Início Notícias Em Pernambuco, disputa pegará fogo para o Senado em 2018

Em Pernambuco, disputa pegará fogo para o Senado em 2018

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Jarbas Vasconcelos (PMDB), ex-adversário do PSB, pode disputar o Senado na chapa de reeleição do governador Paulo Câmara (PSB).

JC Online / Foto: reprodução

Apesar da eleição para o Senado em 2018 contemplar duas vagas, a disputa não será menos acirrada do que em 2014 quando apenas um posto estava em jogo. O pleito de outubro do próximo ano deverá ter como personagens alguns políticos de peso na política pernambucana. O cofronto, inclusive, poderá opor ex-aliados.

Pelo lado governista, o principal candidato é o deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB) que, na última semana, deixou transparecer o interesse em voltar a ser senador. Ele já ocupou o posto de 2006 a 2014 e só não disputou a reeleição porque preferiu abrir espaço na chapa majoritária da Frente Popular para o afilhado político Raul Henry (PMDB), hoje vice-governador.

Quando comandou o Estado, Jarbas teve como vice-governador o atual ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM). A depender do sucesso do governo Michel Temer (PMDB) e da própria gestão no ministério, o democrata pode voltar a disputar o governo estadual ou o Senado. Caso se entenda com o governador Paulo Câmara (PSB), Mendonça pode ser o parceiro de Jarbas na briga pelo Senado. Esse cenário é visto como improvável e há a possibilidade deles entrarem na eleição em lados opostos.

Outro ministro pernambucano cotado para a eleição majoritária é o titular da pasta de Cidades, Bruno Araújo (PSDB). Assim como Mendonça, ele pode tentar o Executivo, mas também tem chances de concorrer ao Senado. Resta saber se entrará na chapa de reeleição de Paulo Câmara ou se migrará para um palanque de oposição liderado pelo senador Armando Monteiro (PTB).

Armando, por sua vez, não esconde de ninguém o interesse na vaga de governador e já vem procurado polarizar com Paulo Câmara, a quem enfrentou em 2014. Caso os planos não deem certo, o petebista tem a possibilidade de disputar a reeleição para o Senado. Ele foi eleito em 2010 na chapa de Eduardo Campos, ao lado de Humberto Costa (PT),mas caminha para chegar a 2018 afastado dos petistas.

Em entrevista ao Jornal do Commercio em setembro do ano passado, Humberto afirmou que tem a pretensão de concorrer novamente ao Senado, mas salientou que uma candidatura desse porte “depende de muitos fatores, não só do candidato”. Em reserva, socialistas apontam que Humberto se elegeu em 2010 graças a Eduardo Campos e provocam o petista ao afirmar que as chances de reeleição dele são mínimas.

O secretário estadual da Casa Civil, Antônio Figueira, o secretário estadual de Turismo, Felipe Carreras, e o deputado federal Danilo Cabral são apontados por governistas como pré-candidatos do PSB ao Senado. Quem também é listado nesse rol é o deputado federal André de Paula (PSD). A candidatura dele ao Senado, porém, depende das amarrações que o governador fará com DEM e PSDB e também passa pelo entendimento interno com o PSB.

DISPUTA TAMBÉM SERÁ QUENTE PARA A CÂMARA

O mandato de deputado federal tem metade do de senador, mas nem por isso é menos visado. Além dos atuais parlamentares, candidatos naturais à reeleição, há muita gente se movimentando para a Câmara Federal em 2018. Entre os governistas, a aposta maior é em João Campos (PSB). Chefe de gabinete do governador Paulo Câmara (PSB) e um dos filhos do ex-governador Eduardo Campos, o jovem é apontado como um dos que serão mais votados na próxima disputa eleitoral.

Também do PSB e também ligado à família Campos, o advogado Antônio Campos já disse que enfrentará as urnas novamente – foi candidato a prefeito de Olinda em 2016. O irmão de Eduardo, inclusive, declarou que há espaço para ele e o sobrinho na capital federal.

O PSB hoje conta com sete deputados federais. Pessoas próximas a Paulo dizem que ele quer a reeleição de alguns desses, mas deseja eleger outros com os quais tenha maior ligação. Isso abre espaço para o estímulo a candidaturas de alguns dos seus secretários de governo, a exemplo de Nilton Mota (PSB), comandante da Agricultura.

Em reserva, governistas afirmaram que Thiago Norões ampliou a divulgação nas redes sociais das ações da secretaria de Desenvolvimento Econômico como forma de dar largada rumo à Câmara. O advogado deixou o governo no fim de 2016 e sublinhou não ter pretensões políticas.
Fala-se, ainda, que Raul Henry (PMDB) pode abdicar da reeleição a vice-governador e entrar na briga para a Câmara.

Na oposição, o principal nome é o de João Paulo (PT). Silvio Costa Filho (PRB) também desponta como pré-candidato. Silvio Costa (PRTB) pode tentar renovar o mandato ou arriscar o Senado caso a oposição a Michel Temer (PMDB) e a Paulo se fortaleça. No DEM, a aposta é em Priscila Krause. Resta saber se o PSDB investirá em novos nomes além dos atuais federais.

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