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Chikungunya: seis meses de dores e incertezas em Pernambuco

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altUm semestre após confirmação da primeira morte por chikungunya no estado, especialistas tentam desvendar se houve mudança no padrão do vírus.

Diário de Pernambuco / Foto: Reprodução

Primeiro, o grande temor era a dengue. A banalização da epidemia causada pelo mosquito Aedes aegypti e as interrupções nas campanhas de controle do vetor deixaram a população em uma espécie de anestesia com relação aos perigos da doença. Passaram-se os anos e o surgimento da microcefalia relacionada ao zika levou o vírus a despontar, no ano passado, como a mais temida das arboviroses. Identificada no Brasil ainda em 2014, a febre chikungunya, que até então não gerava tanta preocupação, assumiu neste ano uma posição de protagonismo nas estatísticas de infecções graves por arboviroses.

Em Pernambuco, é a líder no ranking de mortes. São 46 contra 26 por dengue. A primeira foi confirmada em fevereiro, seis meses atrás. A atenção, alertam os especialistas, precisa ser mantida. Até a semana passada, haviam sido notificados 26,7 mil casos de arboviroses na capital, das quais 8,4 mil por chikungunya. Apesar de a maioria das notificações ser de dengue, a chikungunya se destaca não só pela quantidade de mortes que provocou, mas também por apresentar quadros de dores que se arrastam por meses.

O primeiro óbito confirmado foi o de uma mulher de 88 anos. Só depois, os exames laboratoriais mostraram que as mortes por chikungunya começaram bem antes. Ainda em janeiro, o Recife registrou três óbitos pela doença. Até agora, as circunstâncias dessas fatalidades não foram esclarecidas. Especialistas tentam desvendar se houve mudança no padrão do vírus circulante no estado. Técnicos do Ministério da Saúde chegaram a vir a Pernambuco ajudar nas investigações. O que se sabe até agora é que, em geral, os óbitos vitimaram pessoas que já tinham doenças prévias, como hipertensão arterial e diabetes. Em março deste ano, foi lançado um protocolo para manejo clínico dos pacientes.

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