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À CPI, Youssef volta a dizer que o Planalto sabia do esquema de corrupção

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Doleiro diz que na sua opinião era muito difícil o alto escalão desconhecer o pagamento de propinas.

O Globo

CURITIBA – O doleiro Alberto Youssef voltou a afirmar, em depoimento à CPI da Petrobras, em Curitiba nesta segunda-feira, que o Planalto sabia do esquema de corrupção na Petrobras. Questionado pelos deputados se confirmava um depoimento anterior no qual citou nomes como o do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff, ele confirmou. No entanto, negou que houvesse uma coordenação do Planalto no esquema.

— Não digo que havia uma coordenação, mas eu acredito que eles tinham conhecimento, no meu entendimento, do que acontecia — respondeu Youssef.

Os parlamentares também questionaram se Youssef achava que o esquema de corrupção teria servido ao interesse do governo:

— Serviu ao interesse do partido, automaticamente aos partidos da base aliada — afirmou o doleiro.

Ele ainda disse que o líder do esquema era nomeado pelo Planalto.

— Com certeza, eu não era o líder dessa organização criminosa. Isso começou lá atrás, quando Paulo Roberto Costa foi posto como diretor da Petrobras. Eu fui engrenagem. No primeiro momento, o líder era o (ex-deputado morto José) Janene. Quem nomeia é o Planalto — disse Janene que, no entanto, afirmou desconhecer se a liderança também vinha do Planalto.

Youssef declarou também que recebeu dinheiro de uma empreiteira, em 2010, para “abafar” a CPI da Petrobras.

— Em 2010, eu fui contatar a Queiroz Galvão e quando fui cobrar para que ela pudesse pagar seus débitos referentes aos contratos de diretorias de abastecimento da Petrobras, fui informado de que eles teriam repassado R$ 10 milhões por conta do abafo dessa CPI — afirmou o doleiro.

A informação dada em sua delação premiada, de que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), recebeu indiretamente dinheiro do esquema, também foi confirmada na CPI.

— Não (repassei recursos) diretamente (para Cunha), não, mas a pedido de Julio Camargo (proprietário da Toyo Setal, que também fez delação premiada) que entregasse dinheiro a mando de Fernando Soares (operador do PMDB no esquema) — disse Youssef.

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