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Em seminário na Espanha, Dilma ataca Lava Jato e defende candidatura de Lula

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“Para os golpistas, ele é um grande perigo”, comentou Dilma sobre o ex-presidente Lula

Estadão Conteúdo / Foto: Reprodução – Facebook

Durante seminário realizado em Sevilha, na Espanha, a ex-presidente da República Dilma Rousseff (PT) denunciou o “golpe” que sofreu no Brasil e dirigiu críticas à Operação Lava Jato. Ela usou o discurso no seminário internacional “Capitalismo Neoliberal, Democracia Sobrante” para defender a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apontando que há uma tentativa de inviabilizar o petista via condenação judicial.

Impeachment

A ex-presidente do Brasil disse que a situação piorou duas semanas após a sua vitória nas eleições de 2014. Ela disse que a crise foi perfeita para que os opositores encontrassem um “ambiente propício ao golpe”. Dilma ainda afirmou que aproveitaram a crise econômica para implantar o golpe e agravar a crise política.

Outro ponto que Dilma tocou em relação ao seu impeachment foi a mídia. A petista disse que seu afastamento do cargo foi provocado por uma campanha da mídia que tinha dois objetivos: mostrar que o Brasil vivia uma grande gastança, vivia um excesso de gastos sociais e de investimentos feito pelo seu governo; e a segunda, que era necessário um fortíssimo corte nos gastos, mas não com um ajuste fiscal, e sim através de uma sangria fiscal.

Lava Jato

Dilma afirmou que a Operação Lava Jato usa o combate à corrupção como instrumento de luta política ideológica. “Há um desequilíbrio sistêmico entre os poderes, quando um poder desrespeita o outro, em decisões judiciais que se reivindica a justiça por medidas excepcionais alegando que para processo de investigação excepcional há que se ter medidas excepcionais.”

A ex-presidente também disse que o recurso é usado pela força-tarefa da Lava Jato, dizendo que um procurador acusou o ex-presidente Lula sem provas, mas com convicção. “Isso é muito grave”, disse. “Se é possível um impeachment contra uma presidente sem crime de responsabilidade, então o cidadão comum também pode ser objeto de acusações sem base de fato em crime”, emendou.

Nas investigações, acrescentou, há interesses “iminentemente escusos em querer inviabilizar empresas”. “Não digo que toda investigação seja assim, mas não pode ser assim. Digo que não se pode combater a corrupção como instrumento político de destruição do que eles consideram como inimigo. Um réu é um inimigo e um inimigo se destrói. A justiça do inimigo não se pode aplicar em países democráticos”.

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