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Brasil cria 401 mil empregos formais em fevereiro, o melhor registro para o mês em 29 anos

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Foto: reprodução

Saldo é resultado de 1,6 milhões de contratações ante 1,2 milhões de demissões; setores de serviço e indústria lideram fomentação de trabalho com carteira assinada

O mercado de trabalho brasileiro registrou a criação de 401.639 vagas formais de trabalho ante demissões, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério da Economia nesta terça-feira, 29. O saldo é resultado de 1.694.604 contratações e 1.292.965 demissões. Este foi o melhor registro para fevereiro em 29 anos, desde o início da série histórica. O resultado vem acima dos 260 mil empregos criados em janeiro, que também foi o melhor desempenho para o mês desde 1992. Em 2020, o país registrou 142 mil novas vagas com carteira assinada a mais do que desligamentos, o terceiro ano seguido de registro positivo. Em fevereiro do ano passado, o Caged registrou saldo positivo de 225.021 postos de trabalho.

Todos os grupamentos de atividades econômicas apresentaram saldo positivo. O setor da serviços foi o grande destaque, com a geração de 173.547 novos postos de trabalho formais. A indústria vem em segundo lugar, com 93.621 postos. Comércio registrou 68.051 vagas abertas ante fechadas, enquanto a construção civil teve saldo de 43.469 postos, e agricultura 23.055 empregos formais. As cinco regiões brasileiras registraram saldo positivo. O sudeste lidera com a criação de 203.213 postos, seguido pelo sul, com 105.197 vagas de trabalho. O nordeste criou 40.864 vagas, enquanto centro-oeste encerrou fevereiro com 40.077 postos e o norte com 12.337.

A pressão sobre o mercado de trabalho com o endurecimento de restrições para o funcionamento de comércios e empresas em meio ao avanço da pandemia da Covid-19 levou o Ministério da Economia a reeditar iniciativas para a manutenção de empregos. Segundo o ministro Paulo Guedes, o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm), que permitiu que empresas reduzissem a carga horária e o salário dos funcionários em 2020, será relançado como um “seguro-emprego”, com dinâmica oposta ao benefício pago para quem é demitido. O plano estipula o pagamento de R$ 500 por até 11 meses por funcionário para que a empresa o mantenha contratado. O Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), lançado para o financiamento de empreendimentos em 2020, também será restabelecido.

A capacidade de criar postos de trabalho é um dos principais indicadores para medir o desempenho econômico de um país. Os dados apresentados pela equipe econômica destoam dos números que indicam taxa média de desocupação na casa de 13,5% em 20 estados do país em 2020, o maior índice da série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012 e divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A falta de conexão entre os números é justificada pelas metodologias distintas entre os levantamentos. Enquanto o Caged leva em conta apenas a criação de empregos formais, ou seja, com carteira de trabalho assinada, e é respondida pelas próprias empresas, o IBGE soma informações de trabalhos formais e informais, e é feita através de entrevistas pessoais. Com informações da Rádio Jovem Pan.

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