa ameaçar, eles nos ameaçam. Eles defendem os interesses do governo cubano. Somos tratados como se fôssemos propriedade do governo e, se falamos algo, somos deportados para Cuba.”

Os trabalhadores eram obrigados a passar férias em Cuba e só podiam retornar ao Brasil se seus parentes estivessem na ilha, onde eram retidos, praticamente, como reféns. O objetivo era impedir que profissionais atuantes no exterior fugissem e deixassem de financiar a ditadura com a maior parte de seus salários.

Foi contra esse sequestro estatal, essa operação de trabalho escravo, essa violação de direitos humanos que Jair Bolsonaro se voltou, impondo as condições de liberdade para as famílias e salário integral aos 8.300 trabalhadores, além da validação do diploma para garantir a competência necessária ao atendimento de pacientes brasileiros.

Cuba, como esperado, não aceitou, e sua embaixada em Brasília informou que os cubanos do “Mais Médicos” começarão a deixar o país em dez dias.

A ditadura manda, os trabalhadores escravos são obrigados a obedecer e os petistas ainda esperneiam contra Bolsonaro. No Brasil, claro.

Ditadura no dos outros é refresco.

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