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Ex-presidente Michel Temer é preso pela Lava Jato

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O ex-presidente Michel Temer (MDB) foi preso na manhã desta quinta-feira (21) pela Força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro / Foto: Antonio Cruz/ABr

Os ex-ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e de Minas e Energia, Moreira Franco, também são alvos de mandado de prisão
JC Online / Foto: Antonio Cruz/ABr

O ex-presidente Michel Temer (MDB) foi preso na manhã desta quinta-feira (21) pela Força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro. Os ex-ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e de Minas e Energia, Moreira Franco, também são alvos de mandado de prisão.

Os mandados foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, responsável pela Lava Jato no Estado. O magistrado tomou como base a delação do operador do MDB Lúcio Funaro, homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em setembro de 2017, para determinar a prisão de Temer, Padilha e Moreira Franco.

A Polícia Federal (PF) tentava rastrear e confirmar a localização de Temer desde a quarta-feira (20). Por causa disso, a operação prevista para as primeiras horas da manhã desta quinta-feira atrasou.

MDB fala em ‘postura acoçada da Justiça’

Em nota, o partido do ex-presidente, o MDB, lamentou a prisão e criticou a Justiça. “O MDB lamenta a postura açodada da Justiça à revelia do andamento de um inquérito em que foi demonstrado que não há irregularidade por parte do ex-presidente da República, Michel Temer e do ex-ministro Moreira Franco. O MDB espera que a Justiça restabeleça as liberdades individuais, a presunção de inocência, o direito ao contraditório e o direito de defesa”, disse a nota.

Delação de Funaro

Segundo o jornal O Globo, a delação de Funaro, homologada pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato no STF, tem 29 anexos que explicam em detalhes como funcionava o esquema de corrupção no Congresso, chefiada por caciques do antigo PMDB (hoje MDB), como os ex-presidentes da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha, preso em Curitiba, e Henrique Eduardo Alves, além dos ex-ministros Geddel Vieira Lima, que foi preso há 6 meses, Moreira Franco e do ex-vice governador do Distrito Federal, Tadeu Filippeli, que foi assessor especial de Temer.

A colaboração de Lúcio Funaro também atinge o ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) Jorge Picciani e o empresário de ônibus Jacob Barata, com atuação no RJ.

Trajetória

37º presidente da República do Brasil, Temer assumiu o posto em 31 de agosto de 2016, após o impeachment de Dilma Rousseff, e ficou no cargo até dezembro de 2018.

Em 2014, Temer foi eleito vice-presidente na chapa de Dilma pela segunda vez consecutiva. O emedebista chegou a ser o coordenador político da então presidente, mas os dois se distanciaram logo no início do segundo mandato da petista.

Formado em direito, Michel Temer começou a carreira pública nos anos 1960, quando assumiu cargos no governo de São Paulo. No fim da ditadura miliar, nos anos 1980, ele foi deputado constituinte. Anos depois foi eleito deputado federal por quatro vezes seguidas, sempre por São Paulo. Chegou a ser presidente do PMDB por 15 anos, posto que só deixou em 2017.´

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