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Em Pernambuco, Lula defende PT sem citar Dilma

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Do Diario de Pernambuco ´- Rosália Rangel

Em um discurso de 40 minutos, o ex-presidente Luiz Inácio da Silva (PT) não negou seu estilo de jogar com as palavras. Para defender o legado do PT no comando do país, Lula voltou a criticar as elites, defendeu o patrimônio da Petrobras, o ajuste fiscal e os programas sociais implementados no país, a exemplo do bolsa família. O ex-presidente fez tudo isso, sem, no entanto, citar em nenhum momento o nome da presidente Dilma Rousseff (PT), que vem enfrentando duras críticas por conta da crise econômica instalada no Brasil.

Ontem, na inauguração da fábrica da Itaipava, em Itapissuma, ao falar de forma otimista sobre as dificuldades econômicas, Lula reconheceu a existência da crise, da corrupção, mas frisou que existem pessoas boas nas instituições e no país. Ele usou como exemplo de “gente que soube enfrentar a crise” o empresário Walter Faria, dono da Itaipava. 

“A gente precisa acreditar na gente e não ficar perguntando o que a presidente, o governador faz ou deixa de fazer. Se hoje, Walter, você já tem 20% do mercado da cerveja em Pernambuco, daqui a um ano vai ter 30%”, disse Lula, ao ressaltar que o empresário foi catador de algodão, venceu as dificuldades e conseguiu abrir duas fábricas no Nordeste, mesmo no meio da crise.

Lula também usou o otimismo para defender a Petrobras. O petista ressaltou que, se houve roubo, que se prenda quem roubou. “Pois é para isso que existe a Justiça. Mas não vamos confundir o que está acontecendo com algumas pessoas com o destino desse país”, afirmou o ex-presidente.

Eduardo Campos
Durante o discurso, o ex-presidente citou várias vezes Eduardo Campos. Chegou a dizer que muita gente tinha ciúme da relação que havia entre os dois. “Quando vinha a Pernambuco, não olhava para Eduardo como pessoa física, mas para quem governava um estado”, frisou Lula.

Ele destacou o nome do ex-governador, que morreu em um acidente aéreo em agosto do ano passado, para defender o reajuste fiscal. “Paulo (o governador Paulo Câmara) sabe que quando Eduardo chegou ao governo, ele fez um ajuste. E você sabe que se a economia desandar é preciso fazer o ajuste para controlar a conta, porque o estado não pode gastar mais do que arrecada. Nós agora estamos fazendo o tal do ajuste, e tem um clima de pessimismo. Mas quem acha que o Brasil vai acabar não conhece o potencial desse país”, advertiu o petista.

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